Quarta-feira
07:30AM
Airon Brown
Desde que achamos a foto de Verônica Wayne no apartamento daquele maluco, pedi para que alguns policiais, ficasse de olho nela, sem levantar suspeitas é claro, não quero que aquele psicopata saiba que temos uma possível vitima dele sobre nossa vigia.
Mas como Demétria mesmo falou, tenho que arrumar uma forma de protege-la e ainda sim conseguir saber mais da vida dela, temos uma pequena suspeita de que esse cara conheça ela, já que a menina que ele matou no campus, tinha características físicas e intelectuais, parecidas com as dela. Eu poderia apostar o whisky mais caro desta cidade, que esse assassino pode ser alguém que conhece ela.
- Ei Brown!
Tenho minha atenção que estava até agora na ficha de verônica, arrancadas, quando Demétria entra quase que levando a porta de minha sala ao chão.
- Bater seria ótimo Lins- digo mal humorado
- Acharam outro corpo- diz me entregando uma folha com as informações- dessa vez foi na biblioteca universitária central do Brooklin.
diz me olhando como se tivesse mais coisa a me contar
- E o que mais?
pergunto já pegando minha arma e o distintivo dentro da gaveta
- Quem encontrou o corpo, foi Verônica Wayne
Diz e paro de respirar por alguns minutos, esse filho da puta está chegando perto dela, mas o que ela fazia lá, justo a essa hora?
deixei meus pensamentos de lado e fui até o meu carro, para ir até o local do crime, e tentar pegar alguma informação que nos ajude nesse caso.
não estou nem a 3 metros da biblioteca, e já consigo ver os abutres das tvs, posicionados e quase brigando para poder pegar o melhor ângulo. Essas pessoas não tem um pingo de empatia, com o momento não é possível. Passo direto por eles, ignorando todos os chamado ao meu nome, e vou direto ao chefe de policia que atendeu ao chamado do corpo.
- Olá! eu sou o detetive Brown, divisão de homicídios, e essa é a perita Lins- digo apontando para Demétria que está ao meu lado- Gostaria de falar com a pessoa que encontrou o corpo por favor.
Digo de uma vez, não temos tempo a perder por aqui, o policial nos guia ate o interior da biblioteca onde vemos alguns policiais trabalhando, e checando o perímetro, e de longe sentada em uma das mesas de cabeça baixa, consigo ver uma cabeleira ruiva, e sei que é Verônica.
Agradeço o policial e o libero para cuidar dos reportes do lado de fora, e vou até verônica enquanto Lins vai até o corpo para começar a trabalhar.
- Senhorita Wayne- digo a tirando se seus devaneios e a vendo levantar seus belos olhos para mim
Verônica Wayne
São 6:40 da manhã e eu já estou na biblioteca, Nova York está fria e o meu corpo clama pelo aquecedor quentinho, o silencio e o cheiro de livros totalmente confortável e agradável para mim. Bom pelo menos era o que eu pensava, logo que eu abri a porta, percebi que ela estava destrancada.
- estranho Alice nunca deixa a porta destrancada- digo entrando, deixo minha bolsa no balcão e pego meu celular e o livro que eu tinha pegado emprestado
vou andado em direção as prateleiras de literatura e percebo que uma das mesas está com livros e um abajur aceso, junto com uma caneca que reconheço ser de Alice.
- Alice? está ai?- pergunto sentindo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem
Vou andando lentamente até a mesa, e desligo o abajur, os livros na mesa falam sobre mitologia grega e nórdica, Alice é apaixonada por deuses , recolho os livros e vou até a estante, onde eles ficam, mas paro no meio do caminho. Na entrada do corredor há um livro caído e um liquido molhando o carpete, definitivamente tem algo errado aqui, apoio os livros que eu carrego em uma mesa próxima, e ando lentamente até a entrada do corredor onde me abaixo um pouco e pego o livro que esta no chão.
E é ai que eu vejo o que é que tem de errado, o liquido que molha o carpete e o livro é sangue, e quando eu tomo coragem para olhar ao longo do corredor, vejo Alice, com um corte na garganta e os olhos sem vida.
Engulo o grito preso na minha garganta e a única coisa que consigo fazer é pegar o meu celular em meu bolso e ligar para policia enquanto eu saia o mais rápido possível de dentro daquele lugar, que até algumas horas atrás era o lugar que me trazia calma e paz, mas que agora me trazia agonia e medo.
Após vinte minutos duas viaturas da policia do bairro apareceram, dez minutos foi necessário para que o lugar já estivesse cheio de curiosos, fazendo assim os policiais pedirem para que eu entrasse para explicar o que aconteceu. Depois de explicar tudo aos policiais, eles disseram que eu deveria aguardar, para falar com o detetive responsável pelo caso e que ele já chegaria.
Durante esse tempo fiquei sentada em uma mesa de costas para onde encontrei Alice, pensando em quem poderia ter feito isso, o porque de ter feito isso, Alice sempre foi uma menina gentil, educada, e muito na dela, na minha cabeça não faz sentido que alguém tenha feito mal a ela sem nenhum motivo.
- Senhorita Wayne?- sou tirada de meus devaneios, por meu nome sendo chamado
e em minha frente vejo o detetive provavelmente responsável pelo caso
- Detetive Brown, não é?- digo me lembrando do nosso esbarram no campus a algumas semanas
- Sim- diz se sentando em minha frente- é uma pena que tenhamos nos encontrado de novo em uma situação tão desagradável- diz me analisando
-Sim! uma pena- é a única coisa que consigo dizer, não sei se pelo o que esta acontecendo atrás de mim ou pelo seu olhar sobre mim
- Então, me conte o que viu- diz pegando um gravador do bolso e o apoiando na mesa
Contei a ele, todos os meus passos desde que sai de casa até chegar na biblioteca e encontra Alice daquela forma horrível e totalmente desumana, que tendo apagar da minha mente.
- então você não viu ninguém que fosse suspeito no caminha para cá?- pergunta
-Não senhor, a única coisa estranha, foi a porta destrancada- digo
- sabe se ela tinha parentes ou alguém próximo- pergunta
- a mãe dela morreu a dois anos e o pai dela era soldado no exercito, morreu quando ela era pequena- digo a ele
- OK! Obrigada pelo seu tempo senhorita Wayne, vou pedir para um policial te acompanhar até o seu carro, e qualquer coisa ligamos pra você, tudo bem?- pergunta
- Claro, quer dizer, na medida do possível sim. obrigado- digo me levantando e pegando minha bolsa
- Eu acompanharia até o seu carro mas preciso ver se a perita encontrou algo- diz me acompanhando até um policial é o instruindo a me acompanhar
- Tudo bem, não precisa se preocupar- digo dando-lhe um sorriso gentil- até mais Detetive Brown
- Até mais senhorita Wayne, se cuide- diz por fim e segue ate o corredor movimentado
Vou até o meu carro, e mal posso esperar para chegar em meu apartamento, tomar um banho e tentar esquecer tudo que está acontecendo, chego em casa e recebo uma ligação da universidade e aproveito para pedir minhas férias, já que eles queriam me dar uma licença pelo ocorrido. Tomo um banho e me protejo debaixo dos meus cobertores, e torso para ter um sonho tranquilo.
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AIRON - O Grande Amor
RomanceOnde Airon um detetive de Nova York tem o seu coração aquecido e roubado por verônica Wayne, a garota de cabelos de fogo.