Descoberta

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Jeanne não sabia onde ela estava.

Após ela e Ban terem deixado Sieg aos cuidados do velho senhor, ambos acabaram voltando para a Igreja que estava hospedados e graças a bondade da freira foram permitidos a ficar por mais um dia, embora Jeanne tenha insistido em eles irem embora no outro dia.

E após irem dormir, Jeanne teve um sonho estranho, que era o que ela estava passando nesse momento.

Jeanne estava em um enorme breu, tudo ao seu redor era a mais pura escuridão, mas de repente uma luz brilhou e o cenário mudou.

E o que foi mostrado era algo que, infelizmente, Jeanne já estava acostumada.

Guerra.

Jeanne podia ver, os corpos caídos mortos no chão, o sangue que escorria como rios, mas o que chamava sua atenção era o que estava a sua frente.

Um jovem, que não parecia nem estar na sua adolescência avançava, seus cabelos eram azuis brilhantes e seus olhos carmesins profundos.

Apesar de nunca o ter visto antes, Jeanne sentia que o conhecia.

O cenário mudava continuamente, o garoto parecia envelhecer lentamente, mas uma coisa não mudava.

O jovem garoto estava sempre batalhando.

Não importava o cenário que viesse, os seres que surgissem, aquele pequeno garoto estava lutando continuamente.

E isso entristeceu Jeanne, ver um garoto tão jovem lutando continuamente sem parar, vendo sua expressão fria e sem emoções.

E conforme as imagens surgiam, Jeanne podia perceber uma coisa.

Isso não era nem um pouco normal, devido aos inimigos que ela via o garoto lutar.

Seres gigantescos e titânicos capazes de alcançar o céu, Bestas lendárias que só podiam ser encontradas em histórias, seres que apenas poderiam ser definidos como Deuses.

E com isso Jeanne pode perceber, esse garoto vivia no que já foi chamado de Era dos Deuses.

Foi então, que no fim dessas memórias Jeanne viu algo.

Os cabelos azuis brilhantes se destacaram e se tornaram carmesim, os olhos se tornaram de duas cores novas e diferentes.

Foi então que Jeanne pôde reconhecer quem estava diante dela.

“Ban…” a Santa de Orleans só pôde murmurar.

Seu servo, e aquele que a protegeu, essa era a vida dele.

Jeanne se lembrou do ciclo dos sonhos, onde um mestre poderia ver a vida de seu servo, mas não imaginou que veria a de Ban.

A imagem por fim mudou, no topo de uma multidão de cadáveres Jeanne podia ver Ban sentado, a expressão cansada e apática em seu rosto.

E quando ele se levantou, Jeanne viu algo que a marcou.

De suas costas, vinte asas tão negras como a noite emergiram, semelhante a de morcegos enquanto um brilho demoníaco cercava seu corpo.

Foi então que Jeanne percebeu o que Ban realmente era.

Pois sua existência só podia ser definida como uma.

"Demônio” Jeanne murmurou, pois era a única forma que uma crente como ela poderia descrever o via.

Foi então que a memória mudou por uma última vez, nesse caso Jeanne se via olhando para frente, mas estranhamente ela estava mais alta do que era.

A Existência Mais ForteOnde histórias criam vida. Descubra agora