Introduzindo o Jogo

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Domingo, 24 de outubro de 2021.

A equipe Netolab inteira estava reunida na sede da Neloland para ensaiar uma peça de Halloween que iria ao ar no canal, incluindo a Buru, que veio de Espírito Santo para participar. Todos nós já havíamos tomado as duas doses da vacina e estávamos devidamente testados.
Era maravilhoso estar de volta ao meu ambiente de trabalho com meus colegas e amigos, já não aguentava mais ficar em casa por conta da pandemia.

Era por volta das 15:30 quando o roteiro e o cenário estavam prontos, assim como as fantasias que a Vi e a Samanta prepararam. Cada um pegou sua fantasia e foi se trocar em um banheiro, não sei se pensaram no meu personagem do Human Fall Flat, mas minha fantasia era igual a daquela skin.
Quando estava terminando de me vestir, as luzes do banheiro se apagaram, corremos para fora e a sede da Netolab inteira tinha se apagado.

- Ih, Felipe, não pagou a luz? - Brinquei.

- Não brinca cara, claro que eu paguei. - Ele disse pegando o celular e em seguida ligando para alguém, não sei pra quem porque ele saiu de perto falando nessa ligação.

Ele volta logo depois. - Vocês não vão acreditar.
- Ah, Fefo... - Disse a Vi. - A rua está...
- Escura? - Adiantou Felipe. - Eu falei com uma pessoa no telefone que me disse que o bairro todo está sem luz, alguém bateu num poste.
- Não é só isso não. - Falou Vi olhando pela janela do prédio. - O congestionamento que antes estava ruim agora piorou muito por causa da tempestade, os carros estão literalmente batendo uns nos outros de tão pouco espaço e as filas não andam, vários carros devem ter batido em vários postes.
- E agora, a gente tá preso aqui? - Perguntou Kleber com uma certa indignação na voz.
- Sem luz pra ensaiar e sem poder sair. - Disse Bruninho.
- Putz grila, mano! Pelo jeito sim. - Falou Felipe se jogando no sofá.
- Eita que meu primeiro dia aqui já deu ruim. - Falou Buru rindo.

Ficamos pelo menos duas horas esperando que a luz voltasse ou que o trânsito diminuísse, mas nenhum dos dois aconteceu, já estávamos estressados e cansados, quando o Bruno voltou do andar de cima com uma caixa na mão.

- Eu tive uma ideia pra ajudar a passar o tempo.
- O que Bruno, competição de peido?
- Muito mais legal que isso, Felipe. Lembra de quando eu falei pra você que achei um jogo de tabuleiro parecido com among na Internet? Eu comprei e pedi pra entregar aqui, alguém deve ter guardado, eu tinha esquecido disso, mas encontrei vasculhando umas coisas lá em cima.
- É tipo among? - Perguntou Samanta.
- É basicamente um among de tabuleiro. - Bruno respondeu. - Cada um pega uma carta que diz qual é a sua profissão, tem isso de profissão também, olha que maneiro! Cada um vai ter sua vez de jogar os dados e avançar uma casa, as casas são tipo: uma casa pra "fazer task" uma casa de "acuse a pessoa mais próxima", etc... e se você for impostor e cair numa casa onde diz que você pode matar, tem as opções de casa onde você mata sem ninguém saber, ou alguém fica sabendo, porém, só vai poder te acusar caso essa pessoa caia na casa escrito "reportar". A ideia do jogo é ser um among us realista.
- Achei meio bunda. - Felipe disse desanimado.
- Também achei. - Buru concordou.
- Parece maneiro, pô! - Exclamou Samanta.
- Você tem uma opção melhor, Felipe? - Perguntei.
- Pior que não cara, a bateria do meu celular tá acabando e não tem luz pra carregar ele.
- Então vamos moleque, é uma nova forma de te matar. - Falou Victor zombando do Felipe.
- Vai te catar, Vitu! - Lançou Felipe de forma irritada.
- Só não vale jogar o tabuleiro longe, tá, Felipe? - Brinquei.
- Use essa dica pra você mesmo quando eu te matar, Mozka. - Disse o Vinha tentando me iritar.
- Vinha, vê se não estraga o jogo, tá? Lembre-se que morto não fala! - Eu disse jogando uma almofada nele.

O Bruno organizou todo o tabuleiro e colocou dois saquinhos em cima da mesa, um continha todos os bonequinhos, do qual cada um pegou aquele com sua respectiva cor no jogo online, e o outro saquinho continha alguns acessórios usados nos avatares do jogo online também.

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