La Proposta

Capítulo 4

Sophia Machado

Quinta-Feira

- Acho melhor você ficar. – Minha mãe fala quando chegamos no aeroporto.

- Maria não começa. Já conversamos sobre isso. – Meu pai fala descendo do carro.

- Dá um tempo José. Ela é minha filha, tenho total direito de não querer que ela vá. – Minha quase grita descendo do carro.

- Por isso amo vocês. – Laura diz saindo do carro e eu acompanho morrendo de vergonha.

- Vocês dois podem parar. – Eles me encaram e eu quero chorar. – Vai ser um mês no máximo, como estava escrito no contrato. – Os dois confirmam com a cabeça. Minha mãe vem me abraçar e choro.

- Odeio ver minha única filha crescer e eu não posso impedir. – Mamãe fala e começa a chorar.

- Também queria ser impedida de crescer, mas alguém tem que ser a prima rica. – Falo e todos caem na gargalhada.

- Olha filha... – Ela se afasta apenas o suficiente para que possa ver meu rosto. – A mamãe vai sentir muita falta, mas quero que vá na coragem, sem pensar no que estamos sentido, pois sei que desistiria de tudo por nós. Eu, seu pai e a Laura, jamais nos perdoaríamos se você deixasse de ir por nós. – Sou apenas lágrimas. A puxo para outro abraço, papai praticamente puxa ela do meu abraço e me abraça apertado.

- Filha estou muito orgulhoso só do fato de você estar indo. Saiba que confio muito na sua capacidade, assim como você confia em si mesmo. Caso acontece de você não conseguir, mesmo achando impossível isso, quero que saiba que ainda sim sinto muito orgulho de você. Agora vá... – Ele nos separa para olhar em meus olhos. – Vá e conquiste a Itália. – Ele me dá um beijo super demorado na testa, como quando eu era criança e me machucava. – Minha menina corajosa. – Choro mais ainda. Papai se afasta e Laura vem em lágrimas.

- Vaca. – Ela fala e me abraça apertado. Choro cada vez mais. – Eu sei que é para o seu bem, mas por favor não arruma outra melhor amiga lá... – Nos separamos para olhar uma nos olhos da outra. – Arrume colegas para você não surtar com a piranha da Luciana. – Começamos a rir, até meus pais.

- Não vou arrumar outra, temos um combinado... – Cruzamos nossos dedinhos e falamos juntas:

- A primeira que conseguir ir para fora do Brasil, leva a outra. – E como sempre beijamos nossos dedos.

- Abraço em grupo! – Digo e todos me abraçam ao mesmo tempo. – Preciso ir. – Me despeço de todos novamente, pego minhas malas e entro atrás do pessoal, olho para trás, mas não por muito tempo se não eu não vou e aceno me despedindo.

- SOPHIA! – Ouço alguém gritando, olho para trás e parece que tudo ficou em câmera lenta. Está vindo na minha direção o Léo, o Victor e o Olavo.

- Gente... – Digo quando eles se aproximam. – Por um momento achei que estava em um filme.

- Por quê? - Olavo perguntou.

- Vocês são gatos demais é até pecado. – Eles começam a rir e Léo me abraça nos guiando para o portão de embarque.

- A gente sabe. – Léo se gaba e todos sorriem.

- Convencido. – Dou uma leve cotovelado na sua costela e mudamos o assunto.

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- Mas que saco. – Luciana reclama novamente.

- Se essa menina abrir a boca novamente eu vou bater nela. – Comento e Victor ri.

- Cala a boca, Luciana. – Leo diz se virando para trás irritado. – São quase doze horas de voo e eu preciso dormir. Então... Shiu! – Coloco a venda de volta no olho e se senta novamente.

- Por isso eu amo ele. – Sorrio para Victor e ele sorri de volta. – Acho melhor a gente dormir um pouco. Aproveitar que ela calou a boca. – Victor apenas afirma com a cabeça e fecha os olhos. Ai meu coração. Ele é muito lindo. Sorrio olhando para seu belo rosto e fecho os olhos para dormir.