A noite estava escura e tenebrosa, lá fora caía uma enorme tempestade e trovejava bastante, eu tremia de medo no colo da minha mãe enquanto ela me acalentava em seus braços cantando uma canção de ninar, para mim, era o melhor lugar do mundo, o calor que seu corpo emanava me fazia sentir quente e confortável.
— Achei a lâmparina! - Meu pai surgia animado vindo do porão trazendo um objeto que pouco iluminava a sala em que estávamos, formando sombras enormes que aterrorizavam a minha mente infantil.
— Pois acenda! Não vê que a Hina está com medo? Essa energia nao podia ter esperado a coitadinha dormir para poder faltar? - ouvia a voz doce da minha mãe.
— Tá como se a tempestade foss...
— HIASHI!
Nesse momento meu pai foi surpreendido com um golpe de faca em suas costas o fazendo cambalear, minha mãe hesitou um momento, acredito que decidindo se iria de encontro ao meu pai que agora levava duros golpes de facadas ou se escondia comigo na tentativa falha de salvar nossas vidas, pois a essa altura o assassino já havia notado a nossa presença.
Por fim, ela me escolheu! Correu comigo no colo e me escondeu dentro do guarda roupas.
— Hinata! Aconteça o que acontecer! Não saia daqui! E não esqueça! Eu te amo! Seja forte e viva!
Dito essas palavras minha mãe fechou a porta do guarda roupas e foi até a porta tentar tranca-la para ganhar mais algum tempo acredito, naquele dia todas as linhas estavam congestionadas, ligar para a polícia não era uma opção.
Nesse momento ela foi surpreendida com um chute na porta que a fez cair de bunda no chão, nesse instante eu tive que cobrir a boca com as mãos para evitar o grito de dor e desespero que fez em minha garganta ao ver minha mãe definhar tão facilmente nas mãos do terrível assassino.
Golpes de facas lhe eram dados sem dó nem piedade e em poucos minutos seu corpo jazia sem vida no chão com uma enorme poça de sangue que se formava ao seu redor.
E nesse momento o assassino fez algo que naquele momento me surpreendeu.
Retirou as duas órbitas peroladas e redondas que eram os olhos da minha mãe.
Olhou para o seu troféu e sorriu loucamente, transtornadamente, guardou em um recipiente junto com mais dois olhos que imaginei serem os olhos do meu pai e foi embora.
Minha suspeita sobre os olhos me foram confirmadas no outro dia pela manhã, quando o sol já ia alto no céu, e finalmente fui encontrada por policiais que naquele instante já haviam sido notificados pelos vizinhos que encontraram no outro dia a porta da minha casa aberta e na sala o corpo sem vida do meu pai.
— Tenente! Olha o que eu encontrei! - Sabia que o policial estava se referindo a mim! Mas naquele momento algum tipo de reação vinda da minha parte era algo impossível, devido ao estado de choque em que eu me encontrava, havia passado a noite em claro, imóvel, sem choro, sem gritos, contemplando o corpo daquela que foi a minha genitora.
— Coitadinha! - Fui pega no colo por alguém, retirada do local e encaminhado para algum tipo de programa de acolhimento.
Nossa vizinha e melhor amiga da minha mãe Kurenai, me acolheu e me criou como filha.
Passei por inúmeros psicólogos, fiz terapias, e até então era sem esperança de todos que algum dia eu superaria o trauma de ter visto meus pais terem sido assassinados na minha frente.
Mas pela completa surpresa de todos que tinham conhecimento da minha história, eu reagi bem as terapias, me levantei, me reergui, e consegui viver uma vida normal.
Isso porque as últimas palavras de minha mãe sempre ecoaram em minha cabeça."Seja forte e viva!"
O assassino dos meus pais nunca foi encontrado!
Eu sou Hinata Hyuga! E essa é a minha história!
(.....)
— Hinata! Hinata! O Naruto chegou e não para de buzinar lá fora! - Escuto tia Kurenai gritar do pé da escada, ela sempre se irritava quando meu namorado fazia isso, que no caso, era todos os dias, terminei de passar meu gloss labial, passei rápido meu perfume, peguei minha mochila e sai correndo do quarto.
— Tô indo! Bom dia! - digo animada e lhe dou um beijo.
— Tenha um bom dia você também! A propósito como foi a sessão ontem com a nova psicóloga?
— Bem! Contei a mesma história de sempre! Tchau!
— Tchau!
Lá fora o loiro lindo de olhos azuis me esperava com um sorriso ladino, sentado no banco do motorista do seu carro conversível.
Naruto Uzumaki era o tipo de garoto que toda menina sonha em namorar, alto, corpo forte e atlético, pais extremamente ricos, e o capitão do time de escola, e eu tinha o maior orgulho de chama-lo de meu, somente meu.
— Você tá muito linda princesa! - Ele diz me dando o primeiro beijo do dia, Naruto é intenso em todos os sentidos, afeto em público faz parte dessa intensidade, ele não nega a ninguém e prova o tempo todo com gesto e carinhos que me ama incondicionalmente.
Chegamos na escola e ele estaciona o carro dele ao lado dos outros carros dos meninos da escola, como sempre se destacando e matando-os de vergonha.
Desce do carro e sai correndo para o meu lado, me tira do seu carro no colo e o nosso segundo beijo do dia é dado em meio aos olhares dos outros alunos.
Logo em seguida entramos de mãos dadas, sorrindo e confiantes, enquanto passávamos, os outros alunos abriam caminho para a gente, ninguém era louco de esbarrar ou ficar no caminho de Naruto Uzumaki e sua linda namorada capitã das líderes de torcida.
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O Assassino Ocular - Naruhina - Oneshot
FanfictionO temido assassino que matou os pais de Hinata há sete anos atrás em uma noite de Hallowen! Agora está de volta buscando a mesma, a única sobrevivente ao massacre.