capítulo quatorze

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Gil chegou em casa após o dia tenso, só queria abraçar seu filho. Deixou Sara chorando, medicada e mal queria ter ficado com ela mas achou um pouco demais naquele momento ela estava confusa e dolorida pela perda de quem ela amou e sua presença ali poderia piorar ou então causar coisas ruins.
— Alice - chamou a moça.
— Oi Sr Grissom, como ela está?.
— Péssima, deixei ela medicada, ela não tava em condições de nada mas também não quis ficar pra não parecer intromissão.
— Grissom, você é marido dela não seria, até porque ela tá precisando de alguém não ficar sozinha.
— Acho o contrário, porque ela estava tão transtornada. - indo até o quarto do Mateo. — Você tá dispensada por hoje.
— Ok.
— Até amanhã.
Ela então foi para seu quarto, e Gil subiu para o de Mateo, deitou ao lado do filho e abraçou forte.

— Sua mãe precisa tanto da gente mas infelizmente não podemos fazer isso com ela, temos que dar tempo a tempo - mexendo no cabelo do pequeno — mas aposto que ela iria amar você, tem o gênio dela. - sorriu e logo adormeceu.

No apartamento de Sara, apesar de medicada não conseguia dormir, toda vez que fechava os olhos via aquela cena, como pode deixar ele partir, deixar ele ir embora daquele jeito.
Ela foi até uma parte do guarda roupa e pegou uma camisa dele e deitou agarrada com ela e permitiu chorar mais e mais.
—  Você não podia ter me deixado assim, o que eu vou fazer sem você? - abraçava a camisa —  e que você quis dizer com "Grissom te ama e vocês são uma família", você não tinha esse direito de me deixar Hank, não agora. - apertou a blusa e permitiu uns gritos entre os choros.
Ela logo conseguiu dormir, mas por cansaço e não por querer.

Flash's on

— Seu nojento como pode fazer isso com uma mulher grávida?.
— Isolente, isso não se trata de você ou da sua equipe de merda , isso se trata do senhor Grissom, poderoso chefão que manda e desmanda - fez gestos encenando.
— Porque? - tentou tirar informações.
— Porque quando minha filha morreu ele fechou o caso, me culpou por ser descuidado e ter deixado ela sem ninguém.
— Não isso não, é verdade, o Gil não faria isso - olhava para o homem que estava já atônito.
— É, tanto que fez. - passava a mão na cabeça em forma de nervosismo.

Flash's off

Sara acordou assustada não sabia porque teve aquele sonho, porque chamou Gil de marido e que aquele homem era só que esses flash's estavam presentes desde que saiu do hospital.

— Vou tirar isso a limpo - levantou percebeu que ainda era madrugada, mas tinha que tirar esse peso de dúvida da cabeça dela, tinha que conversa com dono de seus flash's sonhos pensamentos.
Pegou sua bolsa a chave do seu carro e partiu para casa de Gil, sabia que ele estava acordado.
Sem pensar muito tocou a campainha, 3 vezes sem resultado ficou esperando um pouco e quando ia saindo a porta foi aberta.
— Sara? - Gil falou surpreso.
— Vim em má hora ? - percebeu o pijama.
— Não. -  abriu a porta e fez menção pra ela entrar
— Obrigada. - entrou e na hora algo a fez ficar emocionada, a pulsação de seu coração era possível de ver de longe.
— Tá tudo bem? - Gil perguntou.
— Não, na verdade não tá nada bem, quero saber de uma coisa.  - sentou na poltrona em frente à ele.
— O que? - arqueou as sobrancelhas, o olhar misterioso de Sara não o deixava saber o que realmente teria acontecido para ela vir a essa hora da madrugada em sua casa.
— O Hank antes de morrer disse algumas coisas que não estão me deixando em paz desde então.
— O que ele disse?
— Que a gente era casado, que tínhamos uma família e que Mateo seu filho tinha algo haver - na hora deu uma crise de riso, Grissom sabia que ela estava nervosa e esse era o sinal.
— Sara ... - pegou nas mãos dela, e apenas a observou enquanto ela dava risada mas com os olhos cheio de lágrimas.
— Me diz a verdade por favor, diz que ele só disse isso pra que ele pudesse partir tranquilo.
— Sara, ele tava confuso não sabia que tava falando, fica tranquila tá? - avançou o sinal que até então estava vermelho e abraçou ela.
Nessa hora ela chorou, permitiu que o colo de Gil naquele momento fosse seu lar para aquela dor incontrolável que invadia seu peito.
— Olha tá muito tarde pra voltar pra sua casa que tal dormir aqui? Tem um quarto de hóspede.
— Não quero atrapalhar.
— Não vai, fica eu vou preparar um chá pra você e enquanto você toma eu vou pegar as coisas pro quarto ficar confortável, ok ?  - sorriu .
— Ok, eu aceito mas só porque realmente tô sem condições de dirigir pra casa.
— Vem , vamos ali na cozinha eu vou preparar um chá.
Eles foram e ficaram em silêncio mas não foi nem um pouco chato, ou constrangedor foi regado de paz.
— Aqui está,  sinta se em casa, já venho – serviu a xícara.
— Obrigada Grissom.
— De nada Sidle. - piscou.
Sara observava toda a cozinha, era linda toda planejada, a mulher ou ex mulher do Gil  tinha muito bom gosto não é atoa que tinham um filho juntos. Permitiu sorrir, estava realmente ali, que loucura podia ter deixado pra depois mas sabia que tinha que tirar esse peso de dúvida da sua cabeça.

— Pronto , tudo arrumando e bem confortável pra você - sorriu.
— Não sei como agradecer, eu vim de longe pra te perturbar e você me acolheu.
— Você não precisa agradecer. - sorriu.
Então eles foram em direção ao quarto, quando Sara entrou ali parecia que sempre esteve naquele lugar.
— Qualquer coisa chama viu.
— Pode deixar, obrigada de novo.
— De nada Sidle.
Ele então saiu do cômodo e deixou ela descansar, ela logo que deitou conseguiu dormir parecia que aquela casa tinha algo que deixava em paz. Já Grissom foi para o escritório, sua mulher estava ali com ele mas não podia fazer nada nem mesmo afirmar o que Hank tinha dito à ela.
— Sr Grissom? - Alice chegou entrando.
— Alice o que houve? - Gil levantou indo até ela.
— Vi a luz acessa e sei que tava mal achei que tava acontecendo alguma coisa.
— Não, aliás sim, Sara está no quarto de hóspede.
— Serio - mostrou felicidade.
— Não, mas não é por isso ,ela veio tirar umas dúvidas e tava tarde chamei pra dormir aqui.
— Ah senhor Grissom, sinto muito por isso - sentou no sofá.
— Tudo no seu tempo. - sentou ao lado da moça.
— Sim, vai dar tudo certo, você vai ver.
— Assim espero. - sorriu.
— Vai sim, ela logo estará com vocês e serão felizes.
— Deus te ouça.
— Vai ouvir.
Os dois então se abraçaram e por conta do cansaço acabaram dormindo ali juntos.

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