Thirtieth-sixth Chapter

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I found a love for me
Oh darling, just dive right in and follow my lead
Well, I found a girl, beautiful and sweet
Oh, I never knew you were the someone waiting for me

EMILIANO RIGONI
um tempo depois

Senti a cama afundar do outro lado mas ignorei, voltando a dormir tranquilamente. Logo sentindo um beijo molhado em minha bochecha e quando abri os olhos, vi Tiago sorrindo e tentando me dar outro beijo babado.

— Beijo babado no papai. — Lírio comemora e bate palmas, na expectativa de que o garotinho fizesse o mesmo que ela, mas ele nunca fazia. — Da bom dia, Titi.

— Bom dia meu babão. — Digo o puxando para um abraço matinal. Tiago envolveu os bracinhos ao redor do meu pescoço enquanto eu abracei o resto de seu corpo. — Que abraço, dotosa. — Faço voz de nenê.

— Feliz natal pra gente. — Minha namorada disse, bem animada. — Bom dia meu moreno lindo.

Se inclinou para mim e deixou um selinho demorado em meus lábios como sempre fazia todas as manhãs, havia virado uma rotina gostosa. Acordar primeiro com os beijos babados de nosso filho — que estava muito espertinho — e em seguida, por um beijo dela, e as vezes quando Tiago dormia de novo, sexo no chuveiro. Era como estar vivendo um sonho acordado.

Não excluindo o fato de que Lírio era mesmo a mulher dos meus sonhos e que eu ainda sonhava de vez em quando. Éramos a família mais feliz do universo, como Pétala costumava dizer. 

— Cadê os parabéns? — Pergunto e meu filho me olha confuso.

Seguro em suas mãozinhas e começo a cantiga de "parabéns pra você" — já que era a única que ele gostava — junto com Lírio, o vendo sorrir com aquilo e gargalhar animado. O som que sua risada fazia, era quase como uma perfeita sinfonia de Beethoven, só que na linguagem dos bebês.

Ele conseguia nos ensinar um pouco todo dia, e era incrível a conexão que nós três tínhamos.

— Beijinho. — Lírio fez bico, deixou um selinho nele que até barulho fez. — Inteligente da mamãe.

— Que horas vamos para o aeroporto? — Pergunto, entregando meu filho a mãe dele, já que o mesmo estendeu os braços. — Temos que sair cedo daqui.

— Relaxa, Cris e eu já combinamos o horário. — Respondeu, fazendo bico indicando que queria um selinho. — Torcer pro bocó do Luciano, não se atrasar.

— Não fala isso dele, ele está melhorando depois da Cris. — Brinco e ela da de ombros.

Me aproximei um pouco mais dela, segurando em sua nuca e a puxando para mais um selinho, querendo tomar espaço com a língua mas Tiago resmungou, pelo fato de estar entre nós dois.

— Tiago está com sono? — Questiono e a vejo abri um sorriso e negar, faço beicinho recebendo outro selinho em seguida. — Queria um pouco de você antes de sairmos.

— Eu vou por ele no cercadinho pra assistir. — Disse e abri um sorriso. — Me espera no banho, bafudinho.

Tinha como não se apaixonar por ela? Eu evitaria todas as justificativas contrárias, apenas para ficar ainda mais bobo por aquela mulher.

Levantei da cama e fui ao banheiro, ouvindo ela sair do quarto logo em seguida. Passei uma água no rosto e escovei meus dentes, aproveitei para ligar a água da banheira para que quando Lírio voltasse, ela já estivesse no ponto. Senti mais me  abraçando por trás e beijou minhas costas sem blusa, peguei  em suas mãos e virei para mim, segurando em seu rosto enquanto ela passou as mãos ao meu redor.

— Acha bom viajar com o Tiago desse tamanho? — Questionou parecendo preocupada e a olhei com a sobrancelha erguida. — Ele é novinho.

— Amor, é as nossas férias e ele vai conhecer a praia pela primeira vez. — Respondo, tentando lhe passar segurança. — Ele vai amar.

— Tá bom. — Suspirou.

