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Os ventos balançavam em uma imensa sinfonia, de um compasso com a chuva que caia desesperadamente sobre a grama verde e viva, os trovões e relâmpagos que iluminam o profundo e infinito céu escuro e nublado.
Você olhava para aquela chuva, ainda sem acreditar que isso estava acontecendo, que ele havia a deixado.
Seu coração se partia em pedaços conforme sua memória te forçava a lembrar daquelas palavras, aquelas últimas palavras.
Você apenas ouvira, enquanto lágrimas rolavam no seu rosto, era culpa sua. E você sabia disso, mas não falara nada, apenas assistia o amor da sua vida partir.
Sem forças para buscá-lo, sem energia para gritar por seu nome, sem reação.
Você se quebrou quando falou, adeus. Enquanto seu coração gritou, fica.
Você não percebeu, não sentiu, não notou. Mas a verdade é que quando machucamos demais uma pessoa, temos que deixa-la ir.
Um amor nunca se fortalecerá e um relacionamento irá dar certo, se somente uma pessoa tentar enfrentar os obstáculos.
Contudo estava cansada demais, e foi por isso, que o perdeu.
Buscou forças da alma e correu naquela chuva, naquelas ruas de vidro que te cortava a cada passo seu, mas não por estar correndo muito rápido, ou por estar descalça, mas sim por medo de ser tarde demais.
Não ligava para quantos machucados você recebia a cada queda ou ralado de um uma raspagem na parede de cimento fora pontiagudos e perigosos.
Apenas corria, corria, para aquele aeroporto, corria com as forças que você buscou no fundo da alma, arrancando coragem do seu ser.
A sua respiração entre-cortada, os olhos vermelhos por chorar, e o pensamento que se afundava na escolha errada que fizera.
E seu maior medo, era que essa escolha tivesse acabado com sua única chance de felicidade com ele. Mas não iria desistir, não até olhar naqueles olhos novamente, não até sentir aquele toque quente outra vez, não até se afundar em um mar de sentimentos ao olhar no fundo daquela tempestade por um Onix daquelas Orbes, tão escuras como o universo, e tão intensa como um galáxia.
Sua motivação aumentou quando avistou o aeroporto de longe, o vestido de seda, encharcado pela água da chuva, por sorte preto, se não outrora seu corpo já estava a exposição nas ruas.
Quando adentrou o local notou os olhares das pessoas queimando sobre você, confusas, algumas já imaginando assim te olhando com piedade, já outras com desgosto pela falta de respeito ao adentrar em um local toda molhada. Apenas ignorou e continuou a procura do homem.
Você subiu aquelas escadas até o andar de cima, desesperada, sem se importar se era perigoso demais para um braço seu trincasse com uma taça de vidro sobre o chão após uma queda, correu. E rezou, para que não caísse ali naquele chão, tão frio e liso.
Ao chegar no segundo andar você apressou o passo quando viu um avião fechando a porta da cabine.
— Não... — Sussurrou, o coração apertou.
E o avião decolou.
Te deixando ali, com o coração partido, quebrado, e com um vazio, que nem o mais profundo vácuo pode substituir.
Sentiu ser observada e se virou em direção a sensação, e viu um corvo preto. Tombou a cabeça confusa, e percebeu que o corvo voou, girando sobre o ar.
Você o seguiu, sentiu que devia. Então correu novamente, sem se importar com cansaço. Até que o corvo pousou, sobre uma bancada, você se aproximou, e seu coração brilhou quando avistou o homen ali, sentado sobre o relevo do piso, com uma mala preta ao seu lado.
Se aproximou aos poucos, com lágrimas rolando pelas bochechas, ergueu a mão para tocá-lo, mas falhou que quando não lhe houve coragem.
A garganta ardendo como brasa na pele viva, soltou um ar inaudível, que acalmou seu ser.
E então falou:
— Eu errei, errei em acreditar que ainda o amava, quando não percebi que quem eu realmente amava estava ali, na minha frente. Quando o vi, meu coração pulsou, mil borboletas sobrevoavam meu estômago, você teve que ir pra eu cair na real de que nunca foi real, nunca foi meu, nunca foi pra ser, porque ele não me completa, quando você saiu eu percebi que não o amava, não quando senti aquelas borboletas em seguida daquela adrenalina, porque o amor te acalma, não te sufoca. Com ele eu me prendia, o ar de meus pulmões se prendiam, e eu me arrependo amargamente de te lhe dito aquelas palavras, que me cortaram como facas. Porque eu sei, você sabe, nós sabemos, que eu nunca quis dize-las. Então se você me deixar, pode ir, eu já te machuquei demais, e eu sei que eu não te mereço, mas eu só quero que saiba, que você é quem preenche o vazio da minha alma, quem me acalma. Quem me faz respirar, quem eu sou eu mesma — Você soluçava, a respiração descompassada, céus! Você nunca ficou assim — por favor diga algo, por favor Sasuke esse silêncio está me matando — Ao perceber que o moreno nem demostrou emoção, você saiu.
— Para — O homem se levantou, se virando para você agora de costas, sem forças para olha-lo.
— Eu não consigo...
— Vire-se, olha o mim, nos meus olhos, e me diz. Me diz que é minha, e que aquele filha da puta não é que você ama, me diz que aquele desgraçado não te completa, como eu te completo — Disse pela segunda vez, a voz grossa ecoando pelas sua cabeça.
Você não se virou, e o escutou falar mais alto.
— Vire-se para mim, e me diz que é minha, olhe nos meus olhos, porra! Olha na minha cara, e me fala se aquele filha da puta te deixa daquele jeito, me fala se eu não me enganei quando entreguei meu ms sentimentos a você.
Com cautela você se virou, os olhos em um vermelho intenso de tanto chorar, e o olhou nos olhos, e naquele momento seu coração se aliviou.
— Eu sou sua, sempre fui. Só demorei demais para perceber, então não deixa novamente, eu não quero te perder — Você o encarou, aqueles olhos intensos que te fazem gritar.
Sem dizer mais nada o Uchiha corre até você, te puxando pela cintura e iniciando um beijo repleto de paixão, amor e desespero.
O mundo a sua volta parou, e sua alma gritou, dessa vez não de dor, mas de alívio.
O corvo ali voou, partindo sobre as nuvens, desaparecendo na imensidão do céu escuro.
— Volta, fica, e não me larga mais. Por favor...
— Eu não vou fazer, em vez disso vou te pegar para mim, apenas para mim.
....
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ᴇǫᴜɪʟɪ́ʙʀɪᴏ (𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆 𝑺𝒂𝒔𝒖𝒌𝒆)
Fanfiction𝑺𝒊𝒏𝒐𝒑𝒔𝒆 𝐔𝐦𝐚 𝐊𝐚𝐭𝐚𝐧𝐚 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚. 𝐔𝐦𝐚 𝐚𝐧𝐜𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐥 𝐥𝐞𝐧𝐝𝐚́𝐫𝐢𝐚. 𝐎𝐬 𝐒𝐞𝐧𝐣𝐮'𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐧𝐝𝐞𝐦 𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨. 𝐆𝐮𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐥𝐚̃𝐬. 𝐎 𝐛𝐞𝐦 𝐞 𝐨 𝐦𝐚𝐥. • - 𝑸𝒖𝒂𝒍 𝒍𝒂𝒅𝒐 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒊𝒓...