Prólogo

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— Está vendo? Liana, veja. -disse Gaspar, mostrando a sua sobrinha o que estava diante deles.

A bela criança bateu os cílios, seus lindos olhos azuis encarando a criatura diante deles.

— Lindo. -ela murmurou encantada, encarando o belo e majestoso animal.

O unicórnio que pastava na clareira ergueu a cabeça, seu belo e grandioso chifre cintilou sob a luz do Sol.

— Shh, querida, eles são extremamente tímidos. —sussurrou seu tio— unicórnios não aparecem para muitos, quase ninguém, só donzelas puras.

— Eu sou uma donzela pura. -ela disse jogando os cabelos loiros claros para trás.

Ele riu baixinho, mas não foi rápido o bastante para segurar a pequena criança que saiu de trás da moita, correndo até o animal.

— Liana! -exclamou Gaspar de forma baixa.

Ela riu, correndo até o unicórnio, o mesmo ergueu a cabeça de imediato, a encarando.

— Cavalinho. -ela disse sorrindo, se aproximando.

Ele deu passos para trás e ela para frente.

— Eu sou uma donzela. -ela disse girando, fazendo o seu belo vestidinho azul rodar no ato.

Ele a encarou, se aproximando, seu tio tapou os olhos, não querendo ver no que aquilo daria.

A garotinha estendeu a mão, o animal a cheirou, então, deixou que ela o tocasse.

Ela sorriu encantada, acariciando o rosto do animal, e então sua crina loira.

— Tio!! -ela chamou animada.

Seu tio abriu os olhos, encarando sua sobrinha em cima do animal que trotava com a mesma em sua garupa.

— Vou chamar ele de senhor  marshmallow. -ela disse abraçando o pescoço do unicórnio.

O homem bufou uma risada, incrédulo com a facilidade que sua sobrinha tem para encantar as criaturas mágicas. Até mesmo as sem magia alguma.

— Está bem, mocinha, vamos. -disse ele.

O unicórnio parou, então se abaixou, a garotinha desceu dele e então deu um beijo estalado no fucinho do animal.

— Tchau, tchau, senhor marshmallow! -ela acenou para ele, saltitando até o homem mais velho.

O unicórnio relinchou em resposta, sumindo por entre as árvores.

Ela correu até seu tio eu a pegou no colo.

—  A mamãe vai ficar doida quando souber que andei em um unicórnio! Tio. -ela disse eufórica.

Ele sorriu, sabendo que mesmo que ela contasse, a mãe dela nunca acreditaria, mas que não acabaria com os sonhos da menina dizendo que isso "não existia".

— Vai mesmo, querida. -ele concordou.

Eles se aproximaram da maleta de couro marrom, com arabescos prateados enfeitando o seu couro.

Gaspar bateu duas vezes na fechadura e os trincos dourados se abriram, ele abriu a maleta, entrando na mesma com a criança, descendo as escadas.

A maleta parecia pequena por fora, mas por dentro, por dentro é do tamanho de uma casa, um compartimento mágico.

A garotinha sorriu correndo pelo o lugar e seu tio fechou a maleta, e em um passe de mágica, em poucos minutos a maleta estava sacudindo, e em outros, havia parado.

— Vamos. -disse ele subindo com ela.

Ela riu subindo as escadas, saindo de dentro da maleta, vendo que estava novamente em seu quarto.

Ela tirou as sapatilhas, correndo para o banheiro e então voltando com o seu pijama azul celeste.

Ela pulou na cama, bocejando, seu tio fechou a maleta e no mesmo momento a mãe da bela criança adentrou, os olhos azuis e os cabelos loiros claros como os da filha..

— Pelo visto brincaram bastante. -disse ela.

— Sim.. -disse Gaspar.

Ele piscou discretamente para a sobrinha que riu baixinho.

— Eu andei de unicórnio, mamãe. -ela disse.

— Ah foi? -ela questionou sentando na cama, a cobrindo com os lençóis.

— Uhum, o nome dele é senhor marshmallow. -ela disse bocejando, coçando os olhinhos.

— Então vá dormir, para sonhar com o senhor marshmallow. -sua mãe sorriu.

Ela beijou a cabeça de sua filha.

— Bom sonhos, meu amor. -ela disse.

— Boa noite, mamãe. -ela disse.

Sua mãe sorriu, dando corda na caixinha de música, onde uma bela melodia saiu.

Ela se ergueu, caminhando para fora do quarto.

— Boa noite, meu anjo. -disse Gaspar.

— Amanhã vamos ver princesas? Tio, e dragões. -ela sorriu sonolenta.

— Vamos sim, eu prometo. -ele beijou a sua testa.

Ela sorriu.

— Boa noite, tio. -ela bocejou, se entregando ao sono.

— Boa noite, princesa.

E a porta se fechou, a escuridão levando a criança a terra dos sonhos.

Onde ela sonhou com dragões e princesas, e lindos unicórnios.

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⏰ Última atualização: Nov 11, 2021 ⏰

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