Capítulo 01

516 30 4
                                    

Essa não é a história que eu estava me segurando para não postar. Já postei esta em outro site e agora resolvi postar aqui.
.
.
.

Eles estavam investigando uma série de pequenos incêndios em DC. Apesar de pequenos, os incêndios ainda eram preocupantes, porque Incêndios podem tomar proporções muito grandes em um curto período de tempo. Além de que foram em locais públicos e tendem a causar grande alarde. Foram em um shopping, lanchonete movimentada, cinema, escola e orfanato.

No momento toda a equipe estava no orfanato, onde dessa vez tomou proporções um pouco mais graves. Era um orfanato com crianças de 3 a 12 anos, nenhuma saiu gravemente ferida, mas algumas tiveram queimaduras leves e inalação de fumaça. Havia muita criança para entrevistar, então era necessário bastante pessoal.

Aaron estava com uma garotinha chamada Marlee. Era negra, cabelo cacheado, um cacho bem fechadinho, um olho castanho incrivelmente claro e aparentemente amava rosa. Era adorável. Mas ele não estava conseguindo fazer ela conversar.

— A diretora me disse que você adora princesas.

A garotinha continuou sem responder. Ele sabia que não devia forçar muito uma conversa com uma criança de 4 anos, ela provavelmente nem lembrava de muita coisa, ainda assim, ele queria conversar com ela, parecia traumatizada. A agitação do incêndio levou a se fechar, brincando apenas com suas bonecas.

A diretora e as outras responsáveis disseram que ela tinha uma imaginação muito rica, apesar da idade. Amava princesa e toda noite insistia para ouvir uma história, mesmo que fosse mal elaborada. Andava quase sempre de vestido e sempre com uma coroa.

Ela já escutou de muitos que ela não tinha porte para princesa, racismo descarado e nem se importavam em disfarçar. Marlee passava dias triste por conto desses comentários, mas ela nunca tirava a coroa. Ela dizia que tinha que ficar bonita para quando o rei e a rainha fossem buscar ela. Isso parecia a força motriz da menina.
Todos, menos a diretora e outra responsável pelo orfanato, não acreditavam que Marlee seria adotada. Diziam "não com esse cabelo horroroso", "você não tem a aparência que o casal precisa", "enquanto tiver uma criança loira, não irão levar você".

Isso a machucava muito. Mas fazia ela parar de sonhar.

— Você quer conversar com outra pessoa?

Marlee olhou para ele e logo baixou novamente, fazendo que sim com a cabeça.

— Você quer ir lá fora comigo e escolher com quem conversar?

Ela olhou para ele, assentiu e dessa vez não baixou o olhar.

— Tudo bem, vamos lá — disse Aaron, estendendo a mão para ela. A menina, felizmente, pegou.

Do outro lado estava Derek, dois dos policiais que os acompanharam até ali e Spencer. Marlee não apontou ou fez sinal para nem um deles.

Então uma das portas se abriram e a criança olhou com atenção para pessoa que saiu.

Aaron sentiu o puxão na barra da calça e quando olhou, a menina fez sinal para que ele abaixasse. E ele abaixou.
Marlee continuou olhando para a nova pessoa no corredor.

— Eu quero a rainha.

Aaron franziu a sobrancelha, então olhou na direção que ela estava apontando.

Ela estava apontando para sua esposa, que no momento respondia por Agente Prentiss.

— Você quer conversar com ela?
Marlee fez que sim.

Parecia ter saído do livro que a srta. Maloni contava histórias. Era linda, simplesmente linda. A mulher sorriu do que o homem, da mesma cor que a dela, disse. Marlee sorriu um pouco também.

Contos de uma princesaOnde histórias criam vida. Descubra agora