Cravado na mente a abstinência do vazio, com uma constante idealização do bem para alma, algo para satisfazer o que tanto lhe falta. Em busca de uma incógnita incerta, em busca de uma materia vazia, se segurando na respiração que explode o peito. Poucas recompensas com a grande achada do século, constante preenchimento que não satisfaz.
Abrindo a pele para se encontrar algo. Dissecando o nada para se tornar além. Focando o pensando em tudo ao redor de todos. Olhos bem abertos para o escuro da alma, encontrando, infelizmente, algo para se agarrar. O felizardo se sentindo contrariado ao se deparar, novamente, com a depencia em outro vazio estranho, estranhamente satisfeito com o estado absoluto de absolutamente nada.
Tudo o que se poderia ser em poeira, procrastinação da matéria, apenas a vida se repetindo, se tornando tudo o que sempre foi. Não era isso o que esperava todos ?
Enterrando-se a três palmos da terra, se mantendo em mais alguma opinião profunda, se negando a achar o que tanto procura. Copo transbordando, água pelo chão, vendo por fim um novo dia começar. Nova tentativa, levada direto ao erro. Empenhando-se novamente, levando tudo para si, novos passos que levam ao mesmo lugar, se cansando aos poucos da antiga ideia, se desprendendo do nada, se arrependendo de tudo, se deparando por fim com o conforto, rendendo-se aquilo que o domina, saboreando o bem estar de se estar parado.
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You're so lost
PoetryExistem momentos em que a confusão me cerca de vez, me trazendo aquele estranho e conhecido vazio. Em momentos como esses me pego desmoronando sobre o papel, eternizando a amargura da alma. Aqui estamos mais uma vez! •Capítulos preenchidos pelo vazi...