capítulo 2

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- Tem mesmo certeza que está bem -. Perguntei para Francisca a acompanhando pro portão da minha casa.

- Sim, eu estou. - Respondeu tentando forçar um sorriso. Ela não quis me contar o porquê do choro, e eu não insisti.

- Tudo bem então! Se quiser eu posso te acompanhar para casa.

- Não, sério, você já fez muito por mim hoje obrigada mesmo, mas em casa eu posso chegar sozinha, não precisa se dar a esse trabalho.

- Não seria trabalho, seria proteger você, e isso não é trabalho para mim - falei dando uma piscadela para ela, que sorriu devolta, e dessa vez erra um sorriso verdadeiro.

- Agente se fala.

Já eram quase 23 horas e minha mãe ainda não tinha chegado e sempre que eu ligava ela disse estar a caminho, então para fazer tempo liguei para Kátia.

Chat on

Kátia - Você ainda está viva?

Eu- Mandou alguém para me matar é?

Kátia- Não, mas do jeito que você se mete em brigas, pensei que tivessem te dado uma lição ou você estivesse presa por assassinato. E também você ficou muito tempo sem responder minhas mensagens.
Eu - Não viaja, também só foi um dia que eu fiquei sem usar o telefone.

Kátia - Sei... Então, como estão as coisas aí?

Eu - Normais

Kátia - Normais? Você está em uma das melhores faculdades do mundo, e fala que as coisas estão normais?

Eu - Não faz drama.

Kátia - Tem sorte que tá tarde, eu preciso dormir, e você também, te amo se cuida tá!? amanhã me conte tudo.
Chat off.

Acordei com uma luz forte machucando meus olhos, já era manhã eu diria 6 horas, eu tinha dormido na sala.

-Oh! desculpa eu te acordei - Mamãe disse terminando de abrir as cortinas.

- Mãe? Que horas você chegou eu não ouvi a senhora ontem - disse isso me sentando no sofá.

- Não sei, não dê atenção a isso querida.

- Não dar atenção? Mãe desde que mudamos a senhora tem chegado tarde em casa, saído cedo de mais, me fala o que está acontecendo, a senhora tá fazendo horas extras?

- Filha - ela começou, mas logo a impedi de continuar, eu sabia que ela mentiria, ela estava realmente fazendo horas extras e aquilo me matava, eu sabia que mudar de casa seria complicado.

- Mãe eu vou ajudar você, sério. Não precisa se matar de trabalhar, eu procuro um emprego.

- Não, está tudo bem, você não precisa começar a trabalhar, ainda não.

- Eu faço 19 esse ano, e não estamos discutindo a senhora cuidou de mim até aqui, está na minha hora de cuidar de ti mãe - fui até ela dando um abraço forte nela.

- Tudo bem - Disse retribuindo o abraço - desde que isso não interfira nos teus estudos.

- Eu tenho que ir -disse ela levando sua bolsa, não se atrase na faculdade.

Hoje eu só tinha aulas de tarde, então aproveitei para arrumar a casa, ligar para Kátia e por a conversa em dia, já que Danny estava sempre ocupado, mas antes que eu pudesse aumenos pensar em fazer isso, alguém tocou a campainha de casa.

O diario de duas irmãsOnde histórias criam vida. Descubra agora