Poema 15: Sobre suicídio

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Chamaram-lhe vendida porque era viva
Sublinharam seus vários defeitos e desfizeram feito linha
Não esconderam suas falhas diante de quem não a conhecia
E mesmo assim... queriam que ela suportasse o que sofria

Sua vida não foi como ela merecia
Suas dores não eram espalhadas quando seu coração batia
Seus cortes não mostravam simpatia
E cansada, sua alma ficou com o inferno que vivia

Seus amigos eram desconhecidos que ela conhecia
Seus encontros eram assaltos de uma atenção que ela não despendia
Se ela chorasse, alguém dela se ria
E se seu sorriso a visitasse, eram costas destras que ela recebia

E enfim aquele fio foi cortado
E o número de «amigos» foi contado
A respiração foi cessada e o amor por ela foi iniciado

Ninguém percebeu
Mas ela sempre padeceu
Sua vida foi ignorada
E agora contam-se os tantos « como eu a amava!»
A questão é que ninguém se convenceu
Que o suicídio, foi a maneira que ela encontrou para viver.

NOTA DA AUTORA: O poema não vem incentivar ao suicídio,  pelo contrário,  é uma forma de desincetivar a segregação racial ou de qualquer outro tipo. Se sentir excluído é um dos piores sentimentos que alguém pode sentir,  e muitas vezes leva pessoas a tirarem suas próprias vidas por se sentirem rejeitadas.
Diga NÃO ao suicídio!  Solidão, mata.

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