Simples não é bom, mas eu queria que tudo pudesse ser simples. — Fint.
Dave abriu os olhos e respirou fundo. Um arrepio cruzou toda a extensão do corpo dele. As sensações e espasmos não tinham melhorado, ele sentia algo queimando... era febre.
Tudo ficou escuro novamente.Sabrina se aproximou de Dave e viu o corpo dele tremendo, não como se ele tivesse com frio, parecia mais uma...
— droga! Ele tá tendo uma convulsão, Alex! — Sabrina gritou.
Alessandra apareceu correndo e levou um choque quando viu Dave. Ela se apressou e abaixou para virar o garoto de lado, tirou a coberta para ele poder respirar melhor.
— ajude aqui, rápido. — Alex pediu a Sabrina — torça o lençol e coloca na boca dele para impedi-lo de arrancar a língua.
Sabrina fez exatamente o que Alessandra pediu. Os outros se aproximaram para ver, Jas agradeceu por Alex estar com eles. Estavam todos assustados, um companheiro importante estava doente, o companheiro que mais queria chegar em Nova Iorque. Zac segurou firme a mão de Owen. Valério, o gato, estava aos pés dele deitado sobre as patas, era como se ele soubesse e sentisse a apreensão rodeando a sala
Dave parou de se mexer e Sabrina tirou o lençol da boca dele. Alex checou a pulsação dele e respirou aliviada, ela não tinha nada que pudesse ajudar, nenhum equipamento.
— preciso que alguém vá até a farmácia e encontre um remédio para mim. — Alex falou, era a única esperança dela — topiramato, vai ajudar com a nova fase da abstinência e as convulsões. Eu não posso fazer nada além disso.
— eu posso ir. — Zac se ofereceu.
— tudo bem, não esqueça o nome. Não queremos que Dave morra no meio de uma convulsão. — Alessandra se virou para Owen — molhe algum tecido com água gelada, precisamos abaixar a febre dele. — Owen obedeceu o pedido — Zac, traga o mais rápido que conseguir.
— John, venha comigo. — Zac pediu e Cole fez uma careta — Jasper deve ficar e proteger o amigo dele.
John Cole assentiu relutante. Zac pegou uma bolsa e seguiu para a saída com John Cole seguindo ele.
Zac não sentia nada em relação a Dave, mas faria de tudo para ajudar a salvá-lo, ele se importava com a vida das pessoas.
A caminhada pelas ruas abandonadas e empoeiradas de Treton. Não era diferente dos outros lugares, totalmente destruída. Eles avistaram o letreiro da farmácia abandonada e correram, mas sem fazer barulho.
Zac encostou a testa no vidro e inspecionou o interior da farmácia, os corredores pareciam vazios. Zero sinal de mortos. John Cole empurrou a porta de vidro e colocou a cabeça para dentro do estabelecimento. A visão dele era mais ampla, ele conseguia enxergar o caixa no lado esquerdo e um corpo debruçado por cima do balcão, tinha um buraco na testa e uma arma no chão. O chão da farmácia estava molhado, a fonte era um freezer de garrafinhas de água virado. John Cole concluiu que era seguro entrar, mas antes que ele pudesse colocar o pé para dentro Zac o impediu puxando-lhe o braço.— o que foi? — Cole questionou.
— o chão está molhado.
— eu já sabia disso. — Cole revirou os olhos.
— as luzes estão acesas, tem energia ainda, provavelmente de emergência. — Zac falou, mas Cole ainda achava irrelevante — está vendo aquilo? — Zac apontou para a direção do balcão, onde tinha fios desemcapados no chão — vai ser eletrocutado no momento que pisar aí dentro.
— o que vamos fazer? — John Cole perguntou.
— você espera aqui, eu vou tentar entrar por outro lugar. — Zac entregou a bolsa a John Cole.
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Casa de Vidro
Ficção CientíficaOwen sonhava com a faculdade, nem a pandemia tinha impedido ela. Mas a liquidação não era um lockdown, era algo mais assustador com poder e assassinato envolvido.