Capítulo 12

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Pov. Rika

Depois de ouvir aqueles caras estranhos conversando e ouvir que era para me jogarem fora, comecei a ficar desesperada. Não tinha ninguém por lá para me ajudar.

Eles haviam saído da sala, me deixando sozinha no escuro. Estava amarrada em uma cadeira e com um pano na minha boca, para não gritar.

O desespero começou a tomar conta de mim e eu já não sabia o que fazer, não queria morrer assim. Comecei a tentar planejar um jeito de sair da sala, mas não pensava em nada que pudesse usar ao meu favor.

Eu pensei em usar minha individualidade, eu nunca fui boa usando ela, mas era a única tentativa para escapar. Meu plano era parar o tempo e tentar me desamarrar, mas teria que ser rápida nisso.

Ouvi barulho de passos se aproximando e a porta foi aberta, revelando aquele mesmo garoto que estava lá na faculdade.

***: Olha só quem está aqui, então é você quem estava dando trabalho? - Ele se aproximou rindo.

- Não sei do que está falando.

***: Claro que sabe, você poderia contar aos heróis sobre nós e acabar de vez com nosso plano.

- Ninguém manda ficar invadindo os lugares.

***: Nós só invadimos lá, porque havia alguém que nos interessava.

- Quem?

***: Não devo lhe entregar essas informações, Rika. - Eu ia xingar ele, mas ele disse meu nome.

- Como sabe meu nome? - Me aproximei mais.

***: Q-qualquer um saberia.

- Você está gaguejando... Touya, é você? - Me arrisquei chutando, mas ele logo se aproximou e tampou minha boca.

Touya: Quieta, nem sei quem é esse que está falando que sou!

Pisei em seu pé, como ele se distraiu, corri para a porta. Quando cheguei perto, só pude ver ele jogando fogo em mim, mas no chão havia um latão de gasolina caído.

O fogo começou a se espalhar pelo cômodo todo, eu desesperada para fugir, encontrei somente uma janela para me jogar.

Precisava fugir antes que os vilões percebessem e tentassem me sequestrar de volta. Era melhor uns ossos quebrados, depois eu ia até o hospital e tratava.

Pulei a janela, fechei os olhos imaginando a grande queda, mas não senti muito. Não era um andar alto, simplesmente me levantei e corri para uma rua, minha perna doía muito e estava me impossibilitando de correr.

Corri para uma casa por perto e uma senhora me ajudou, ela me deixou ficar lá para me esconder e eles não virem atrás de mim. Com certeza iriam querer vir, até porque vi seus rostos e sei sobre o plano deles.

A senhora que estava comigo ligou a televisão e começou a passar algumas notícias.

Jornalista: Acabou de acontecer uma tragédia em uma faculdade. Cerca de quarenta alunos e dez professores ficaram feridos, os outros conseguiram fugir. Também tivemos a notícia que cinco anos são desaparecidos no momento. - A mulher continuou falando mas nem prestei atenção.

Pov. Luís 

Estava vendo as notícias na televisão, foi quando apareceu a jornalista e disse que uma faculdade foi atacada por vilões, várias pessoas ficaram feridas e uns estavam desaparecidos.

Lembrei que minha filha estava nessa faculdade, peguei jornais e liguei o computador. Comecei a procurar sobre a faculdade que foi atacada por esses vilões, estava torcendo para não ser minha filha quem foi atacada.

Estava concentrado tentando achar o nome da faculdade, foi quando minha mulher chegou e ficou atrás de mim, olhando o que eu estava fazendo.

Jéssica: O que você está fazendo aí, meu amor? - Ela perguntou colocando as mãos em meu ombro.

Luís: Nada que interesse para você! - Disse, voltando a prestar atenção no computador.

Jéssica: Já vi que está todo nervosinho. - Disse ela, fazendo uma cara de idiota.

Luís: Claro, acabei de saber que a faculdade da minha filha foi atacada e ela com certeza está lá, porque não atende minhas ligações. E você ainda quer que eu fique tranquilo? - Disse com raiva.

Jéssica: Quem vê pensa que você se preocupa com aquela garota.

Luís: Eu sei que eu já errei muito na minha vida, mas agora quero aproveitar o resto do meu tempo com os meus filhos. Não pude proteger Myuka, mas minha filha eu tenho que proteger.

Jéssica: Mas, os seus filhos estão aqui, aquela garota não merece nem um pouco da sua atenção! - Ela começou a falar alto comigo e eu já estava irritado.

Luís: Já chega, vai embora dessa sala e não aparece na minha frente tão cedo! Se não vai ajudar, então não me atrapalhe! - Falei alto com ela.

Jéssica: Já era de se esperar de você mesmo. Fala que se importa com a família, mas sabemos que realmente não se preocupa nada. - Ela disse indo para fora da sala.

Luís: Hum.

Jéssica: Tomara que essa garota morra, ela não é importante mesmo! - Nessa hora ela passou dos limites.

Luís: CALA A MERDA DA BOCA E SAI DAQUI, JÉSSICA! - Gritei com ela, pois não estava mais aturando suas gracinhas.

Ao ouvir a porta ser fechada, voltei a pesquisar e tentar me acalmar. Minha filha não podia morrer, eu estava fazendo de tudo para ser um bom pai.
Continuei pesquisando, mas não consegui achar nada sobre os alunos desaparecidos, nem os que estavam feridos.

Já estava começando a me preocupar e comecei a chorar, fazia um bom tempo que eu não soltava lágrimas, a última vez foi quando minha esposa faleceu.

Nessa hora, senti que eu sempre fui um péssimo pai, eu poderia ter tudo e dar todos os brinquedos, roupas e tudo para minha filha. Mas, sempre estive ocupado e nunca dei carinho a ela, o dever de um pai que eu teria que cumprir e eu não fiz do jeito certo.

Jurei por mim mesmo que se ela estivesse viva, eu iria ser o pai que ela sempre precisou, não podia decepcionar minha filha novamente.

  
     
        
          
        
                       Até a próxima

Nova Vida Ao Seu Lado (Hawks)Onde histórias criam vida. Descubra agora