Quando a renomada empresária Arizona Robbins recebeu uma ligação de sua mãe no meio da manhã, não poderia ter notícia pior:
Festa em família.
Que contaria com a presença de sua ex que nunca superou com o seu irmão trairá que roubou o amor...
Callie sentiu uma enorme vontade de roer unha. Sempre fazia isso quando estava nervosa ou ansiosa, mas se controlou. Antes de ir pra casa, parou em um quiosque a beira mar, de frente para o apartamento de Arizona, só que do outro lado da rua e pediu uma cerveja. Precisava se acalmar e só o álcool que poderia fazer isso.
Amargurou um pouco ao ver os casais apaixonados passar pela praia, e também caminhando no calçadão. Sentia uma inveja tão grande. Queria ser como eles.
O quiosque tocava umas músicas tristes, de antigamente. Aumentando ainda mais a sua depressão. Uma cerveja se tornou duas, depois passou para três quando a música mudou, e iniciou "We Said Goodbye". Ah, que o coração doeu demais com essa música. Até choraria se não tivesse em publico.
Estava bebendo com os olhos no condomínio de Arizona. A sua vontade era de voltar lá. Que merda era essa que estava vivendo? Estava buscando a lógica e não encontrava. Quando duas pessoas se amavam eram pra ficar juntas, não?
Sim!
Mas a Arizona era um ser humano muito especial e ficava complicando tudo! Amor era pra ser o sentindo mais lindo e puro do mundo, e não esse sofrimento. Devia ser o lado mau do amor. Até porque tudo tinha dois lados mesmo. Cara ou coroa. Duas metades.
Terminou a sua cerveja, e pediu á conta. Estava um passo de ficar bêbada. Porém, começou a tocar "My Mistake".
— Essa música é muito foda! — Callie disse para o garçom. — Suspende a conta e me traz outra cerveja. Bem gelada pra trincar minha alma e o meu coração também.
O garçom assentiu, controlou a vontade de rir... Aquela moça bonita estava bêbada e também de coração partido. Serviu a cerveja. Callie tomou um gole, realmente estava bem gelado. Pensou em passar uma mensagem para o Steve , mas... Ele nunca se importava mesmo em ficar com a Sofia.
Pensava tanto em como conquistar a Arizona ... Que não sabia como recomeçar. Talvez, estivesse errando nisso... Queria tanto que estava forçando a barra. Balançou a cabeça, não sabia mais o que pensar. Era melhor não pensar em nada.
Depois de mais duas cervejas, e antes que a vontade fosse maior do que a razão pagou a sua conta e se levantou. Foi pra ponta da calçada, estava esperando um táxi quando viu um homem conhecido. Ele estava bem vestido, e segurava uma sacola plástica na mão, dava para ver que era um pote de sorvete.
O sangue ferveu, atravessou a rua sem olhar para o lado. A sorte que o sinal estava fechado. Alcançou o homem, o segurou pelo braço. Ele se assustou e virou-se, recebendo um murro certeiro sem olho.
Christopher foi tomado pela surpresa, deu uns passos para trás. Para uma mulher baixa, aquela individua tinha muita força. Demorou um segundo para reconhecê-la, a mulher de Arizona.
— Opa... Calma... — Pediu, desviando de outro soco.
Callie tentou soca-lo mais uma vez no rosto, porém, o Christopher foi mais rápido novamente. Mas não se livrou de um soco nas genitálias. O primeiro a cair foi à sacola de sorvete no chão, depois foi o mesmo de joelhos.
— Isso é pra você aprender a nunca se envolver com a mulher dos outros! — Callie gritou embriagada e irritada. — Se você se aproximar de novo de Arizona , vou contar isso que você chama de pau!
As pessoas que passava achavam engraçado e outras, ficavam horrorizadas. Christopher estava gemendo de dor, e o seu rosto estava muito vermelho. Callie fez sinal com os dedos para os olhos e depois apontou para ele.
— Estou de olho em você, canalha!
Satisfeita pelo seu feito. Callie deu-lhe as costas e acenou para um táxi. Ficou muito contente ao ver o Christopher ainda no chão antes de partir. Mostrou o dedo do meio para ele. Informou o endereço, e em poucos minutos estava em casa. Abriu a porta, e não encontrou ninguém. Era quase meia-noite. Tom e Steve tinha o hábito de dormir cedo. E como a casa estava silenciosa, a Sofia deveria está dormindo. Sentiu uma enorme vontade de fazer xixi, efeito da cerveja.
Entrou no quarto ás cegas mesmo, e foi para o banheiro. Depois de fazer xixi, tomou um banho de cabeça mesmo. Esqueceu-se da toalha, desfilou nua para o quarto. Esquecendo-se completamente que tinha uma visitante. Acendeu a luz, e a surpresa foi instantânea... A irmã de Mera estava sentada na cama e não se fez de rogada ao olhar o corpo de Callie de cima á baixo.
Callie por sua vez, gritou e correu para trás do closet... Duas vezes que isso lhe acontecia nessa merda de dia!
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