33 - Puros!

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33 – Puros!

Sarah olhou para Samantha que assistia a conversação do diretor da escola bem atenta.

-Vamos sair daqui? – perguntou ela. – Não me sinto bem com o luto!

-Tudo bem – respondeu Samantha.

Elas estavam na segunda fileira. E alguns alunos olharam para as duas meninas saindo. Ao longe Sarah viu Tom ao lado de uma menina, e parecia consolá-la. Seu estômago rapidamente deu um salto. Tudo que envolvia Tom era difuso na sua mente – e mesmo assim ela queria pensar nele.

Ela se apressou quando descia as escadas. Toda essa história da menina que tentou matar o garoto que estava nas mesmas aulas de Física 1 que Sarah – e ela fugir feito uma louca e acabar sendo atropelada por um caminhão em seguida, foi muito, muito pra ela assimilar nessa manhã.

-Isso foi horrível! – as meninas que já estavam adiantadas no corredor que saía do ginásio.

Elas se viraram rapidamente para ver quem falara. Um garoto. De cabelos claros e olhos bem verdes.

-Desculpe chegar assim sem avisar – disse ele. – Sou John.

John estendeu a mão para cumprimentar as meninas.

-Não sou muito fã do luto também não.

-Dois – disse Sarah apertando a mão dele.

-Vocês conheciam menina? – perguntou ele.

-Não pessoalmente – respondeu Sarah.

-Ela era meio fútil sabia – Samantha completou. – Muito cheia de si, e adorava deixar a Sra. Greer num beco sem saída nas aulas de sociologia.

-Era mesmo – confirmou Sarah. – Com aquelas perguntas sempre incisivas sobre a sociedade atual, culpando sempre a população machista sobre os problemas que existem.

-Muita besteira para uma pessoa só! – Samantha riu depois levou à mão a boca. – Mas o que aconteceu foi horrível. O Jordan da aula de Química foi ver o corpo no local do acidente antes da polícia chegar. Ele mora perto de lá.

-Mesmo? – perguntou John interessado.

-Ela estava irreconhecível! – continuou Samantha. – Tipo, toda quebrada.

Sarah fez um careta.

-Por favor, não vamos mais falar disso! – pediu.

-Querem fazer alguma coisa já que as aulas foram canceladas? – perguntou John sorrindo para elas.

-Por que não? – perguntou Samantha sorrindo.

Os três continuaram a caminhar pelo corredor. Entretidos numa conversa que não envolvia uma garota morta.

A menina puxou a carteira de cigarros, tirou um delicadamente e o levou até os lábios vermelhos.

Zoe olhou para a placa de “proibido fumar neste local” e soltou um riso de desdém. Jogou o maço dentro da bolsa e pescou rapidamente o isqueiro e queimou a ponta do cigarro.

Que brilhou e ela em seguida deu uma tragada forte – a fumaça inebriante escorrendo pelos pulmões – Zoe soltou a fumaça e encostou-se à parede. A porra do diretor estava a mais de quarenta minutos, falando sobre uma idiota que morreu atropelada.

Ela estava estupefata só de ter que pensar – que viajou umas treze horas de Cuzco até aqui, nesse fim de mundo, devido à mudança repentina de emprego da mãe.

Pirulito Cor-de-RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora