Capítulo 11 👑

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⚠Atenção . Esta história contém cenas de sexo e violência, o que não são indicadas para menores de 18 anos🔞. Não é permitido nenhum tipo de plágio. Não se esqueçam de votar, comentar e partilhar!
Boa leitura.

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Liam arranjara uma namorada uns meses antes de nossa mãe conseguir realmente fugir. A menina era tão negrinha, mais que a nossa família, que os olhos eram tão escuros e sua pele era demasiado lisa. Adorava aquela maciez. Meus irmãos pouco se integravam com as mais brancas daquela cidade, nossos vizinhos eram bem mais claros que nós, tinham meninas, incluindo a vizinha que passou a cuidar de nós, mas eles nunca chegaram a cruzar-se. Não que eu soube. Ela passou a ser simpática para mim e minha mãe gostava dela. Ela devia ter 13 anos, acho. Pensei que eu poderia também ter meu primeiro namorado com 13 anos, mas eles só eram permitidos ficar juntos dentro de casa. Brincavam com tudo. E ela me incluía na brincadeira. Fiz uma das primeiras brincadeiras de meninas, troca de histórias. Só sabia o que os rapazes sabiam. Ela era agradável e gostava de mim. E ali estava a minha mãe, preferindo a ela. Nunca fiz algo de errado, porque minha mãe fugiu bem mais cedo do que realmente tinha planeado fazer. Alguma coisa deve ter ocorrido de errado.

Estremeço um pouco no momento que Harry empurra a porta para fechá-la atrás de mim e sou envolvida pelo seu calor e o da casa, assim como o seu olhar aconchegante e resplandecente. Somos cingidos por um silêncio surdo e eu fico paralisada e ainda congelada à frente da porta. Sinto a sua proximidade e a intensidade com que ele me observa, notavelmente surpreso por me ver na porta de sua casa após as oito da noite com duas maletas enormes, uma expressão cansada e roupas pingando.

— Desculpa, não tinha mais aonde dirigir- me — Será que ele percebe que não estou a mentir e começa por deduzir quais são as opções que eu possa ter? Sinto como se o ambiente acabasse de soltar um fôlego quando ele abre um sorriso acolhedor e aponta para o interior. Não descolo o olhar.

— Não precisas disso— Ele responde por fim e suas mãos abaixam-se para segurar as abas das duas maletas e faz um gesto com a cabeça para o interior. Engulo nervosa quando acabo de notar que entrei em um enrascada na qual não terei saída. E desta vez não sinto-me na toca de um lobo como no apartamento com as meninas. Aqui é diferente. Pressinto como se a casa aconchegasse-me em seu interior me pedindo com firmeza para ficar. Sigo Harry até o interior da sala e ele fecha a porta por trás de nós e minha pele relaxa cada poro com a quietude e o aquecimento vindo da lareira. Movo-me sobre o tapete fofo e solto um arquejo quando noto o casaco molhado ainda cobrindo meu tronco. Harry dispõe as maletas perto da porta para o corredor e recuo uns passos atrás com receio que ele veja que estou a encharcar seu tapete caro. Por fim, seus olhos caem em mim. Ele não demora a perceber minha inquietação e aproxima de novo.— Entrega aqui que eu o coloco no cabide do corredor.

— Vai molhar tudo— ele descarta com um sorriso já pousando as mãos macias e quentes por cima da gola do meu casaco. Bom, melhor que ensopar o tapete que cobre o chão da sala.

— Conta-me o que aconteceu — eu solto a respiração e seus passos aproximam - se por trás. Viro-me a pensar na resposta — Vocês foram despachadas do apartamento?

A voz dele emana preocupação, e ao mesmo tempo ele não olha muito para mim e sinto- me desiludida em ter que contar a verdade e ele achar que sou realmente uma debilitada que fora expulsa do próprio apartamento que já vivia há 3 anos.

— Tive uma discussão muito feia com as meninas— Mas porque eu decidi contar isso? Contar a verdade não seria uma deceção menor? — Não deu para continuar.

Ele que acabe por entender. Preferia que não me perguntasse mais. Encara-me em silêncio e meus olhos delineiam a curva majestosa de seus ombros largos enquanto ele cruza os braços e seu rosto assume um formato mais sério.

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