I can feel your heart beatin' with mine

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O clima de romance realmente não acontecia apenas onde Stephani e Sirius estavam, que agora era a Irlanda, exatamente como a comentarista sugeriu, decidiram ir até o país curtir um pouco do festival que aconteceria graças ao feriado de São Patrício, mas esse clima de lua de mel também era muito forte em Londres, no condomínio dos meninos, mais especificamente onde o baixista da banda morava.

Remus e Yaçanã não se separaram em nenhum dos dias desde que voltaram de Paris, era quase como se quisessem compensar todo tempo perdido entre os dois. Coisa que realmente aconteceu por muito tempo.

Remus se lembrava perfeitamente a primeira vez que olhou a negra com outros olhos, já que quando se conheceram ela era apenas alguém que tinha entrado na equipe de contenção de danos para salvar sua vida.

Mas foi quase 3 anos depois do mulher já consolidada na equipe e viajando com eles, coincidentemente também quando ela havia terminado com Evan Rosier, que Lupin pensava no quanto ele faria aquela mulher feliz, diferente do baixista da outra banda, que claramente havia destruído uckermann aos poucos.

Na época era muito difícil ver a garota sorrir, ou até mesmo bem, distribuía grosserias de graça, fazia coisas que realmente não eram habituais da pessoa que ele havia conhecido. E vê-la terminar com Rosier, tinha reafirmado mais ainda essa suposição dele, já que aos poucos a mesma Yaçanã radiante que conheceu, estava de volta. E foi assim que Remus queria poder ser o motivo de um sorriso dela, de todas suas boas lembranças.

O castanho estava sentado na poltrona de sua varanda, do lado de fora da casa, fazendo o que mais gostava de fazer na maioria das vezes, escrever. Nem toda letra que saía de Remus, realmente virava música, as vezes um poema, as vezes apenas um rabisco aleatório, mas sempre tentava registrar tudo o que sua mente pensava.

Mein liebe? — Yaya que estava recostada na porta de vidro, chamou a atenção do baixista, fazendo-o olhar para ela.

— hm cariad — Ergueu o olhar sem levantar a cabeça, fitando a namorada — Precisa de alguma coisa?

Yaçanã não respondeu propriamente dito, sentando na poltrona ao lado da dele, envolvendo o braço do rapaz se mantendo próxima a ele, mas realmente sem falar nada.

— Tá tudo bem, yaya? — olhou com leve estranheza para a mulher que apenas assentiu positivamente, Remus apenas deixou um beijo no topo de sua cabeça, levemente risonho. — Você quer atenção, bae?

— Não moony, eu quero ficar na sua companhia, não precisa parar o que você estava fazendo, não precisa conversar comigo, não precisa nem olhar pra mim — disse em um tom levemente entendiado, fazendo os mais velho gargalhar tocando na mão da namorada.

— Vem, senta aqui — deu espaço para que ela se sentasse entre suas pernas, a abraçando pela cintura, deixando um beijo em seu pescoço que a arrepiou.

— o que você estava fazendo? — fitou o caderninho que agora estava sobre o braço da poltrona.

— Pra quem não queria falar nada, você tá muito curiosa — brincou, vendo a negra olhar indignada para ele. — Eu estava só escrevendo qualquer coisa que vinha na minha cabeça.

— Uhh, então estava inspirado? Desculpa ter te atrapalhado. — sorriu sem jeito, afundando sua cabeça no pescoço do rapaz. Inalando todo o aroma do perfume marcante que Lupin usava.

— Você que é a minha inspiração, yaya — contou a mulher, que o abraçou ainda mais manhosa, passando a ponta do nariz pelo pescoço de Remus.

— Eu te amo... — a voz arrastada e manhosa contra seu pescoço, quase que não deixou Remus ouvir o que a garota realmente havia dito, apertando levemente a cintura de Yaçanã.

— O que você disse?

Yaçanã na verdade estava tão distraída, que aquelas três palavras saíram de sua boca sem sequer perceber, engolindo a saliva que pareceu se acumular, fitando o mais velho. — Eu acho que falei que te amo...

