Oi! Decidi fazer essa coletânea porque amo a química desses dois. Preciso deixar alguns avisos antes da leitura; Não sei quantos capítulos terá, e cada um será uma versão diferente. Não aceito comentários ofensivos, por favor sejam educados. Preciso dos incentivos dos que gostarem. Tenho um canal no youtube chamado Mavida para falar de fanfics e também um clube do livro chamado clubedolivi, acessem.














Havia essa garota forte, e cheia de amigos que perdeu seus pais de maneira trágica. Que conheceu um garoto no momento que mais precisava de carinho, e o amou considerando que ele a daria tudo que ela precisava. Ela lutou por ele, bastante. Então um dia ela conheceu seu irmão mais velho, tão diferente dele; frio, irônico e quebrado. Os dois se implicaram o máximo que podiam, ocasionalmente até se traíram, mas sempre encontraram o caminho de volta um para o outro. No fim do dia essa garota descobriu que sua melhor versão era ao lado do cara que consideravam o pior.

Essa história era a exata de Elena Gilbert.

Contudo não é sobre ela que se trata.

Malivore fora derrotado. Com a ajuda do Super Squad e grande parte porque ela se tornou uma tríbrida completa. Landon estava a salva e ela conseguia controlar bem sua natureza preocupante. Aquilo tudo poderia se significar que ela totalmente pronta para o final feliz ao lado dele, só que pelo tempo que passaram afastados, pelas lutas que teve passar com ele, e por ele, Hope passou a se questionar se era para ser assim, amar alguém tinha que envolver tantas dúvidas, amar alguém não era ficar independente de quão ruim era o lugar e o momento? Eles tentaram, mais uma vez, mais uma vez e mais uma vez, mas a versão que existia de Hope Mikaelson agora envolvia uma intensidade vampiresca que o afeto vulnerável que ela nutria por Landon e ele por ela não era capaz de cobrir.

Livre de problemas, grande problemas na verdade, Hope nesse momento tinha tempo de ser quase normal, pintar, participar das aulas e rir com a garotas. Mas de alguma forma não parecia o suficiente, sua existência fora criada a partir do caos e ela precisava ao menos de um pouco dele para se sentir completa. O pincel passava pela tela em branco enquanto ela criava uma arte distraída, quando notou o que estava fazendo riu para si mesma incrédula ao se deparar com o desenho de um par de olhos conhecidos para ela. Um que ela viu pela primeira vez em certo 24 de janeiro.

Ryan Clarke

Ao menos ele um dia se apresentou como Ryan para ela quando se despediram. Não o julgava por ir embora, por confiar que ela destruiria Malivore sozinha, por a deixar ser a heroína que ela decidiu ser para sempre salvar as pessoas que eram importantes para ela. Por entender que ela perdeu muito porque ele não tinha nada na mesma medida.

Ah e também havia os detalhes, agradecia as risadas que a deu pelo drama, por as provocações, pelos medos falsos e pelas falas debochadas. Clarke tinha tantos defeitos que ela mal podia pontuar, mas os Mikaelson eram especialistas em se apegarem por alguém que tinha rachaduras, não afim de consertá-las, sim de aceitá-las. De confiar que os cacos que as formam seriam responsáveis por ferir inimigos em comum ao invés de a si próprios. Naquele último dia ela sabia que ele viria, só que nunca pediu que ele ficasse.

Se perguntava se queria, ou se estava cansada de ter que constantemente ter que arranjar motivos para alguém ficar. Ela não era motivo suficiente? Digo, não acreditava que ela tivesse um grande papel na vida de Clarke para ele decidir abrir mão da liberdade dele para pelo menos checar como ela estava, mas... Ela significava algo não era?

Sua mão parou quando com sua audição sobrenatural ouviu uma voz que reconheceria em qualquer lugar. Os pelos de seu corpo se arrepiaram como um instinto de proteção a sentimentos quando ela soltou o instrumento de arte e lentamente se aproximou da saída, logo que girou a maçaneta deu de cara com a pessoa que antes pensava. Como se o destino a preparasse para isso. Ryan Clarke estava ali, bonito como sempre foi e ela se recusava a admitir, parecendo mais leve da carga de ser filho de alguém que o odiava e... imortal. Hope não falou nada antes de arregalar os olhos por perceber que ele não era mais o humano frágil que ela deixou para traz.

— Sentiu minha falta? — como clichê o Clarke indagou, então pouco a pouco ela desmanchou a expressão surpresa e decidiu que podia sorrir de volta. Parados ali em um reencontro que muitos poderiam dizer que não era especial tinham pleno conhecimento do quanto era.

— Você bem que queria. — devolveu com esperteza, subitamente notando que o desastre do qual sentia falta era uma pessoa. Se encostando na soleira da porta não teve a coragem de o mandar entrar, ainda não. Ela queria algo, explicações, razões, só ouvi-lo, e ele parecia preparado para lhe dizer isso.

— Você desligou. Alaric me contou. — e sua primeira frase foi sobre ela, lembrando do período sombrio que sua tia a resgatou quando ela achava que tudo tinha sido perdido. — Por Landon. — complementa com certo escárnio como se constantemente tivesse que se lembrar disso.

— Não. Por ser quem eu era, ser uma Mikaelson é realmente carregado de sofrimento, eu queria fugir disso. — admite a verdade, se sentiu tão sozinha que soou mais simples não sentir nada. Clarke assentiu surpreendentemente acreditando nisso.

— Malivore deu um jeito de acabar comigo, só não imaginava que eu me tornaria...Isso. — ela sabe o que se refere, a ser um vampiro. — Não te julgo por não querer não sentir nada, quando me transformei senti tudo, e foi uma porcaria, você nunca se sente tão solitário quanto quando você tem que sentir que é isso. — os dois sempre se entenderam tão bem. — A propósito, vim porque Alaric disse que eu podia ser útil para os alunos, estive por um tempo, sei de algumas coisas. — esclarece sem explicar onde estava, e sem dizer algo plausível.

— Quer nos ajudar? — ela zombou apenas para disfarçar sua repentina felicidade por ele estar ali.

— Sim, estou no percurso da redenção. — o tom que diz revela que não poderia brincar mais, os olhos de Hope brilham em reconhecimento de sua personalidade.

— Vai durar sempre e para sempre se formos contar o que fez. — retruca sem nem mesmo notar a importância do que diz. Ele ri baixo também não ciente dos significados intrínsecos.

— Que bom que eu tenho tempo. — eles eram criaturas não humanas afinal. Sorriram um para o outro em cumplicidade. Hope olhou para trás para reparar naquele quadro que estava pronto para ser finalizado e em seguida para Ryan antes de questionar:

— Você quer entrar? — os sábios saberiam que não se trava do cômodo. Que ela aceitaria ser zombada pela imagem que fez, que ela aceitaria se aproximar, e criar memórias que apenas os dois teriam como sempre, porque inimigos, parceiros, aminimigos, amigos ou o que se tornarem o que eles tinham sempre foi construídos só com os dois de testemunhas. E talvez, só talvez, as palavras que seu pai disse a Caroline uma vez poderia se tornar real na história dos dois. Landon poderia ser seu primeiro amor, mas nada impedia Clarke de ser o último.

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⏰ Última atualização: Nov 07, 2021 ⏰

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