A capitã arqueira e o Alfa supremo

Minha pequena arqueira

- Que insolente! _ exclama o meu beta.

- Querido, tens de dar uma reprimenda e um castigo aprimorado aquela desbocada. Onde já se viu enfrentar o beta supremo!

- Não sei como, mas tenho certeza, que eles me enganaram naquelas provas de aptidões físicas e psicológicas.

- Josh, não penses assim, de certeza que fizeste tudo bem! Não achas querido?

     Sinceramente não sei como é que aturo estes dois, sei há algum tempo que me andam a trair, mas sinceramente não tenho tido a cabeça para retificar essa situação, e quero esclarecer essa situação em grande. E como dizem, mais vale mantê-los perto do que longe. Porém, devo admitir que quando descobri da traição do Josh, meu beta, fiquei arrasado, mas não o podia demonstrar, havia o escolhido há séculos como meu Beta por ser um grande amigo, contudo nunca esperei que o poder lhe subisse à cabeça. No momento, ninguém sabe, mas no final da semana sairei desta alcateia com um novo Beta e uma nova Luna.

     Quando a ouvi defender a sua alcateia fiquei extremamente orgulhoso, ela não se vergou nem desculpou por dizer o correto, e é esse caráter que eu preciso do meu lado. Sinto que esta é a primeira vez em séculos, que realmente me sinto motivado e capaz de liderar toda a herança e bagagem que o nome Windsor me trouxe.

- Não dizes nada querido? Desde que começamos esta viagem tens estado extremamente estranho e calado!

- Desculpem, o que diziam? _ questiono completamente desinteressado.

- Não ouviste nada?

- Desculpa, Elianne, mas estava distraído. Josh, hoje ficas de guarda à minha casa, enquanto, não tiver novos guardas. _ aviso simplesmente.

- Mateus tenho mesmo de ser eu? Estou morto de sono!

- Não és tu que estavas preocupado com a minha segurança e querias continuar aquela reunião por horas?

- Não me digas que ficaste do lado da rafeira! E em relação a ficar de guarda, tu sabes perfeitamente defender-te.

- Não lhe chames isso! Vais guardar a Luna, hoje não durmo em casa. _ digo tentando conter a minha vontade de me transformar e rasgar a sua garganta.

-Como assim querido? Não vais dormir em casa?

     Não me dou ao trabalho de lhe responder, antigamente procurava uma boa convivência, pois ela também havia sido obrigada a contrair matrimonio. Porém, depois de se envolver com Josh não podia olhar para sua cara e maneira como me chamava de querido dava-me a volta ao estomago. Nunca me permiti verdadeiramente a amá-la, a sua superficialidade e mania da superioridade eliminavam qualquer intuito.

     Afasto-me e encaminho-me para a biblioteca da alcateia, hoje Aryanna havia feito de guia turística, mas esquece-se que eu vivi aqui por 100 anos, enquanto completava a minha formação. Todos os alfas supremos são obrigados a completar uma exigente formação e passar a uma quantidade exorbitante de testes, ninguém quer um alfa supremo mal preparado e que não consegue controlar o seu lobo e poder.

- Supremo! Que prazer o ver por aqui, precisa que o acompanhe?

- Boa noite! Por acaso vou aproveitar a oferta, onde se situam os livros sobre laços e magias antigas?

- Percorre todo o corredor e no final à esquerda existe um portão com uma fechadura que apenas abre com as garras de alfas e lunas. Espero ter sido útil.

- Muito! Obrigado.

     Percorro o grande corredor e quando chego ao tal portão coloco as minhas garras de fora e rodo a fechadura. Achas que se Elianne viesse contigo o portão abriria, ou já assumiria a tua companheira como Luna? Viro-me para trás e para os lados, mas ninguém encontro, apenas eu e Ary sabemos acerca do laço de companheirismo, a não ser que ela tenha contado a alguém. Sou eu, o teu lobo mais conhecido como Adam! Como? O meu pai disse que vocês deixaram de comunicar conosco, nem em forma lupina te ouço! Sabes, dá demasiado trabalho e energia falar, mas agora que reencontrei a minha Liz... Não o ouço mais nada além de suspiros, mas quem será a Liz?

     O portão abre e rapidamente começo a procurar pelos livros que retratam o laço de companheirismo. Encontro um grande livro com o nome de magias elementares, enrolo-o no casaco e saiu fechando o portão atrás de mim e encaminho-me para a casa cedida a Josh, para encontrar a minha pequena arqueira.

     Chego ao meu destino, coloco o livro na mesa de centro e caço qualquer coisa no frigorifico para fazer o jantar. Coloco a lasanha no forno e decido tomar um banho, antes da minha pequena chegar.