12 - choices

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- Está tudo bem? - o tom suave da voz de Leigh- Anne ecoou pelo quarto ainda um pouco vazio dos bebês, com poucos móveis e paredes cheirando a tinta fresca.

Jade que estava concentrada, sentada numa poltrona lembro um livro sobre maternidade subiu os olhos castanhos para Leigh-Anne soltando um breve suspiro. Ela ainda estava magoada, com o choro preso na garganta a dias, em seu peito havia uma mistura de raiva, tristeza e mágoa, o arrependimento já não fazia mais morada ali, Jade amava seus bebês mais que a si mesma, só se arrependia de ter escolhido a mãe errada para elas.

- Óbvio. - Jade forçou-se a sorrir. - Por que não estaria? - continuou.

Leigh-Anne ergueu os ombros se fazendo de desentendida pois sabia muito bem o motivo do desânimo que consumia Jade. O pior tinha acontecido e ela havia se apaixonado por Perrie, pelos seus olhos azuis, seus beijos, seu toque suave e seu cheiro de baunilha, e agora era bem provável que seus gêmeos virassem os filhos escondidos de Perrie, e Jade reconhecida como a amante. Jade fechou o livro e o deixou sobre as pernas, ajeitou-se na poltrona confortável e pousou as mãos sobre a barriga, suspirando.

- Por causa dessa sua cara feia. - Leigh-Anne respondeu.

- Lee... - Jade suspirou. - Eu... Eu

Jade foi interrompida pelo toque da campainha que ecoou forte no segunda andar da casa. Depois de uma rápida troca de olhares, Leigh-Anne caminhou apressada até a janela do quarto dos gêmeos, contendo sua irritação ao que tinha visto. Perrie estava parada em frente a porta de sua melhor amiga, com a cara mais lavada do mundo, olhando para os lados de forma nervosa a todo momento. Pinnock olhou para a amiga na poltrona que esperava por alguma palavra sua.

- Quem é? - perguntou.

- Ninguém importante. - ao terminar de dizer a campanha tocou mais uma vez, e outras duas em seguida.

- Acho que é sim, Lee. - disse Jade, se levantando devagar. - Deve estar difícil ver com nitidez pela janela, vou atender.

- Não acho que seja necessário. - Leigh-Anne foi mais rápida ao correr desengonçada com seus saltos até a porta, impedindo Jade de sair.

Jade franziu o cenho estranhando a atitude da amiga.

- Afinal, você viu ou não quem está lá fora? - cruzou os braços abaixo dos seios.

Antes que Leigh-Anne pudesse inventar uma desculpa a altura ela ouviram um grito, uma voz feminina familiar, com um forte sotaque britânico. O coração de Jade palpitou, ela sabia perfeitamente quem é que estava chamando por ela. Mas ao mesmo tempo que seu estúpido coração se animou com aquilo, sua cabeça gritou que aquilo não era certo, e que ela não deveria se animar com a visita da noiva de outra mulher, e seu coração rebateu na hora que essa mesma mulher era a mãe de seus bebês. Era sempre assim, uma guerra interna entre razão e emoção, o certo e o errado.

- É ela. - Jade disse baixo.

- Vou colocar ela pra fora. - Leigh-Anne saiu apressada do quarto.

- Espera! - Jade disse alto. - Deixa que eu resolvo isso.

Amélia então rapidamente saiu do quarto dos bebês e desceu a escada até o primeiro andar, odiando seu coração por ter aquelas reações sempre que Perrie estava por perto, odiando a reação que ela causava em seu corpo desde o primeiro dia em que se viram naquela boate. Sua vontade era de arrancar do seu peito todos aqueles sentimentos indesejados e seguir com sua vida, mas era mais forte do que ela, e a todo momento ela sentia que não poderia conte- los.

- O que quer aqui, sua mentirosa?! - Jade exclamou exaltada ao abrir a porta. Perrie se assustou pela forma grosseira que foi recebida, e deu passos para trás.

the bride's best friend • jerrie g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora