Chamaram-lhe vendida porque era viva
Sublinharam seus vários defeitos e desfizeram feito linha
Não esconderam suas falhas diante de quem não a conhecia
E mesmo assim... queriam que ela suportasse o que sofriaSua vida não foi como ela merecia
Suas dores não eram espalhadas quando seu coração batia
Seus cortes não mostravam simpatia
E cansada, sua alma ficou com o inferno que viviaSeus amigos eram desconhecidos que ela conhecia
Seus encontros eram assaltos de uma atenção que ela não despendia
Se ela chorasse, alguém dela se ria
E se seu sorriso a visitasse, eram costas destras que ela recebiaE enfim aquele fio foi cortado
E o número de «amigos» foi contado
A respiração foi cessada e o amor por ela foi iniciadoNinguém percebeu
Mas ela sempre padeceu
Sua vida foi ignorada
E agora contam-se os tantos « como eu a amava!»
A questão é que ninguém se convenceu
Que o suicídio, foi a maneira que ela encontrou para viver.NOTA DA AUTORA: O poema não vem incentivar ao suicídio, pelo contrário, é uma forma de desincetivar a segregação racial ou de qualquer outro tipo. Se sentir excluído é um dos piores sentimentos que alguém pode sentir, e muitas vezes leva pessoas a tirarem suas próprias vidas por se sentirem rejeitadas.
Diga NÃO ao suicídio! Solidão, mata.
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Escritos da Terrorista
PoesiaO presente livro é uma coletânea de 23 poemas escritos pela autora Bint ÃbduRahmaan. Sendo a autora de religião islâmica e farta de tanto preconceito para com a sua religião, decidiu nomear o livro por 《Escritos da Terrorista》, visando entrar em c...