— Agora eu posso curtir a minha noiva? — Questiono e ela assentiu.

O pedido de casamento veio a alguns dias atrás, quando estávamos deitados os três no quintal, vendo as estrelinhas e curtindo um pouco do Tiago, já que com os jogos não tive muito tempo de estar com ele e meu filho sentiu muita a falta. Então, enquanto estávamos conversando sobre futuro eu disse:

— Casa comigo?

E ela respondeu que sim, mas eu planejava algo mais especial para um pedido, resolvendo aproveitar a viagem para fazer oficialmente.

Voltei a atenção ao beijo da minha noiva — jamais me cansaria daquilo —, a perdendo mais a mim, passeando com as mãos por seu corpo e caminhando as cegas até a banheira já cheia. Nos afastamos apenas para retirar as nossas roupas e por fim entrar na água.

[...]

— A culpa é de vocês, chegaram atrasados e atrasou tudo, tivemos que fazer tudo as pressas. — Luciano disse, quando nós aconchegamos ao banco do avião.

— Tivemos um imprevisto. — Lírio respondeu, me olhando pelo canto do olho e concordei com a cabeça.

— Tiago acabou dormindo e é terrível para arrumar ele. — Justifico e Cris olha para a criança em meu colo, e quando vou olhá-lo ele já me encarava e beijei a ponta de seu nariz, lhe vendo sorrir. — Coisa mais linda do papai.

Após arruma-lo na cadeirinha e por o desenho que ele gostava, ouvimos o piloto anunciar que iríamos decolar. Lírio abraçou meu braço e deitou a cabeça ali, suspirando ao relaxar. Se tinha uma coisa que eu detestava nas viagens, era o fato de andar de avião, não tudo, somente a subida e a descida do mesmo.

Fechei os olhos com força, segurando firme na cadeira e na cadeirinha de Tiago que por sua vez estava muito tranquilo e calmo, como se nada estivesse acontecendo.

— Você tem medo de avião, moreno? — Lírio questiona e nego, ainda sem abrir os olhar e a ouvindo rir.

— Não é que eu tenha medo, é que eu detesto aviões. — Resmungo e ela rir mais ainda, escondendo o rosto no meu braço.

— Quer um copo de água com açúcar? — Pergunta ainda rindo e neguei, ainda com os olhos bem fechados. — Amor nós já estamos no ar.

— Ótimo, agora é só pousar e fim. — Suspiro aliviado, e abri os olhos, virando o rosto para a Lírio que sorria de maneira boba. — O que foi amor?

— Não nada, é só que eu amo você até com medo de avião. — Disse, me faz do rolar os olhos. — É sério, você fica fofinho.

— Fofinho nada, eu sou bandido mal. — Digo, e a risada de Tiago soou e nos viramos para olhá-lo.

— Até seu filho concorda que isso é uma piada, moreno. — Minha noiva disse e rolei outra vez os olhos.

Lírio segurou em meu queixo e me puxou para um beijo, me pegando um pouco de surpresa, mas logo retribuindo, sentindo sua língua invadir minha boca e logo lutar por controle junto a minha, causando arrepio por todo meu corpo pela forma preguiçosa que ela me beijava. Ao nos afastar, ela fez questão de puxar meu lábio inferior com os dentre, acabei sorrindo com o ato.

— Estamos em público meu amor, não me provoca. — Sussurro, segurando firme e discretamente seu pescoço.

— Você sabe que amo jogar com você. — Respondeu no mesmo tom, e me roubou um selinho com um sorriso sapeca no rosto.

— Morena...

— Moreno. — Repetiu e lhe puxei para outro beijo, sendo interrompido pelo gritinho alegre de Tiago. — Não se preocupe, teremos a semana inteira pra curtir nossos corpos. — Sussurrou.

— Vou adorar curtir o seu.

Deixei uma mordida em seu pescoço antes de me afastar e dar atenção a Tiago, tentando ignorar todas as possíveis formar de transar — não muito discretamente — com ela naquele exato momento.

**
"vai doer demais, escutar o seu bye bye"

𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni Onde histórias criam vida. Descubra agora