47- Nome do muleque

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Dandara

Na hora pensei que minha mãe tivesse apenas deixado a criança lá em casa e depois viria, mas se passaram duas horas e nada dela aparecer.

__ Me passa o número dela, você tem né? - Pergunto a Ana que assente, recebo o número e no mesmo instante mando uma mensagem.

Fiquei na sala tentando ligar para a minha mãe já que as mensagens nem se quer chegavam, as chamadas iam para caixa postal.

__ O que a mãe te disse antes de sair? - Pergunto para a Ana que se senta no sofá da sala.

__ Ela estava estranha, falou que me amava, que fez escolhas erradas antes e depois disse que sairia, mas que viria logo. - Ana diz tentando lembrar de mais coisas. __ Acho que foi só isso.

__ E pelo visto continua fazendo escolhas erradas. - Digo tentando ligar mais uma vez. __ O que eu vou fazer com uma criança de... dois anos de idade? - Pergunto para a Ana.

__ Ele fez um ano. - Ela me corrige.

__ Um ano, eu não consigo dar conta nem mesmo de você, imagina com um bebê. - Digo andando de um lado para o outro. __ Aquela mulher apareceu só pra fuder a minha vida, tem tanta coisa pra resolver que... - respiro fundo e tento me acalmar.

__ Talvez tenha sido melhor assim. - Ana diz vindo até mim.

__ Como? Como jogar uma responsabilidade dessas em mim foi algo bom? - Pergunto para a Ana.

__ Pelo menos ele não está com ela, não se sabe os lugares que ela poderia levar ele e acho que ele tá mais seguro aqui do que com ela. - Mal sabe ela que o canto mais seguro para ele seria longe da gente.

Estávamos na sala quando escutamos um choro, a criança gritava pela mãe e eu não poderia fazer muita coisa por ele.

__ Certo, a gente fica com ele e amanhã eu vou atrás da nossa mãe. - Digo subindo as escadas.

Ao chegar lá em cima, abri o quarto da Ana e vejo o Oscar com a criança no colo.

__ Ele só estava com fome. - Oscar diz observando a criança com a mamadeira. __ Estava naquela bolsa ali. - Oscar diz apontando para a cômoda onde estava a bolsa.

Vi que não tinha muita coisa, tinha apenas algumas fraldas de pano e alguns brinquedos.

__ Ele usa fraudas ainda? - Ana diz fazendo uma cara de nojo.

__ É um bebê, se prepare porque você vai trocar as fraudas já que quer que ele fique aqui. - Digo para a Ana que faz sinal de negação com as mãos.

(...)


__ Obrigada por ter vindo Monsie. - Digo assim que abri a porta.

__ Não tem de quê, onde ele está? - Ela diz entrando.

__ Está lá em cima com a Ana. - Digo para ela que vai em direção as escadas.

Eu e o Oscar iríamos comprar algumas coisas, o básico que um bebê precisa. A Ana disse para deixar a criança com ela, mas ela nunca cuidou de ninguém, preferi chamar alguém que saiba cuidar melhor já que eu não sabia a hora que iria voltar.

__ Vamos de moto ou carro? - Pergunto mostrando para o Oscar a chave do carro e a da moto.

__ Carro, tá com cara que vai chover. - Oscar diz pegando a chave do carro.

__ Quando eu vou poder dirigir seu carro? - Pergunto enquanto fechava a porta.

__ Vai sonhando. - Ele ri indo em direção do seu impala.

Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)Onde histórias criam vida. Descubra agora