Mamonas Assassinas |Headcanons| Imagines|One shots

✰Como se conheceram

-Presta atenção 'rapá! - A moça deu um tapa leve na nuca do mais novo, que não parava um segundo de fazer graça.

Tinha ido com Júlio até a casa de Dinho, que na época era apenas um conhecido dela, ajudar Júlio a ajudá-lo com uma coisa importante, não entendendo de primeira quando Julio a chamou pra ajudar, mas não demorou pra entender assim que entrou em contato com aquela criança ativa de cinco anos que vivia no corpo de Dinho.

- Tô 'prestano! - Disse indignado - Tô só tirando sarro.

Dinho acabara de entrar para uma banda de rock progressista, que começou a cobrar um inglês melhor de seu novo vocalista, e quem melhor para ensinar inglês pro palhaço da turma do que o CDF de um grupo de amigos do rapaz e sua amiga entendedora de rock e heavy metal?!

- É "Everything"! Com f! Poe a língua ó, 'Thin 'Thin -  Júlio repetiu paciente colocando a lingua entre os dentes enquanto falava, vendo Dinho repetir e continuar a cantar a letra da música com o sotaque mais forte que o ser humano poderia ouvir.

- Tô 'botano uai, 'Thin 'Thin, Every 'Thin, Everything was as fresh as the bright brue sky - Seguiu com a melodia, vendo um sorriso surgir no rosto da moça, que começava a se animar com a música - Now and then when I see her face

-She takes me away to that special place - Levantou-se, usando seu microfone invisível para performar, dividindo-o com Dinho em unissono - And if I stare too long, I'd probably break down and cry. - S/n brincava sorrindo largo, agora tocando uma guitarra invisível enquanto Júlio fazia o som, que acompanhava Dinho desafinadamente.

Foram interrompidos pelo soar da campainha da casa de Alecsander. S/n parou de cantar no mesmo segundo e se recolheu de volta para perto de Julio, sentando-se ao seu lado na cama

- 'Chegaro ó - Dinho soltou o microfone imaginário e seguiu pra porta sem falar mais nenhuma palavra com os dois amigos

- Quem chegou? - Perguntou S/n para Júlio assim que o mais novo saiu do quarto, ainda sentado na cama bagunçada de Dinho.

- A banda. - A moça arregalou os olhos ao ouvir Júlio.

- Já?! Não fazia ideia que eles iam vir hoje, se não nem tinha vindo.

- Ia ter vindo sim, nem que eu te arrastasse pelo cabelo.

- Você pode tentar a sorte - S/n disse cerrando os punhos brincalhona, pronta para brigar de mentirinha mas foram interrompidos por Dinho gritando seus nomes do outro lado da casa, onde sabiam ser a garagem.

Após segundos se encarando para saber se Dinho tinha mesmo chamado ou se eles alucinaram seus nomes, ambos levantaram ao mesmo tempo e se desviaram para a garagem, S/n parando e se encostando no batente da porta e Júlio sentando-se em uma cadeira não muito longe da entrada.

- Estaciona aí galera - Dinho disse, continuando a falar com um rapaz alto de cavanhaque - Mas ja tá arranjado pra gente tocar no comíssio sim, fica tranquilão aí que eu já dei meus pulo.

- Agora só tem uma notícia ruim - Um rapaz magro de cabelo raspado interrompeu Dinho com a voz preocupada - O nosso tecladista e o cara do contrabaixo extressaram e deram 'carrero na gente.

- Vamos ter que correr se for pra apresentar no comíssio. - Um moço de olhos puxados entrou no diálogo. - O chefe deles 'tava reclamando de muita falta no trabalho - O mesmo deu de ombro quando terminou de falar, olhando brevemente em volta e tocando o olhar no de S/n por um segundo antes de voltar a atenção novamente á conversa deles.

- Pois vocês tiraram a sorte grande, pois eu sou incrível e tenho sentidos extremamente aguçados - Dinho disse saindo de perto dos outros num movimento deslizado para se aproximar de S/n e Júlio, que se distraíram e trocavam risadinhas entre si enquanto falavam de qualquer outra coisa- Euzinho já previ isso e reuni aqui o melhor tecladista e a melhor contrabaixista de toda Guarulhos!!!

Dinho disse enquanto já ia se aproximando de S/n e de Júlio

- Com vocês, Júlio e S/n!!!! - Ele estendeu as mãos como apresentando um grande projeto, recebendo um olhar de espanto de ambos os dois, até um gesto de negação de Júlio. - Vocês dois não vão me fazer passar essa vergonha né, vão fazer essa desfeita? - Ele falou num sussurro alto para a dupla, recebendo riso dos outros três enquanto os dois olhavam entre si apreensivos, com as caras estampadas de espanto e as sobrancelhas prestes a tocarem na linha do cabelo.

P.O.V. S/n

- P- Prazer, S/n! - Me desencostei da moldura da porta, tomando coragem e postura para estender a mão, indo em direção ao que parecia ser o mais velho deles - Sou Contrabaixista!

- Sérgio, prazer. - O de cavanhaque apertou firmemente minha mão, logo apontando com o olhar para o magricela ao lado - Esse é meu irmão, Samuel.

Apertei rápido a mão dele, um aperto mil vezes mais delicado do que o de seu irmão, assim como sua postura e até mesmo sua energia eram muito mais leve que a do de cavanhaque.

- A gente é quase primo, você é contrabaixista e eu sou baixista. - Ele brincou e eu ri um pouco, balançando a cabeça para toirar um pedaço do meu cabelo do rosto

- Pena que não vai dar pra gente ser amigo né, sou contra baixista, quero que todos os baixistas sumam. - Soltei um trocadilho ruim que sempre fazia Júlio rir e todos tiveram a mesma reação, me tirando um sorriso orgulhoso.

- Bento, mas me chamam de Japonês grande parte do tempo - Ele apertou minha mão gentilmente, como se eu fosse quebrar, e sorriu um sorriso com dentes um pouco tortinhos.

- Muito prazer conhecer todos vocês - Eu senti a mão de Júlio repousar sobre meu ombro para se apoiar enquanto ele estendia a outra mão - O Dinho nunca falou de vocês, só pra falar mal mesmo.