Já ajudei e não fui ajudado - Tobiizu

Tobirama Senju, um adulto de 32 anos, formado em psicologia sempre fora um homem sério e responsável que nunca foi citado em conversas que o prejudicassem, apenas por quem tinha inveja ou ódio por motivos banais e toscos.

O mesmo assim que terminou o Ensino Médio, decidiu que preferia seguir outro tipo de carreira e não seguir a que todos o aconselhavam. Tobirama havia escolhido a área de psicologia para si e se sentiu orgulhoso ao terminar os estudos com seus 22 anos de idade.

Como o Senju vinha de um clã bastante famoso por ser sempre bem-sucedido e exemplar. Tobirama desde pequeno sempre fora muito dedicado aos estudos mesmo que as vezes o mesmo se distraia por causa dos irmãos que o atrapalhava.

O albino começou cedo a trabalhar numa clínica como psicólogo, e sempre se esforçando para ajudar seus pacientes o máximo que conseguia, houve um caso que Tobirama chegou a chorar com uma paciente que sofria de crises, mas, no final tudo acabou bem e Tobirama conseguiu ajudar a mulher que hoje em dia é bem-sucedida graças ao mesmo.

Os anos foram se passando e o nome do Senju ficou cada vez mais conhecido por todos, o mesmo ia ganhando mais e mais pacientes. Porém, durante todo os primeiros meses como psicólogo, Tobirama se sentiu um pouco solitário, sempre viu que a maioria dos seus pacientes só precisavam de um apoio de alguém por perto, alguém que os ajudasse a mudar, o Senju começara a se sentir triste, mas logo voltou ao normal.

Com 5 anos de psicólogo, Tobirama conheceu Izuna Uchiha, um rapaz que devia ser apenas uns dois anos mais novo que o mesmo, que sofria de depressão e crises de choro que duravam noites. O Senju se encantou pela beleza do Uchiha, mas, manteve o profissionalismo durante toda a consulta e não se deixou levar pela aparência do rapaz.

Izuna lhe explicou o motivo de suas crises e de sua depressão, lhe disse que havia perdido seus pais com seus 4 anos de idade, e teve seus quatro irmãos assassinados enquanto viajavam para uma casa no campo e por uma brincadeira boba saíram para fora da área determinada “segura” bem na época que ladrões eram considerados “comuns” pela região.

O Uchiha se segurava para não chorar, uma dor no peito de Tobirama surgiu e o mesmo começou a conversar com o rapaz que tentava ser forte enquanto segurava o choro, por algum motivo desconhecido cada vez que Izuna dizia algo relacionado a si, o Senju sentia uma pontada forte em si.

Tobirama o aconselhou que continuasse a vir, e que também continuasse a resistir contra a depressão, Izuna com um sorriso se despediu do mesmo e como forma de agradecimento depositou um selinho na bochecha do albino que corou fraco com o ato e riu baixo ao ver o menor virando o rosto envergonhado e tímido.

E assim foi uma das várias consultas de Izuna que, com o tempo e com alguns medicamentos foi melhorando aos poucos de suas crises e de sua depressão, o que animou Tobirama. Os dois começaram a sair juntos e se tornaram grandes amigos que, logo perceberam que havia mais do que amizade entre aqueles dois que logo assumiram seus sentimentos e acabaram se tornando namorados.

Dois anos de namoro de passaram, os dois viviam uma vida feliz, já estavam pensando em adotar uma criança para cuidarem, porém, não é sempre que planejamos algo que irá ocorrer bem.

A notícia veio pelo irmão caçula, Itama ligou e deu a notícia à Tobirama aos soluços. Sim, o pior aconteceu, a única coisa que Tobirama mais temia no mundo havia acontecido.

Izuna foi assassinado pelos ladrões que mataram os irmãos do mesmo.

Tobirama ficou sem chão, não sabia o que fazer, só sabia chorar enquanto o irmão tentava o acalmar enquanto barulhos de ambulâncias interrompiam suas falas, o que fazia Tobirama chorar ainda mais. A postura de homem sério que Tobirama tinha sempre era desmanchada quando o assunto era o Uchiha.

O Senju se afastou do emprego por 3 meses, não conseguiria voltar aquele lugar e não se lembrar do moreno que amava tanto. Com a volta ao emprego, o Senju pegou menos pacientes do que antes, como sempre passava o dia inteiro atendendo os pacientes e no final da tarde voltava para a solitária casa que o esperava.

Passou um ano após a morte do Uchiha, Tobirama já fazia palestras e levava seu exemplo a centenas de pessoas que precisavam de ânimo e de ajuda. Ele foi considerado um exemplo durante todos os anos como psicólogo o que deixou todos orgulhosos e emocionados.

Durante seus 10 anos de trabalho o Senju nunca havia se sentido superior a ninguém o que pelos pacientes era algo honroso e magnifico, sempre bem compromissado, sempre na linha sempre fora considerado assim por todos que o admirava.

Mas, mal sabiam os outros que todos os dias o Senju acordava as duas da madrugada se lembrando de Izuna e começava a chorar até dormir por volta das cinco da madrugada e as seis da manhã já estava de pé, se arrumando para mais um dia cheio.

Aquela vida seria totalmente diferente se ele estivesse ali consigo, era o que o Senju pensava enquanto esperava o primeiro paciente entrar.

Até no dia que se cessou por completo esses pensamentos e crises, o dia que Tobirama decidiu de uma vez por todas acabar com a dor e sofrimento que passava todos os dias por causa da morte de Izuna.

O dia que Itama encontrou o Senju dentro do quarto pendurando em uma corda, morto por asfixia e com marcas de socos e cortes por seu corpo que escorria sangue. As fotos de Izuna todas espalhadas pelo chão do quarto, algumas manchadas de sangue e outras molhadas no meio do quarto que continha uma bagunça de fotos a álbuns. No chão tinha um pedaço de papel que, assim que o Senju leu se sentiu culpado e acabado.

‘‘Eu consegui ajudar tanta gente durante esses dez anos!
Mas, não consegui me ajudar.”

E esse foi o fim de Tobirama Senju, que contava apenas para Izuna como se sentia e quando o mesmo morreu se sentiu perdido e desamparado novamente. Morreu precisando de ajuda.

E por fim, Itama viu uma mensagem no celular que estava no bolso de Tobirama que estava em um aplicativo de notas e tinha algo escrito deixando Itama ainda mais destruído.

“Ajudei para não ser ajudado”.

Fim.