É o apocalipse!

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Em um mundo de apocalipse zumbi sempre existe a história de que um vírus zumbi surge de alguma forma, que matou a metade dos seres humanos restando apenas uma porcentagem de pessoas vivas, dentro dessa porcentagem existem três tipos de grupos, porém, sempre há um grupo que a responsabilidade de salvar a humanidade caí sobre suas costas, e tendo algumas vezes a necessidade de passar por cima da moral e ética das pessoas envolvidas, pois sempre há um sacrifício a ser feito, a final de contas existem pessoas certas ou erradas em um mundo apocalíptico? Ou apenas sobreviventes? As vezes são apenas coexistência entre dois grupos, ninguém sabe ao certo, até porquê "cara é o apocalipse," o que mais esperar dele?

Nesse exato momento encontra-se um garoto correndo em uma floresta de árvores altas, na tentativa de se salvar de uma perseguição de quatro zumbis que atacam em bando, na qual são apelidados de blasters, eles são mais rápidos e ligeiramente mais forte que os zumbis comuns. Então em um deslize ele começa a cair e a rolar no chão. Ao tentar se levantar ele percebe que já está cercado pelos zumbis, o cheiro da morte se faz presente no local, e seus sentimentos começam a ficar embaralhados em uma mistura de agonia, medo, e horror.

- Okay, quatro zumbis que atacam em bando, estou desarmado e parcialmente ferido. O que eu faço? Pensa seu idiota! Você foi treinado para isso! - exclamou para si mesmo - O zumbi da direita tem uma faca cravada em seu ombro esquerdo, o da esquerda tem uma corrente com um cadeado preso em sua perna, o zumbi da minha frente é o alfa, se eu atacar primeiro minhas costas estará vulnerável. O que eu faço? - indagou para si mesmo enquanto ofegava e observava clinicamente cada detalhe e as possibilidades para se salvar.

Aos poucos os zumbis iam se aproximando dele, e seu tempo estava encurtando para uma reação. Então o primeiro atacou e ele se defendeu desferindo um chute na região do seu peitoral, porém, ao mesmo tempo o pé que foi utilizado para praticar tal ação, estava torcido, e isso causou uma desestabilização e o deixou vulnerável para os outros o atacarem. Então o zumbi que estava com a faca presa em seu ombro esquerdo o atacou, para se defender ele pegou um pedregulho e colidiu contra o crânio podre dele, matando o primeiro. Em uma cambalhota para escapar dos outros ataques ele aproveitou para pegar a faca e já se armar contra os outros três.

- Um ja foi, faltam três. - disse enquanto ofegava bastante. - O QUE VOCÊS ESTÃO ESPERANDO? SEU BANDO DE CARNIÇA PODRE, VOCÊS NÃO ME QUEREM? VEM ME PEGAR! - então os três resolveram atacar juntos.

Logo o primeiro veio e rapidamente ele cravou a faca em sua cabeça, assim matando o segundo. O alfa veio para cima dele e o empurrou até bater de costas em uma árvore, e em uma luta agoniante para sobreviver, onde ele segurava os dois punhos e se preocupava com a mordida, sua reação foi se apoiar na árvore empurra-lo fortemente com os dois pés assim o afastando, e nesse tempo ele pegou a faca novamente e já se armou para o próximo ataque.

- É TUDO QUE VOCÊ TEM? ESPERAVA MAIS DE UM ALFA. VAMOS LÁ MOSTRE TUDO O QUE TEM!

Então o zumbi com a corrente em sua perna o atacou, ele foi esquivando facilmente de todos os golpes pois seus movimentos estavam muito lentos devido o peso das correntes. Em uma brecha ele dá um soco forte na testa do zumbi fazendo o mesmo cair no chão, aproveitando a chance ele finaliza com a faca no crânio do zumbi, assim matando o terceiro do bando. Enquanto o alfa vinha em sua direção, ele aproveitou o tempo para tirar as correntes do corpo do zumbi, que após ter feito, ele vai na mesma direção do alfa com a corrente girando até acertar o seu queixo, fazendo ele "voar" para longe até bater em uma árvore com muitos espinhos o deixando impossibilitado de andar ou se mover.

- Descanse em paz. - disse segundos antes de finalizar o blaster alfa cravando a faca em seu crânio.

Logo após, alguns pequenos passo foram dados para frente até chegar em uma árvore alta, que rapidamente passou a ser seu local de descanso. Sentado no chão com meio corpo apoiado no tronco, o mesmo fechou seus olhos enquanto ofegava pelo cansaço, e lembranças nada agradáveis invadiram sua mente: "SEU TRAIDOR..." "EU NÃO ACREDITO QUE EU CONFIEI EM VOCÊ..." "VOCÊ É FRACO! E INCOMPETENTE! DUVIDO QUE VOCÊ SOBREVIVA MUNDO A FORA SEM A NOSSA PROTEÇÃO..." "Agora você será castigado..." "Eu mandei você fazer isso. FAÇA ISSO AGORA..."

A cada lembrança, um sentimento diferente, mas que levavam ao mesmo objetivo "Vou acabar com todos vocês, um a um." Ao abrir seus olhos, foi perceptível que já estava anoitecendo, então para não ficar a mercê da escuridão, do frio, e do perigo noturno, ele se levanta e começa a caminhar para qualquer direção contando com a sorte nas últimas horas antes do anoitecer. Porém, tinham dois agravantes, sua sede totalmente insaciável por água, e sua energia que estava totalmente esgotada, a ponto de quase ser impossível caminhar. Porém o que o mantinha vivo eram os dois únicos pensamento que martelavam em sua cabeça: vingança, e encontrar a operação marca de mordida para salvar o que restou da raça humana.

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Após o sol se esconder entre as montanhas e a lua dominar o céu com suas mínimas faíscas de iluminação noturna, um sentimento de como se tivesse ganhado na loteria invadiu seu peito. Ele havia encontrado uma cabana feita de madeira com algumas luzes saindo por uma das janelas. A animação que ele sentia o fez correr até o local. No momento ele não se importava com o que estava fazendo, pois era óbvio que a cabana tinha alguém, ou pessoas. Porém sua necessidade de sobrevivência falava mais alto que suas razões e pensamentos clínicos perante situação. Chegando próximo, ele observou todo o perímetro e se tinha alguém dentro da casa. Tudo limpo. Então lentamente ele abriu a janela, e logo se infiltrou.

Dentro dela, ele se arma com a faca e aguça todos os seus sentidos, olfato, audição, e o máximo que conseguia da visão. Andando lentamente para dentro dela procurando não fazer nenhum burburinho, ao virar o pequeno corredor, ele encontra uma reserva de suplementos, e vendo a sua salvação diante dos seus olhos, seus instintos falaram mais alto que seu raciocínio lógico. Sem se importar, ele se joga encima dos suplementos e começa a abrir os pacotes de comida enlatada, quase que devorando o metal junto com o alimento. Ao ver as garrafas de água, ele as pega e toma três até a última gota possível.

Sem perceber os seus sentidos estavam totalmente inutilizáveis, pois a necessidade de seu corpo era mais forte que qualquer coisa naquele momento. E isso foi um agravante para não perceber a chegada de uma pessoa as suas costas.

- O que temos aqui? - punhetou a espingarda.

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