Capítulo Trinta e Um

121 11 14
                                    

Vincenzo estava sentado a mesa com um cigarro na boca, ao seu lado estava sentada Yoon Seo que comia algum petisco entregue pelo meu namorado.

- Ah vocês dois como tem passado? - Han Seo pregunta aos visitantes.

- Eu? Minha vida continua igual porém agora mais leve. - Vincenzo diz sorrindo.

Ninguém sabe o que significa esse sorriso ou o motivo dele agir todo pretensioso. Mas ele apenas continua inabalável e suave.

- Eu estou matando menos e dando aula de idiomas em uma escola. Aos poucos pretendo viver uma vida normal e deixar se ser mercenária. - ela fala animada.

Quando sorri de sua expressão divertida, ela parecia fofa usando uma camisa larga florida mas aí eu me lembro que ela é a pessoa mais mortal e habilidosa que já vi e então até às flores parecem perigosas.

- Não sabia que tinha paciência para lecionar - falo em um tom ligeiramente baixo.

- Nem eu sabia, na verdade não tenho muita. Quando as crianças se dispersam eu imagino uma metralhadora atirando em todas elas e isso me deixa mais calma - ela diz em um tom normal.

- Credo! E depois o Jang Han Seok que é o psicopata - Vincenzo fala e realmente parece surpreso.

- O que gente é só imaginação - ela sorri e faz um gesto exagerado pedindo compreensão.

- São crianças! - Han Seo fala..

- Exatamente! Se fossem filhotes de gato ou cachorro até macaquinhos eu não teria coragem de imaginar algo macabro assim. Mas são essas aberrações pequenas que falam alto. Mal educadas e mimadas eu não aguento!!

Ela começa em um tom alto e termina gritando como uma maluca.

- Segura a emoção aí - Vincenzo fala limpando os ouvidos.

- Hyung! Senta aí vou começar a servir - ele diz.

Eu estava apoiado ao balcão atento a cada gesto dele. Ao invés de o obedecer e me sentar a mesa, eu dei a volta no balcão. E fui até ele ma cozinha peguei alguns pratos e levei a mesa.

Han Seo apenas revirou os olhos e deu um sorrisinho e então levou outros pratos. Aos poucos enchemos a mesa de acompanhamentos para comermos.

Finalmente me sentei a mesa e logo em seguida Han Seo se sentiu. Antes de dar a primeira garfada, não antes sequer de por o primeiro acompanhamento no meu arroz...

- Vocês são tão unidos. - a observação foi feito pelo mafioso a minha frente.

- Não é normal ? - questiono.

- Não foi isso que quis dizer,eu me refiro ao fato de que ficaram anos sem se ver. É como se fossem estranhos. Mas tão rápido e naturalmente vocês se uniram de novo. Fica claro que tem um laço forte. - ele diz.

Quando fitei Han Seo ele parecia desesperado enfiando várias porções de comida na boca.

- Nossa união é inquebrável. - falo sorrindo. - É nosso destino.

Ao falar algo tão brega meu namorado secreto engasgou. Yoon Seo apenas comia alheia a qualquer coisa desse mundo.

- Eu diria que ele pode até se sentir estranho perto de mim. Mas foi diferente pra mim eu continuei o conhecendo todo esse tempo. - Han Seo fala lembrando o fato de que pode sentir minhas emoções e ver o que estou vendo.

Nota explicativa: Han Seo não vê tudo que o Jang Han Seok vê o tempo todo. Ele pode ver quando escolhe ver ele pode controlar quando ver a imagem. Afinal se ele visse o tempo todo não conseguiria se concertar em ter uma vida normal. Nem mesmo poderia dirigir um carro já que ao dirigir ele estaria vendo contantemente imagens aleatória e não a pista. No começo Han Seo não sabia como ligar e desliga isso então ele era pego de surpresa e isso o assustava. Aos poucos ele foi aprendendo a controlar sua habilidade específica. Porém as emoções estão totalmente ligadas um ao outro. Então se o Jang Han Seok chora ele imediatamente sente que ele está chorando. Mas com o passar do tempo ele aprendeu a diferenciar quando eram as suas próprias emoções e as do seu irmão.

- Vocês dois são esquisitos. - Yoon Seo fala casualmente antes de enfiar mais comida na boca.

***

Após comermos saímos para dar uma volta no quarteirão. Enquanto caminhavamos como um grupo de amigos normais. As vezes fazíamos piadas e começávamos a rir.

Alguém cutucou o Han Seo que aos poucos foi se estressando até chegar ao ponto de perseguir a menina por aí. Vincenzo deu un sorriso sutil.

- Foi você né - o falo e vejo ele fechar a cara.

- E daí??

- Ninguém faz algo assim ao meu...- por um instante quase falei namorado. - irmão!

Ele percebeu minha pausa mas apenas sorriu e eu comecei a perseguir ele. Era assim que crianças normais brincavam. Não éramos crianças mas nossa infância foi...digamos intensa.

Então não tem nada de errado em brincar um pouco de vez em quando. Enquanto corríamos pelas ruas brincando como bobos. Percebi que as poucos estão me tornando mais Jang Han Seok do que Jungwoo.

Quanto mais contato humano, mais emoções humanas, mais Jungwoo parece um vislumbre do passado. Eu sei que ele ainda está aqui mas eu vou fazer de tudo pra ele não sair nunca mais.

Mode PsychoOnde histórias criam vida. Descubra agora