INQUEBRÁVEL - Saga Inevitável: Livro 4.

28. ALESSA.

Semanas se passaram desde minha última viajem para Las Vegas e a cada dia minha saudade de Nino aumentava. Principalmente porque nossas chamadas de vídeo recorrentes a noite haviam sido substituídas por ligações comuns. Eu não entendia, mas estava começando a ficar preocupado com a mudança de comportamento de Nino. Alessia também parecia estranha e Luca sequer respondia minhas mensagens. Por fim, duas semanas antes do natal, Carina e Thomaz disseram que fariamos outro cruzeiro de uma semana para passarmos o natal juntos. Eu mal podia conter minha animação quando corri para ligar para Nino, dessa vez, ignorando suas novas preferências por áudio e chamando diretamente no facetime. Nino atendeu alguns segundos depois e o seu rosto que eu tanto amava surgiu na tela. 

— Você já sabe? — Tive que me conter para não gritar. — Vamos passar uma semana juntos a bordo do iate de Thomaz! 

— Alessa… — Nino começou com uma expressão resignada. — Eu saí de casa há um mês.

Nino virou a câmera e mostrou uma sala de estar simples e pouco mobiliada antes de voltar a câmera para o seu rosto. Do jeito que ele falava, sequer parecia que estava me contando que ele havia abandonado a mansão Parisi. 

— O que? — Eu não tinha palavrões para expressar o que estava sentindo. — Do que você está falando? 

Nino se lançou numa história sobre como Nico invadiu sua privacidade roubando informações de sua terapeuta e de como tudo saiu do controle quando ele o confrontou em casa. Arregalei os olhos ao ouvir tudo que ele tinha dito ao meu gentil e amável Nino, quase caindo da cama de espanto. Que porra? 

— Nino… Porque você não me contou? — Perguntei baixinho, os olhos queimando por lágrimas que não queria derramar na frente dele. O rosto do loiro se encheu de preocupação. 

— Eu não queria te preocupar, meu amor. — Nino disse com um sorriso culpado nos lábios. — Alessia me chamou para o Cruzeiro e Luca realmente está insistindo muito, mas não sei se vou. 

— Nino! — Exclamei pulando da cama, agitada demais para continuar sentada. — Por favor, por favor. Eu não vou conseguir me divertir por nenhum segundo se eu souber que você está passando o natal sozinho. Eu não posso escolher ficar com você, se eu pudesse, eu escolheria. Por favor, Nino. Por mim… 

— Você me ama? — Nino perguntou cuidadosamente, certa vulnerabilidade em seu olhar. Que tipo de pergunta era aquela? 

— Eu te amo. Mais do que tudo na minha vida. — Eu disse sem hesitar. — Porque você está perguntando isso? 

— Nada. — Nico disse com um sorriso pequeno. — Eu só precisava ouvir.

— Eu te amo. Muito. — Disse novamente. — Você é a minha vida. 

— E você é a minha. — Nino suspirou. — E é por isso que eu vou no bendito cruzeiro.

Eu pulei pelo meu quarto, feliz e extremamente animada por saber que passaria uma semana inteira com o homem que eu amava, meu futuro marido. Aquele por quem eu faria qualquer coisa. 

— Eu estava pesquisando decorações de casamento. — Eu abri um enorme sorriso quando Nino mordeu os lábios para evitar sorrir. — Vou te mandar minha pasta no Pinterest, você pode me ajudar, sim?