𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni

Thirtieth-eighth Chapter

A voz do anjo sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais

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EMILIANO RIGONI

Eu estava tremendo mais do que vara verde, esperando Lírio para irmos ao jantar que preparei para nós dois, em um lugar à beira mar. Cris foi subornada — literalmente — para poder me ajudar a arrumar e organizar tudo. Mas no fim deu tudo certo.

O jantar, era só um pretexto para pedi-la em casamento de forma oficial e padrão, de joelhos e com um anel a sua frente.

Ouvi os passos de Lírio se aproximando, e levantei o olhar que estavam em minhas mãos — que suavam mais que tudo — para ela, ficando chocado com a beleza estonteante que aquela mulher emanava, me fazendo ficar ainda mais apaixonado, mesmo sabendo que era quimicamente impossível.

— Caralho. — Murmuro, seguro em sua mão e a faço dar uma giradinha, passeando os olhos por seu corpo. — Assim você me mata, mulher.

— O intuito é este. — Disse sorridente. Segurou em meu rosto, e deixou um beijo casto em meus lábios. — Você também está gatinho, amor.

— Obrigada. — Sorrio, lhe roubando outro selinho.

Nos despedimos de tia Leda, que se prontificou em cuidar do sobrinho, com a ajuda de Cris e Luciano que também tiveram que ser ameaçados por mim. Entrelacei a mão na da minha noiva, e futura esposa, caminhando com ela assim para fora de casa.

— Não entendi porque pediu que eu não usasse salto. — Disse em tom de dúvida e sorri, a puxando para andar na areia.

— O jantar hoje é com o som do mar, meu amor. — Respondo e ela sorri animada, apertando um pouco minha mão enquanto caminhávamos na terra branca. — Acho que quando te conheci, eu estava em uma das piores fases da minha vida, e ter você nos meus sonhos quase que todos os dias, me confortando, foi meu alicerce.

— Assim eu vou chorar, meu amor. — Ela sorriu, e parou de andar me puxando para um abraço em seguida.

— Lírio eu jamais amei ou amarei ninguém como eu amo você. — Sussurro, já sentindo minha voz embargar. — Quase perdi você, e a sensação é horrível. Não tenho dúvida de que quero passar o resto dos meus dias com você, envelhecer de mãos dadas em uma cadeira de balanço, na chácara que compraremos, para os nossos filhos irem aos fins de semana. — Me afasto e vejo seus olhinhos encherem de água.

— Moreno, eu também não guardo dúvidas de que você é e sempre será, o grande amor da minha vida. — Disse, e colou nossas testas, misturando nossas respirações, quanto segurava meu rosto. Desci minhas mãos por seu corpo, a sentindo arrepiar.

Pressionei mais sua cintura, a trazendo para mais perto, terminando de juntar mais nossos corpos. Apressei em juntar nossos lábios em um beijo calmo, com muitos sentimentos misturas em um só coração, ou melhor, um grande coração composto por nós dois.

Quando o ar nos faltou, nos separamos com beijinhos e com carícias.

— Eu tinha um texto ensaiado pra fazer a você. — Murmuro e ela dá uma risadinha leve. — Mas, Lírio Vilhena, amor da minha vida e razão dos meus dias coloridos, você aceita se casar comigo?

Me afasto e retiro a caixinha do bolso, ajoelhando a sua frente, a vendo arregalar um pouco os olhos pondo a mãos na boca já entre aberta da surpresa, comigo já não contendo a emoção e deixando todo meu amor escorrer pelos meus olhos.