Mi Babá.

CAPÍTULO 2

Arthur

- Arthur? tô indo pra empresa, o senhor Bittencourt perdeu outra babá e quem vai ter que ajudar? Eu, óbvio! - Alguem me acordou irritada, ou seja minha irmã sofie.

- Bom dia maninha. - ironizo e me desperto pegando meu celular e checando se tem coisas "importante" - BOA SORTE, TE AMO

Grito ao ver ela sair de casa e bater a porta. ontem foi puxado na boate, tive que me apresentar 5 vezes em 6 horas, acho que quando eu chegar nos trinta nem corpo eu tenho, ironizo com meus pensamentos e me levanto da cama pois eram oito da manhã e eu tenho que procurar emprego, não que eu não ganhe um dinheiro bom, eu só trabalho na boate, por ter dívidas com o dono, dividas essa que nem trabalhando que nem um escravo eu quitava ela.

Termino de arrumar a cama, saindo do quarto indo em direção ao banheiro, eu morava em um apartamento no centro de São Paulo, com a minha irmã, meu irmão o mesmo trabalha em exército então ele não morava aqui direto.

No banho, acabei refletindo sobre tudo, e acabo que fiquei muito tempo na água, desligo o chuveiro e saio do box, terminando de me secar, no meu quarto eu tento achar uma roupa decente, pra ir em busca de um emprego.

Praticamente já era meio dia e meia, andei tanto que parecia que eu tava assaltando algo e corrido pra china, a maioria dos meus currículos era pra creches, escolas e hospital, eu sou formado em psicologia e pedagogia então achar um emprego nessa área era mais fácil.

Compro uma água numa banquinha, e entro no meu celular vendo as inúmeras mensagens.

WhatsApp:

34 mensagens não lidas de 7 conversas e 2 ligações -

Souf : Arthur?       12:20
Souf : Arthur caralho responde    12:24  

            2 ligações perdidas de  "Souf"

      Eu: QUE FOI?
Eu: Tava na rua entregando currículo

Souf: Me encontra nesse endereço aqui
Bairro: *************, 478 rua: *************

Eu: beleza

Visualizado

Pego um Uber e vou pro lugar onde sofie tinha mandado mensagem, assim que chego percebo que era um restaurante.

- Oque houve souf? - perguntei após entrar e encontra-la.

- Tá com fome? pedi feijoada. - aí tem! minha comida favorita.

- Porra, obrigado, mas me responde tô curioso.

- Você gosta de criança né? Até por que você fez faculdade de pedagogia - concordei com a cabeça, estranhando aquela conversa e ela continua - ..Bem, meu chefe tá precisando de uma babá, e você e.. - interrompi ela rápido.

- Oque? não! você vive reclamando desse cara, não tá falando sério né?

- Thur, eu recebo muito bem, você sabe, ele é podre de rico, imagina o quando ele pagaria você por cuidar dos filhos dele? - ela fala, e sinceramente ela disse uma puta verdade e antes que eu respondesse ela continua - O não você já tem, e também.. eu entreguei um dos currículos que tava no seu quarto pra ele.- revirei os olhos - então agora é Deus - disse rápida e riu.

- Eu nem sei oque falar.
Sofie. - falei e a desgraça sorriu sinica, como pode isso?

- De nada?. - revirei os olhos mais uma vez, e o garçom veio entregar a comida.

[...]

23:00 da noite, e ali estava eu me acabando de me arrumar, pro segundo show da boate hoje, só seria este e pronto.

- Vamos Wendy? - Gabrielly ou gabi me chamou para eu ir ao palco, ela era administradora daqui, junto a Sérgio Callamuti, chefe de tudo aqui. - Está lindo. - sorriu, e sorri de volta sem mostrar os dentes, ah! Wendy era o nome que eu me dei, pois identidade aqui é tudo, E la fui eu indo ao corredor, não esquecendo de colocar minha máscara preta.

O ambiente se fez escuro iluminado de azul e preto piscando a cada 5 segundos e muita gritaria, respirei fundo e fui.