Serena: A Nova Bruxa dos Vingadores

15: Mal Entendido

L O K I

— Ai! — Serena reclama quando a bato de novo.

— Ainda consigo acessar sua mente. Concentre-se. — Reclamo.

— Aposto que eu já teria conseguido se estivesse treinando com a Wanda.

Consigo entrar em sua mente e vejo suas lembranças da aula com Wanda e Visão. Consigo ver por seus olhos quando conseguiu fazer a magia aparecer e sumir, consigo até sentir as emoções que sentiu.

— Fraca. Estou vendo tudo. — Provoco em sua mente.

— Argh, sai da minha cabeça! — Serena exaspera.

Pisco saindo e vejo a garota saltar do chão e me fuzilar, eu ergo a sobrancelha.

— Está com raiva de mim ou de você mesma?

— Estou frustrada!

— Com você, eu suponho. — Sorrio irônico.

Serena revira os olhos e vai até a cadeira encostada na parede, agarra sua garrafa de água e vira um gole na boca.

— Não, com tudo isso. — Responde depois de engolir. — Sugeri me ensinar à como proteger minha mente para que você não acabasse me matando com suas adagas, mas isso é pior ainda. Está invadindo minha privacidade!

Agora eu que reviro meus olhos.

— Então use sua necessidade de privacidade para conjurar bloqueios em sua mente. — Rosno.

— Não dá. — A bruxa fala entre dentes.

— Por que não?

— Porque estou com raiva, e se eu conseguir conjurar um bloqueio através da raiva que sinto de você, não estarei controlando de verdade.

— Está frustrada consigo mesma, que culpa eu tenho nisso? — Falo retoricamente e a morena apenas fecha a cara para mim. — Agora vamos, de novo.

Serena volta para minha frente. Nossas diferenças de altura sempre me faz olhar a garota de cima, mas isso não parece intimidá-la em nada, porque Serena ergue a sobrancelha bastante confiante.

Desta vez, faço um toque físico verdadeiro. Apoio meu dedo em sua testa e a bruxa fecha os olhos sentindo minha magia atingí-la. Eu fecho os meus e me sinto mergulhar em seu subconsciente.

— Loki! — A voz em sua cabeça luta contra mim.

— Continue.

Acesso suas memórias e acabo encontrando uma específica. Pelos olhos dela vejo um cenário diferente, antigo e pobre, e um grupo de mulheres carregam lamparinas e estão vestidas de vestidos pretos e capas azuis.

— Não façam isso comigo, me soltem! Mamãe!

É a voz dela.

— Não! — Agora foi a voz dela real.

Um puxão me tira da mente de Serena, eu não faço nem ideia do que está acontecendo. Mas me assusto porque é como sair da mente dela e mergulhar dentro de mim mesmo.