02 - Acerto de contas

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Assim que Tom desperta, Philipe o aguarda para que dê tudo certo

-E então? Pergunta Tom

-É estranho, me sinto diferente, como se estivesse vestindo uma roupa desconfortável

-Isso é normal, afinal esse é o seu novo corpo

-Entendo. Bom agora vou resolver tudo o quanto antes! Tom se levanta e os fios que ligavam o corpo as máquinas desprendem de seu corpo o que faz com que chame a atenção da equipe médica

-Melhor esperar, os enfermeiros vem aí. Assim que Tom é avisado, o anjo desaparece e o deixa confuso

-Michael? Você acordou? Como? Eu estava assinando o seu obituário. Diz um Médico

-Quem é Michael? Ah não importa, preciso dar o fora daqui

-Espere, Michael! Você precisa ser examinado e com urgência! Diz o médico

-O que eu preciso é resolver minha vida para poder ir para o céu. E pare de me chamar de Michael, sou o Tom!

-Enfermeira, segure ele!

Tom tenta correr mas é detido por um médico e uma enfermeira

-Me solte, inferno. Eu preciso sair desse hospital! Tom para por um momento e lembra que precisa encontrar com Charlie

-Agora pare que irei sedá-lo. O médico injeta a agulha em seu braço e deixa Tom mole. Ele vai perdendo a consciência e cai adormecido

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Tom desperta aos poucos, sem entender o médico o aguarda acordar

-Que bom que acordou Michael. Você é um caso de milagre

-Doutor, você não entende. Eu preciso sair

-Calma garoto. Você estava em cima e tinha falecido. Só o fato de ter acordado e ficado de pé é magnífico. Agora descanse, você estará livre amanhã

Tom se enfurece. Ele precisa sair daquele lugar o quanto antes

-Doutor poderia me responder algumas perguntas? Pergunta Tom

-Claro. Pode falar

-Qual meu nome completo?

-Como assim? Você não se lembra? Será que pode ter sido uma sequela?

-Quero que me ajude a lembrar só. Eu tenho alguns flashes na mentes

-Você se chama Michael Drew. Mora aqui em Los Angeles, próximo da sunset com a quinta. Você tem um Volvo na garagem e é funcionário de um banco. Solteiro e ainda tem trinta anos

-Ah claro! Esse sou eu! Ah que saudades do meu Volvo. Não vejo a hora de voltar a dirigi-lo

-É isso aí Michael! Agora descansa. O médico aperta sua mão e despede. Tom o observa saindo do quarto.

-Michael é o cacete! Eu sou Tom Joseph. Dono da Midnight e que tem um jaguar na garagem! Ele se levanta e olha pela janela ao perceber que já está claro se assusta com o tempo que passou, ao olhar para o relógio vê que são sete e meia da manhã

-Meu Deus. Estou atrasado. Eu preciso sair daqui

Tom olha ao redor e encontra um armário. Lá estão algumas roupas de Michael que amigos trouxeram para ele

-Que ótimo. Roupas baratas. Enfim, é o que tem. Ele se troca e pretende fugir sem ser visto.

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Tom abre a porta e devagar olha ao redor. Ele vai se afastando e caminhando até o elevador do corredor. Ao conseguir chegar ele aperta o botão desesperadamente para sair logo dali

-Vamos porcaria, sobe logo! Estou com o tempo curto dessa vez

O elevador chega, ele entra e se sente aliviado

-Que ótimo. Agora preciso procurar aonde está rolando o meu velório

-Se eu fosse você não iria lá. Diz Philipe o anjo

-Olha quem decidiu aparecer. Eu fui sedado! Perdi muito tempo cara

-Ir ao seu velório não resolve. Seria um choque forte demais ver o seu corpo. Espere acabar o velório e fale com o Charlie

-Ok, ok. E até eu faço o que? Tomo um café? Tom se enfurece

-Pode ser um drink ao menos, talvez seja a última vez que você toma algo

-Olha cara. Eu só quero resolver o quanto antes. Se ir no velório é ruim, eu dou meu jeito! Afinal não cheguei ao poder atoa

-Tome cuidado com suas escolhas, Tom. E pense pelo lado bom, esse corpo até que não é ruim

Tom revira os olhos e sai do elevador. Ele abaixa a cabeça e finalmente sai do hospital. Ao chegar na calçada ele corre para a esquina, ficando cada vez mais longe do hospital

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Já quase na esquina, Tom se sente aliviado de estar longe do hospital. Ele precisa resolver suas pendências antes que o tempo acabe

-Vamos ver. Se esse Michael é funcionário do Banco de Los Angeles, ele deve ter um bom dinheiro e um bom cartão. Acho que vou até esse banco. Mas primeiro, vou trocar de roupa, no mínimo o homem deve ter algo melhor do que esses panos que ele chama de roupa

Tom pede um táxi até a casa de Michael. Sua sorte que a casa de Michael não é tão longe do hospital

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Finalmente Tom chega na casa de Michael, ele abre a porta e entra. Ele observa o redor da casa, encontra fotos com pessoas que não sabe se é família ou amigos, encontra a chave do carro e por fim sobe até o quarto.

-Esse cara deve ter alguma roupa interessante. Vamos ver, tênis Nike, Calças Jeans Skinny, ótimo. Camisetas parecem boas. Maravilha. Agora vou me trocar e dar um jeito nisso tudo

Tom troca de roupa, ele veste algo melhor do que estava usando. Ao se olhar no espelho ainda não acredita em tudo que passou

-Será que eu sou mesmo esse Tom? Será que o coma não mexeu com minha cabeça e na verdade sou mesmo o Michael? Não, besteira. Vamos até o banco, corpo novo!

Ele pega a chave do carro e quando dá partida percebe que tem pouca gasolina

-Ah que ótimo. Agora falta gasolina. Qual será a senha do cartão desse idiota? Deve ter em algum lugar. Ah já sei, o celular

Assim que Tom pega o celular, ele precisa da senha para acessar

-Ah mas que inferno! Ok, eu sou funcionário do banco se eu for até lá e falar que esqueci minha senha eles devem me ajudar. Afinal estava quase morto mesmo

Ele abre a porta da garagem e segue até o banco. Lá ele terá acesso a conta bancária e maiores informações que precisa sobre o corpo em que está usando

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⏰ Última atualização: Nov 06, 2021 ⏰

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