Todos os dias Madalena rega as plantas de seu Jardim. Hoje não seria diferente..
Lá estava ela com barro nos joelhos e o regador banhando as margaridas.
Madalena era a típica beata. Dividía sua vida entre cuidar do marido Celino, ir à igreja e regar suas plantas.
Madalena não tivera filhos. Um acidente na adolescência fez com que a mulher perdesse essa capacidade. Sentia-se deveras culpada por isso, então não questionava as escapadelas do marido.
A casa estava cheia. Toda a família estava reunida nesse dia.
Madalena logo viu seu cunhado entrar com uma bela jovem.
A moça estava com os braços entrelaçados ao de Geraldo. Sua face lhe era familiar demais para Madalena.
A mais velha viu quando a jovem abraçou Celino num abraço saudoso..
Aurora, recém chegada da Itália, trazia consigo um sotaque gostoso que não passou despercebido por Madalena.Aurora estudava vinhos na Itália.
Fico eu aqui, caro leitor, pensando se existe profissão mais prazerosa que essa. Vinho me traz excitação e romance, e tem aquele gosto amargo envelhecido que se parece um pouco com todas as minhas primaveras já passadas.
Sem mais devaneios...Madalena notava o caminhar gracioso da menina de pouco mais de vinte anos. A forma como ela se movimentava e tocava no vaso de porcelana que havia na sala de estar. Sentiu medo da menina quebrar o objeto.. não que Madalena fosse materialista, mas justo aquele vaso ela havia ganhado de presente de sua bisavó quando se casou com Celino. Uma semana depois a velha morreu deixando toda a herança para a bisneta. Herança essa que se resumia a um vaso de porcelana e uma corrente de Nossa Senhora de Guadalupe que Madalena carregava entre os peitos.
A casa foi esvaziando aos poucos naquele domingo depois que todos já tinham comido e bebido. Madalena tomou seu banho e se recolheu. Celino buscou sua mulher durante a madrugada. Queria fodê-la. Sem qualquer cerimônia, enquanto Madalena dormia, Celino levantou a camisola da ruiva, puxou a calcinha para o lado, passou cuspe no pau e meteu. Madalena acordou assustada contraindo a vulva, mas era inevitável. Celino já estava dentro dela. Uma... Duas... Três estocadas. O homem gozou no fundo de Madalena virou-se para lado e dormiu como homem de Deus e dos bons costumes que era. Madalena sentiu a porra escorrendo em suas coxas. Levantou, se lavou e voltou a dormir o sono da boa esposa.
Eu, autora deste conto que vos fala, sempre me pergunto porque Deus aprisiona. Falam de livre arbítrio, mas se você escolhe o caminho que não é o previsto e aceitável socialmente, você arde no mármore do inferno. Então que escolha posso eu fazer a não ser comprar a melhor vodka e beber com o capeta??
Aurora, neste caso, não compraria vodka mas, certamente, um Domaine de la Romanée safra de 45.
Era 6h00 quando Celino se despertou deixando Madalena sozinha na cama. O velho tomou seu banho, o café que a secretária do lar havia preparado e saiu para trabalhar.
Madalena desceu pouco mais de 7h30 e encontrou a jovem Aurora tomando seu café. Na noite anterior Aurora havia dormido na casa de Celino pois tinha bebido além da conta e ninguém poderia levá-la ao seu apartamento e Celino disse que a jovem poderia ficar quanto tempo desejasse na casa.
As duas conversaram por horas. Aurora contou para Madalena as experiências que teve na Itália, os amores e desamores, o sexo que, por vezes, fazia com algum desconhecido em uma viela qualquer.
Madalena corava com as confissões da jovem.
Aurora contou para Madalena que uma vez saiu com um rapaz. Foi só entrarem em motel que o rapaz pediu para que Aurora o penetrasse. E assim ela o fez. Colocou o Strapon e fodeu o homem até o talo.
Madalena colocava as mãos na boca incrédula com o que escutara da jovem. A mais velha correu para o quarto e trancou a porta. Sentiu seu sexo latejando e uma imensa vontade de passar os dedos em seus lábios vaginais se fez presente. Assim ela o fez.. Levantou o enorme vestido e sentiu a vulva inchada e melada. Se assustou com o líquido entre suas pernas, isso jamais havia acontecido em seus 45 anos de vida. Ela foi para o banheiro deixando o chuveiro na água mais gelada e se dirigiu para a igreja assim que encerrou o banho. Quis se confessar, mas não teve coragem. Enquanto isso Aurora admirava alguns quadros na galeria central, rindo vez ou outra quando lembrava da cara de assustada que Madalena fez ao ouvir a história contada por ela de quando comeu um homem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pecaminosa
Short StoryMadalena gostava de rezar nas horas vagas. Aurora bebía vinhos caros e dormia com homens diversos. Não importa o que a bíblia diga, quando é para ser, é!