Em um mundo onde coisas estranhas acontecem Jeon Jungkook chega a sua casa e encontra um invasor deitado em sua cama, mau sabe ele que a parti daquele momento ele seria o invasor da residência que agora pertencia a Park Jimin.
Embora Jungkook sempre esteja ao seu lado, Park não se sentia realizado, de maneira alguma. Sentia como se houvesse perdido seu brilho, seu gosto para viver, o trabalho era uma merda, a faculdade era uma merda, não tinha amigos e nem mesmo podia namorar o garoto que ele gosta, e que por sorte também gosta dele. Agora mesmo estava em um ônibus lotado ouvindo música.
“Todo dia É frustrante, estou ficando louco Parece que ainda é o primeiro dia Alguém, volte aquele relógio, por favor Esse ano, eu perdi tudo Ainda estou na cama Me sentindo cheio Está lentamente me matando, não”
Seus únicos momentos de alegria eram naquele pequeno apartamento com aquele garoto de cabelos longos e botas grandes. Sempre que estava sozinho repensava muito de sua vida, era boa, como agora, que estava realizando seu sonho de viver em um lugar bonito e movimentado, fazendo a faculdade de seus sonhos se sentia tão menos realizado do que vivendo em um orfanato e tomando banhos de lagoa. De qualquer forma, precisava continuar, seguir em frente, foi isso que prometeu, ou melhor não prometeu nada, mentiu tão descaradamente que chegou a ter pesadelos, era muito sensível com relação a sentir culpa.
Ao descer do ônibus ainda precisaria atravessar a rua, uma mulher passou e o empurrou com o ombro com força, como era desnecessário. O menor parou no meio fio, olhava para seus pés, estava cansado daquilo tudo. O sinal estava aberto, porém, Park apenas começou a andar com a cabeça erguida. Carros paravam e buzinavam, os motoristas irados xingavam o garoto de tudo que não prestava.
Era a primeira vez na vida que havia feito algo assim, mas não sentiam emoção alguma, estava parado em frente ao estabelecimento onde trabalha, seus pensamentos estavam perdidos.
— Ei! O que merda você está fazendo parado aí fora!?
Ao levantar o olhar viu seu chefe zangado gritando de dentro do estabelecimento. Aquele homem era a escória da humanidade.
Park estava a atender os clientes, porém, hoje estava diferente, não era sorridente como sempre, e nem ao menos educado, apenas perguntava e anotava, e para sua surpresa e talvez até um pouco de raiva, algumas pessoas o trataram bem.
Com mais um ótimo dia de trabalho cumprido iria para mais um dia em sua maravilhosa faculdade. Estava exausto daquelas pessoas, não só dos garotos que lhe assediavam, mais de todos, dos professores displicentes, das garotas insuportáveis que não paravam de conversar sobre sexo, sobrou até para as tias da cantina cujo o mau humor e serviço mau feito o deixavam furioso.
Faltavam apenas alguns minutos para a aula se encerrar, Park pediu a licença para ir ao banheiro. Quando voltou esperou mais um pouco, sempre esperava até o final para guarda seus matérias, talvez precisasse anotar algo importante. O moreno vira de costas pegando sua bolsa para guardar seu caderno, ao por o mesmo na bolsa sentiu algo barroso, ao abrir mais a boca de sua mochila, viu que a mesma estava cheia de lama.
Ouvindo as risadas do fundo da sala o garoto levantou o olhar furioso, a faca estava bem alí, era só atacar o mais alto bem perto do fígado. O menor entrou em choque ao prestar atenção no que estava pensando, aquilo não era de sua índole. Apenas virou, limpou seu caderno como pode e pegando sua mochila com cuidado saiu da sala onde só se ouviam risadas.
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