Onda Onda, Olha a Onda ୭ Juric

Ô, ô, ô

— OLÊ, OLÊ OLÊ-.... Oi, gatinho! O que deseja?

Trabalhar em um restaurante brasileiro era a alegria da vida de Eric e dos outros funcionários que lá trabalhavam; o próprio garoto sentia-se em casa, mesmo longe da família, no Rio de Janeiro.

O estabelecimento consistia principalmente em clientes brasileiros ou estrangeiros, mas isso não impedia os coreanos de adentrar o lugar para usufruir de algo diferente.

O restaurante ficou tão famoso pelas comidas e pelo entretenimento — contando com a presença de Eric —, que, após um vídeo do garoto circular pelas redes sociais onde ele basicamente sambava junto com uma das dançarinas de uma noite de sexta-feira, o lugar passou a ficar lotado.

E obviamente, várias garotas passaram a procurar pelo Sohn, sem muito interesse nos pratos e tudo o que o restaurante tinha a oferecer.

Mas em seu coração bi cabia todo mundo. Até mesmo Lee Juyeon.

Ou melhor: principalmente Lee Juyeon.

— Eu vou querer um… Guaraná? — ele olhou para cima, encontrando os olhos divertidos de Eric, que apenas assentiu, confirmando a pronúncia alheia. Em seguida, voltou a encarar o cardápio colorido e cheio de imagens. — E isso aqui! — ele apontou.

— Uma coxinha?

— Uh?

— Co-xi-nha!

— Co.. xinya?

— Nha!

— Na?

Eric riu.

— Você aprende com o tempo. É só isso mesmo?

— Sim!

— Tudo bem! — ele se curvou e se retirou, rindo sozinho pelo ocorrido, até se colocar atrás do balcão e levar um susto quando alguém pulou em seus ombros. — AAAAH, que porra é ess-

— SHHHH!!!! Não fale palavrão aqui! — a pessoa começou a rir.

— Mas só tem a gente — ele revirou os olhos. — E ninguém sabe português nesse lugar.

— Eu sei.

Os dois gritaram ao mesmo tempo, assustando tanto Juyeon — que mexia distraidamente no celular —, quanto um grupo de garotas em um canto, próximo de onde os baderneiros estavam.

— Voltem aos serviços! — a recém chegada deu um pescotapa em ambos — E não se esqueçam de atender as outras pessoas também! — ela gritou enquanto voltava para os fundos do estabelecimento.

Eric e Sunwoo se entreolharam. 

— Euem.

Sunwoo riu enquanto Eric pegava os pedidos de Juyeon. Todavia, antes mesmo de dar um passo em direção a mesa do mais alto, ele foi puxado para trás pelo colarinho, fazendo-o sufocar por um minuto além de erguer as pernas exageradamente.

— Que isso, cara? 

— Eu acho que já vi ele em algum lugar — Sunwoo sussurrou, erguendo uma sobrancelha em uma expressão de análise.

— E precisava me puxar assim? Que coisa! — ele saiu marchando, atraindo olhares de pessoas que riam disfarçadamente da situação

Quando Eric chegou sorrindo, Juyeon sorriu de volta, apesar de tombar levemente a cabeça, confuso com o que estava a sua frente.

— Isso é o quê?

— A coxinha.

— Haah. E como eu… — ele ficou admirando a coxinha, sem saber ao certo por onde começar.