Confraternização

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O cheiro de vinho caro, pessoas bem arrumadas e nariz empinado. Era o que aquela cobertura exalava, cada um que estava ali queria exalar o poder que tem e também o que não tinha. Um bando de mesquinhos, tais esses que me dão lucros e beneficiam a minha empresa.

A classe alta realmente era superior e se você não se tocasse disso, concerteza iria lhe subir na cabeça e virar um deles. Claro que nem todos ali eram desse nível assim, aqueles de coração bom ainda salvava dentre eles.
Cloe era uma delas, ela esbanjava gentileza e carisma é uma mulher de caráter.

Ela conversava comigo como se nada a abalasse ali, quando alguém chegava para cumprimentar ela dava toda a atenção para pessoa, enquanto eu só observava a conversa até a pessoa se tocar e ir embora.

Hoje não é meu dia, ainda mais vendo meu lindíssimo ex com uma modelo deslumbrante ao lado dele. Não tem porque eu ter ciúmes não existe mais nada entre nós dois. Vez ou outra nossos olhares se cruzavam, como se nós estivéssemos nos procurando sem percebermos.

Um rapaz de cabelos loiros se aproximou de nós e cumprimentou a Cloe, a coitada corou o rosto inteiro e me toquei que era algum ficante dela.
Me adiantei e pedi licença para ir no banheiro dando desculpa de retocar o batom. Os olhos perolados de Hinata arregalaram me olhando com desespero, dei uma piscadela e sai em direção ao corredor.

Me olhei no espelho e eu estava impecável, o penteado na lateral estava intacto e a maquiagem sem borrar. Procurei meu batom e retoquei os lábios carmesins, sentia minha visão meio turva por conta da bebida mas nada que me desse um vexame.

Resolvi voltar para a cobertura quando de repente, braços fortes agarraram minha cintura por trás e antes que me desse conta, já havia sido prensada contra uma parede gélida. 
Gemi com o ato do mesmo e levantei os olhos para encarar seu rosto. 
Como eu poderia esquecer aqueles olhos escuros como a noite tão encantadores e aquele sorriso de canto?
Apenas notei minha respiração falhar quando ele fechou os olhos e colou seus lábios aos meus, num singelo selinho.
Nenhum de nós dois ousava falar, até que ele decidiu quebrar o silêncio.
— Sakura... Eu sinto tanto sua falta.
Quando os nossos olhares se encontraram, lembranças de anos atrás vieram na minha cabeça: de quando nos conhecemos, da nossa primeira vez, de quando engravidei, dos nossos momentos juntos com nosso filho, mas... Tudo isso é passado.
Não queria lembrar. Depois de tudo o que eu sofri, de como ele me fez chorar noites e noites... mas agora não tem como voltar no tempo. Juntei toda força que me restava para empurrá-lo, mas ele foi mais ágil e pegou nos meus pulsos, os levantou acima da minha cabeça, juntou os nossos corpos e eu estremeci com sua proximidade. É inacreditável como ele ainda conseguia esse efeito sobre mim.
Com uma de suas mãos soltas, ele me fez um carinho em minha bochecha e desceu até os meus lábios, onde passou o seu polegar áspero. As carícias desceram até minha cintura, onde  posicioniu sua mão. Estremeci.
—  A-adam.. p-para! — Minha voz saía mais pra um gemido abafado do que uma ordem - Nós estamos no corredor!
— Não vou parar até você ceder...Laura... — Ele sussurou em meu ouvido e logo mordeu o  lóbulo da minha orelha. Meus pelos se arrepiaram.
Depois de tanto tempo, como pode vim me beijar como se não tivesse acontecido nada.
Tentei me soltar mas ele juntou mais ainda nossos corpos e fez com que nossas intimidades se chocassem. Gemi alto e ele rosnou em meu ouvido.
Com toda aquela tortura, era impossível não ceder a tal tentação.
— Eu acho bom você criar vergonha na cara, cretino. — Tentei manter o controle da situação mas ele não colaborou. Tentei me soltar mas foi em vão. - Você está acompanhado ou tenho que te lembrar?
— Laura, Laura... isso não vem ao caso agora. — falou impaciente, percebi que ele cheirava a álcool assim como eu.
- Você estava todo exibido andando com ela ao seu lado, alguma coisa é meu bem! - Ele aperto minha cintura um pouco mais forte e respirou fundo.
- Ela não é nada mais que uma colaboradora da empresa, não fique com ciúmes meu amor, eu só pertenço à você.
— Bom, isso não interessa . - Tentei sair do seu aperto - Tem como me soltar?! - Finquei meus olhos na escuridão dele, eu preciso sair daqui antes que eu faça alguma besteira.
- Não antes de eu te dar um beijo. - Sem chance de eu protestar, ele segurou minha nuca e guiou sua boca na minha.
Uma explosão de sentimentos explodiu dentro de mim, raiva, amor, arrependimento, saudade. O beijo foi intenso, forte e quase não conseguia acompanhar. Nos separamos para recuperar o fôlego e mantivemos o olhar um no outro, meu coração batia tão forte que concerteza ele estaria escutando também
Ele cortou nosso contato visual e enterrou o seu rosto na curva do meu pescoço e deu um beijo molhado, o que me fez suspirar, subiu os seus beijos até o meu queixo e voltou a olhar nos meus olhos. Pude ver que suas órbes escuras transbordavam desejo e luxúria.
Aproximei um pouco meu rosto e, roçando os nossos lábios, foi então que ele me puxou pela nuca e me beijou mais uma vez.
Abracei seu pescoço e correspondi ao beijo. Sem que eu percebesse ele foi guiando nós até uma sala no fundo e bloqueou a entrada com um cartão.

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⏰ Última atualização: Nov 15, 2021 ⏰

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