This Is What It Feels Like

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Heeey, babies! Tudo bem com vocês?

O link da playlist dessa história é: https://open.spotify.com/playlist/5AHEjAnVGAQz4Qe2eYto1A?si=7EyEuTC9Teuo3mxPSoA_RA&utm_source=copy-link

Boa leitura! 

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HERMIONE

Apenas duas coisas em todo o mundo tinham o poder de me fazer menos culpada após uma grande estupidez cometida por mim.

A primeira delas, como já era de se esperar, era conversar com Draco, e essa opção se devia por dois motivos; Número 1: Falar com ele era como abrir meu coração e tirar um peso de meus ombros. Era como descarregar um grande fardo cansativo e respirar fundo. E número 2: Draco nunca me acusava por nada, mesmo que eu merecesse. Seus argumentos chegavam a ser ridículos, mas eram o suficiente para me fazer rir e tudo então passava de culpa para aceitação.

Não que ele passasse a mão na minha cabeça quando eu estava errada! Não, ele era bom demais para me estragar dessa forma.

Mas seu jeito de mostrar como eu estava errada sempre vinha acompanhado de uma boa solução para o problema e aquilo valia mais a pena do que qualquer amigo que ignorasse meu erro.

Então vinha a segunda coisa que aliviava a culpa do meu peito: escrever sobre o que eu sentia, afinal, eu era uma leitora ávida!

Eu amava letras e palavras. Adorava colocar meus sentimentos para fora em forma de frases, e exercia esse meu direito sempre que necessário. E naquele momento, sentada na frente da minha escrivaninha, com meu chá ao lado e o estômago ainda girando como um louco, eu olhava para o texto que tinha acabado de escrever e pensava no quanto ele me expunha. Palavras que vinham do fundo do meu coração, que significavam mais do que qualquer uma que saísse da minha boca e ninguém nunca as veria.

Escrever fazia tudo parecer melhor. Colocar em um papel ou em e-mails nunca enviados a ninguém, facilitava que eu conseguisse pensar. Era como ter mil vozes gritando na minha cabeça, então eu escrevia e cada uma delas falava sua história com calma até tudo ser silencioso novamente.

E agora tudo estava silencioso, ainda que eu soubesse que nada estava resolvido.

A noite anterior tinha sido uma sucessão de erros e o pior deles era o de não me arrepender de nada.

Draco tinha saído para as aulas naquela manhã, mas resolvi não ir. Estava com a primeira ressaca e queria me aproveitar dela para faltar a aula como uma boa universitária faria.

Mas havia mais do que isso.

Quando acordei com seu beijo de despedida na testa e dois comprimidos no criado-mudo acompanhado de um copo de suco, fingi que não lembrava de nada da noite anterior. Mas eu lembrava.

Lembrava da música, do rosto apavorado dele, dos meus dedos no seu cabelo, da minha boca erguendo para a dele e de como foi maravilhoso beijá-lo novamente.

Entretanto, agora eu pensava: Cristo, quando eu fiquei tão idiota? Quando eu comecei a colocar minha amizade, a única que eu tinha, a que eu amava mais do que qualquer coisa, em risco? Eu queria perdê-lo, era isso? Queria perder o único que se preocupou comigo?

Quando vi Draco sair de casa, fechei os olhos e pensei em todos os xingamentos existentes, todos eles destinados à mim mesma. Foi quando percebi que precisava escrever.

Com o texto pronto, me levantei da cadeira e caminhei até a cozinha, pegando um pacote de bolachas de água e sal. Draco, o experiente em ressacas, havia falado que elas me fariam melhorar, então elas seriam todo o meu alimento naquele dia.

Like Best Friends - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora