Onde Chan amava tanto Felix que aceitava ser a última opção do garoto.
Ou
Onde Felix não queria um relacionamento sério com BangChan mas gostava da presença do outro em sua vida.
《Chanlix》《PwP》《Outros shipps》《angstfic》《AUfic》
Eu bolei esse plot meio que do nada e pensei: pq não postar?
E cá estou eu, tentando fazer algo que vai ser uma longfic depois de tantos meses só de shots.
Arrisquei na capa e ficou uma mierda mas eu mudo depois.
É isso, boa leitura! (ᵔ◡ᵔ)
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De fato o amor é algo estupidamente belo, confortante, na mesma medida em que é esmagador, dilacerante, doído. Como diz um poema que bem conhecemos: Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. O amor na concepção de Christopher Bang.
Ele machuca.
Lhe trás tudo de bom, entorpecido pelo sentimento que acha agradável acha agradável a sensação de amar outra pessoa, mas assim que o efeito anestesiante passa, percebe que não é algo muito bom.
Sim, de fato, o amor mais machuca do que lhe faz bem.
Passou boa parte da sua vida só, sem amar ninguém, sem sentir desejo ou desejado. Seu mundo era cinza, mórbido e lúgubre. Assim como um quadro por uma pessoa depressiva, um quadro sem vida. O que na verdade é meia mentira, já que a maioria desses artistas usam o amarelo para dar um pouco mais de felicidade às suas obras.
Amarelo que simboliza a felicidade.
Realmente foi a primeira cor que distinguiu assim que a figura entrou em seu campo de visão, depois do sentimento.
Ele mais parecia como uma fragmentação do sol, um pedacinho do Astro rei que se desprendeu para poder viver ao lado dos humanos, meros mortais insignificantes. Seu brilho irradiava de longe, trazendo consigo cores por onde passava.
Iluminando o mundo de Chan.
E ele foi preenchendo com cores vibrantes a vida do Bang e quando menos esperava se pegou pensando demais em Felix. O querendo bem, desejando sua felicidade, sentindo-se bobo por ser o motivo de um pequeno sorriso do Lee.
Ele estava...
aquela palavrinha que começa com ''a''...
Fora Jisung quem falou, e para completar Changbin disse que o mais velho estava completamente boiola pelo outro, com os quatro pneus mais o estepe arriados por Lee Felix.
Ele estava amando.
一 Acho que você deveria contar a ele, sabe? 一 Jisung comentou de boca cheia, mastigando o cheesecake que o namorado havia comprado para si. 一 Não é bom guardar essas coisas. Sou cunhado dele, posso ajudar vocês.
一 Não Han, não precisa. 一 O mais novo deu de ombros. 一 Quando chegar a hora eu mesmo digo. Não há porquê apressar as coisas.
Jisung murmurou um ''você quem sabe'' e voltou a comer, na mesa se instalando um silêncio confortável. Chan voltou a atenção para o livro que lia, ''Os miseráveis'', um clássico.
Teria continuado com sua leitura se não fosse por aquele típico burburinho familiar. Se virou curioso, se deparando com a figura que fazia seu coração bater feito um louco, e dessa vez não foi diferente. Lee Felix sempre conseguia lhe desestabilizar.
O de cabelos azuis caminhava tranquilamente com seu grupinho de amigos. Sendo eles:
Hwang Hyunjin, segundo semestre na faculdade de dança, popular entre o campus.
Kim Seungmin, terceiro semestre no curso de TI, recluso com estranhos, peste com os amigos.
E por fim Lee Minho, último semestre no curso de dança, sendo também irmão de Felix e namorado de Han Jisung, seu melhor amigo.
O último citado abriu um sorriso enorme ao se deparar com o namorado, que retribuiu o gesto do ruivo. O Lee mais velho sentou-se ao lado de Han, deixando um selar casto em seus lábios e Jisung apoiou a cabeça no ombro alheio.
O restante sentaram na mesa, Yongbok ao lado de Chris, que achava que iria desfalecer só por seus corpos estarem colados.
Sentia-se como um adolescente descobrindo uma nova paixão.
Um adolescente...
Uma paixão.
一 Chan hyung? 一 Aquela voz grave fez Bang sair do seu torpor e voltar a consciência. O australiano deu um risinho com a cara confusa do mais velho. 一 Tudo bem?
一 Ah, oi Lix, tudo sim. 一 Coçou a nuca constrangido. 一 Desculpe, você falou alguma coisa?
一 Se você poderia me emprestar esse livro depois.
一 Oh claro, claro. Amanhã mesmo eu te entrego.
一 Ah, não, não precisa ter precisa. 一 Gesticulou com a mão na frente do corpo, gesto esse que fez o platinado achar extremamente adorável.
一 Eu já acabei de ler ele na verdade.
Baita de um mentiroso. Nem na página vinte havia chegado. Christopher Bang é um mentiroso.
Agora o burbúrio na mesa se dava porque Hyunjin havia perguntado de Changbin, e para provocar Jisung resolveu tirar onda com a cara do Hwang. Que não aguentando o desaforo revidou, começando uma briguinha besta.
一 Eu não quero beijar ele, Han Jisung! Larga a mão de ser besta! 一 Se defendeu cruzando os braços.
一 Todo o seu descontrole diz o contrário. 一 Riu com escárnio do desespero do mais velho.
一 Por que vocês estão brigando?
Changbin apareceu do nada. Seu professor de percepção musical o havia prendido na sala de aula junto com os demais alunos, os liberando somente agora. Seo estava faminto, mas a ''discussão'' na mesa trouxe à tona sua curiosidade.
Sua voz reverberou pelo lugar, principalmente pelos ouvidos alheios, assustando um em específico e fazendo outro sorrir travesso. 一 O Hyunjin que te beijar. 一 Jisung proferiu e se olhar matasse ele já estava mais do que morto.
一 É-É mentira hyung, eu não falei nada disso. Jisung para de ser mentiroso. 一 Hyunjin tentou se explicar mas estava nervoso demais para isso.
一 Sei não hein. Gaguejou perdeu o argumento. 一 Seungmin que até agora pouco estava calado entrou na brincadeira.
一 Nossa vocês me odeiam? 一 Dramatizou se afundando na cadeira do refeitório. 一 Eu quero mais é morrer.
一 Poxa gatinho, como eu vou te beijar se você estiver morto?
Nunca foi de Seo Changbin ter esses atos de coragem, não com alguém tão popular quanto Hyunjin. Mas o Hwang causava uma adrenalina gostosa em si. E ver o que sua provocação causava no mais novo o incentivou a continuar. Hwang Hyunjin estava tão vermelho que era de dar inveja a qualquer leguminosa dessa cor. E seus amigos, bem, seus amigos haviam causado uma comoção enorme por simples palavras.
Minho, que adorava uma provocação quanto seu namorado, perturbava o amigo, enchendo os ouvidos de Seo com piadinhas deixando o mais novo tímido e irritado ao mesmo tempo.
Chan só sabia rir, assim como Felix, que batia palmas à medida em que sua risada aumentava consideravelmente. Gritando à plenos pulmões que o amigo finalmente iria desencalhar de vez. Jisung provocava ainda mais o amigo. Eram como gato e rato, brigando por aí sempre que possível. Contudo, nada muito sério.
Seungmin era o único calado, concentrado demais em seu computador. Desenvolvendo o software de um jogo para as eletivas.
Tudo se estava normal com aqueles universitários caóticos de vinte e poucos anos que mais pareciam crianças.