Remus apenas sorriu, abraçando ainda mais sua  namorada, enchendo-a de beijos em sua bochecha. Nada naquele mundo poderia tirar o sorriso que Lupin agora estava, ouvir aquilo da mulher que amava realmente era incrível — Eu... também...te...amo... muito... — devolveu enquanto beijava a mulher, a carregando até a cama, iniciando uma sessão de carícias e beijos muito além de antes, apenas se conectando um ao outro, se amando da melhor forma que podiam.

Na Irlanda, Black e Laufeyson estavam em um rodízio de cervejas artesanal, provando agora algum sabor que era a união de mirtilos e menta com cevada, quando Sirius olhou sério para a falsa namorada.

— Acho que finalmente fomos descobertos — disse baixo, apontando com o olhar para o lado oposto que Stephani estava.

— E isso é um problema pra você? — finalizou sua caneca de cerveja, deixando-a sobre o balcão que estavam sentados.

— Não, mas achei que seria pra você. — o moreno olhou de soslaio para a garota que apenas sorriu dando de ombros.

— Nós namoramos, Six — se aproximou do rapaz, se pondo entre as pernas dele — A única parte ruim de sair fotos nossas aqui, seja pelo assédio das pessoas já que isso é tipo nossas férias.

— É isso... — concordou, tombando a cabeça para o lado fazendo um biquinho em seus lábios, que Stephani aproveitou para selar.

— Mas isso não vai estragar, hm? — piscou cúmplice a ele, acenando ao garçom pedindo por mais duas cervejas.

Black a cada momento se sentia mais confuso quando o assunto era Stephani. Nos últimos dias eles estavam ainda mais casal do que o normal. No último dia dos dois na Espanha, fizeram um passeio de barco, jantaram na casa de Vinícius Jr, um jogador do antigo time de Ste, foi apresentado como seu namorado a muitos amigos dela, e quando chegaram ao hotel ela não havia mudado absolutamente nada de como o tratou no jantar, continuavam a parecer um casal em plena lua de mel.

Ele sabia que os dois precisavam conversar de alguma forma, mas Sirius tinha duas vozes que conversava consigo de forma totalmente oposta, se prestasse atenção, era quase como a voz de James, Peter e Remus. Enquanto um o encorajava a conversar com Stephani, esse no caso sendo James, Peter falava para o moreno ir com calma para não assustar a garota, e Remus era quase que a mistura dos dois.

— Black, ta tudo bem? — questionou ao ver o falso namorado distraído por muito tempo, entregando a ele a cerveja que o garçom tinha acabado de deixar sobre.

— Uhum, tudo bem sim — abanou a cabeça, voltando sua atenção completamente para a garota — Se eu te falar que eu tava pensando no Remus você acredita? — disfarçou, se deixando rir da sua própria desculpa.

— Cada vez mais eu acredito no que o Regulus diz, vocês são muito um casal — gargalhou, se remexendo ao som da música que tocava.

— Mas é claro, sua amiga tem que cuidar muito bem do meu amor. — resmungou, apertando a cintura da mulher.

— O seu amigo sim que tem que cuidar muito bem da Yaya — franziu o cenho, rebatendo o rapaz que agora ria.
 
— Eu confio no meu gado, Stephani — disse em um tom convencido, roubando outro selar dos lábios da mulher — Mas independente disso, não era neles dois que eu estava pensando.

— E o que foi?

— Eu percebi que as vozes da minha cabeça, tem a voz do Remus. — Contou com tranquilidade, arrancando uma gargalhada verdadeira da mais nova que escondeu seu rosto no peitoral do rapaz.

— Só não te julgo, porque a Yaya é o meu grilo falante. — confidenciou ao rapaz, sentindo-se muito a vontade em ter toda aquela conversa. Poderia facilmente contar toda sua vida para Black naquele momento.

— Mas ela é realmente o grilo falante, fala tanto quanto ele. — brincou ao falar da assessora.

— Você dá motivos né, Black. — defendeu a amiga de leve — Mas realmente não é mentira. — falo um pouco mais baixinho, colocando seu indicador nos lábios do rapaz que apenas beijou.

Ele amava aqueles momentos entre eles, amava realmente estar com Stephani, talvez um dia fosse seguir um dos conselhos que a voz de James havia o dado, mas enquanto isso ele apenas aproveitava cada momento com a morena como se pudesse ser o último do casal.

Partners In Crime AU! Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora