Discussões... - 0.7

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Chegamos em casa e Ondina subiu com a Alina para o quarto, eu continuei na sala, me joguei no sofá que tinha ali e fiquei encarando o teto. Agora que a criança nasceu muita coisa pode acontecer e uma delas é o povo do pai dela vim pegá-la, realmente acho que é melhor eu me preparar pra isso.

Liana: Quero que me envie dois guardiões para cuidar da criança. – Falei fechando os meus olhos e logo em seguida eu estou no meio da sala de tronos.

Era um lugar coberto com ouro e joias, os tronos era igualmente majestoso e com vários detalhes lindos neles. Todos eles estavam lá e só tinha um trono vazio que ficava entre meu avô e meu pai.

...: Já enviei dois guardiões para ficar com sua protegida. – Disse o meu avô com aquela voz autoridade e forte como um trovão.

Liana: Acho que agora posso ficar mais tranquila em relação a segurança dela. – Falei aliviada.

...: Por que ainda está em pé aí? – Perguntou minha tia me olhando com carinho.

Liana: Tia Athena, eu não posso ficar muito tempo aqui, tenho que voltar e ver como elas estão. – Falo com um sorriso fraco.

...: O pai da criança sentiu o nascimento da filha e se ele sentiu o homem que governa sobre ele, também sentiu isso. – Disse meu pai com um tom de preocupação.

Liana: Está dizendo que eles viram pegar a criança? – Perguntei com preocupação.

...: Aquele jovem, o pai de minha neta, ele não deseja o mal da filha e nem de sua irmã, ele ama sua irmã só que não tem força e nem poder para ir contra o pai dele. – Comunicou meu pai e eu olhei para ele.

Liana: E se eu força e o poder dele? Posso ajudá-lo a obter a coroa e assim minha irmã não estará mais em perigo. – Olho para eles para obter alguma resposta ou consentimento.

...: Você é livre para fazer o que quiser, se é isso que desejar... Só tome cuidado e saiba que não vai conseguir fazer isso sozinha, vai precisar do seu povo. – Disse meu pai.

Liana: Preciso mesmo deles? Já faz um bom tempo que eu não os vejo, acho que não vão querer lutar ao meu lado. – Falei dando desculpas.

...: Você sabe o que seu povo te seguiria para todo lugar e em qualquer guerra, e também sei que você sabe o você significa para ele, o que você é para eles. – Se levantou do trono e veio até mim.

Liana: Eu acho que consigo fazer sozinha. – Dei de ombros e olhei para o meu pai que agora estava parado na minha frente.

...: Minha filha, já está na hora de retornar para seu povo, está na hora de esquecer o passado e voltar para seu lar. – Falou e colocou a mão no meu ombro.

Liana: Tudo bem, vou pensar nisso... Não posso garantir nada. – Falei com a cara emburrada.

...: Você consegue ser mais teimosa que qualquer dentro desta sala. – Falou minha tia e meu avô deu risada.

Liana: Aprendi isso com vocês, agora eu vou voltar e vou pensar no que fazer. – Falei me despedindo e antes de eu ir meu pai beijo a minha testa e se despediu de mim.

Abro os meus olhos e estou na minha sala novamente, respirei fundo e subi para o quarto da Ondina, bati na porta e depois entrei.

Ondina: Aconteceu alguma coisa? – Me perguntou me olhando.

Liana: Como está Alina? – Perguntei olhando para o bebê que estava dormindo.

Ondina: Está dormindo tranquilamente, então acho que está tudo bem. – Respondeu com um sorriso simples.

Dei um última olhada na criança e depois encarei minha irmã.

Ondina: O que aconteceu? – Falou vindo até mim.

Liana: O pai dela sentiu seu nascimento, isso significa que lorde Devon também sentiu o nascimento da neta. – Falei e analisei a reação dela.

Ela ia quase caindo quando segurei seu ombro e a sentei na cama.

Liana: Provavelmente seu amado Lucien vai tentar manter o pai longe por um tempo, mais eu não por quanto tempo ele vai conseguir mantê-lo longe. – Falei assim que a coloquei na sentada na cama.

Ondina: Como sabe disso? – Me olhou com lágrimas nos olhos.

Liana: Nosso pai, fui convocada para uma breve reunião e ele me disse isso antes de ir. – Respondi.

Ondina: Lucien, ele pode acabar morrendo se lorde Devon decidir fazer isso. – Disse preocupada.

Liana: E se esse Lucien resolver ficar do lado do pai dele? Lucien sempre foi um fracote que escuta e faz tudo que o pai manda. – Falei um pouco irritada.

Ondina: Nem todos podem ir contra aquele que os governa. – Disse irritada.

Liana: Está tentando me dizer alguma coisa irmã? Porque caso não tenha se esquecido, eu fiz aquilo para salvar seu povo e não lembro de ter sido algo fácil de se fazer. – Disse com raiva em minha voz.

Ondina: E depois você fugiu, você sabe o quanto foi difícil passar por tudo aquilo sem você, você era um símbolo de esperança, de coragem e força para nosso povo... Você ainda é isso, acho que não tem noção do tanto que o nosso povo a ama. – Disse com lágrimas no rosto.

Liana: E quem é o meu símbolo de esperança? Quem Ondina? Sendo que eu tive que matar a única pessoa que era tudo isso para mim? Eu tive que matar ela com minhas próprias mãos e até hoje eu consigo sentir o sangue dela nas minhas mãos, consigo ver os olhos dela perdendo a cor e seu corpo desaparecer junto com o mar, quando ela morreu toda a compaixão, bondade e sensibilidade que ela me ensinou, se foi junto com seu corpo e todo aquele lugar, aquele povo me lembra ela... Eu paguei muito caro para manter meu povo seguro, para garantir que as próximas gerações não estivem em perigo e para garantir que aquilo nunca se torna-se uma cicatriz incurável ao nosso povo. – Joguei todas aquelas palavras com todo ressentimento que eu senti por décadas.

Ondina: Liana, por favor me desculpa... – Ela veio até mim para me abraçar, mas eu desviei e recuei um passo.

Liana: Se Lucien quiser tirar seu pai tirano do trono, eu o ajudarei e o colocarei naquele maldito trono... Depois disso não quero me envolver em mais nada relacionado a sua família perfeita. – Falei ríspida e saio do quarto dela.

Me tranquei em meu quarto e respirei fundo para me acalmar, fui para o banhei e liguei o chuveiro e entrei debaixo dele depois de tirar minha roupas, a água gelado se chocou contra minha pele e eu acabei encolhendo sobre aquele piso gelado e com a água mais gelada ainda batendo contra minha pele. E foi ali, naquele chão e com aquela água que eu me deixei chorar, deixei que toda aquelas lembranças dolorosa tomasse conta da minha mente, depois de muito anos eu me permitir sentir o luto, sentir a perda que eu mesma causei.




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Oii pessoal, quero saber o que acharam desse capítulo, me falem se gostaram ou não...

Quem foi a pessoa que Liana teve que matar para proteger seu povo?

Boa leitura ❤️❤️

Conectados pelo acaso.Onde histórias criam vida. Descubra agora