Minha respiração estava ofegante, para completar o estrago acabei caindo em meio aquela chuva. Não sabia para onde ir, não sabia o que seria de mim a partir daquele momento. A única coisa que eu tinha total certeza era que eu não podia ficar mais naquele lugar.
- Olha ela ali - diz um dos homens de terno que corria rapidamente atrás de mim.
- Meu Deus por favor me ajude - digo pra mim mesma já perdendo as esperanças de escapar.
Corro o mais rápido que posso, e entro em meio aos carros, ouço buzinas sendo tocadas e pessoas gritando para eu saia da frente. Olho ao meu redor e me vejo perdida, não conseguia para de pensar no que aconteceu, aquela cena estava inundando minha mente, e me deixando completamente tonta.
De longe avisto uma espécie de floresta, corro o mais rápido que consigo. Entro em meio às árvores e folhas secas caídas pelo chão. Olho para trás e vejo os homens de terno um pouco distante. Em meio ao meu desespero tropeço e caio, começo a chorar sem parar.
- Eu só queria que tudo isso acabasse - digo em meio aos soluços.
Quando ia me render e aceitar que estava completamente perdida me deparo com uma casinha no meio daquela floresta tenebrosa. Em passos lentos para não fazer muito barulho vou até a mesma e bato na porta com delicadeza.
- Boa noite moça - diz um homem que aparenta ter meia idade. Sem pensar duas vezes entro em sua casa sem autorização.
- O que está acontecendo aqui? - pergunta uma mulher que sai de algum cômodo da casa e parecia ser sua esposa.
- Por favor me ajudem - digo em tom de desespero e fecho a porta trás de mim.
- Vamos olha aquela casinha ali - ouço a voz grossa de um homem se aproximando.
Me escondo em um cômodo qualquer e mordo meus lábios inferiores para não deixar o choro escapar.
Ouço batidas na porta, minha respiração para por um momento, logo depois a mesma é aberta.
- Pós não? - disse o senhor que abriu a porta para mim.
- Vocês viram uma garota? Ela deve ter uns 15 anos, é morena alta - a voz rouca dele me dava arrepios.
Senti um clima de tensão percorrer pela a sala. Meu coração estava acelerado, e o medo da resposta do senhor me causava náuseas.
~Susto~
Acordo assustada, o suor descendo entre meus seios, pescoço e costas, tomo o copo de água que havia do lado da cama e tento controlar minha respiração ofegante, olho para o lado e vejo Jacob dormindo profundamente.
- Sério mesmo que nem com isso você acorda?! - digo num tom auto o bastante para o mesmo ouvir mas ele nem se mexe. Dou um suspiro cansado logo depois.
Jacob e eu estamos juntos há 1 ano e meio, e nesse tempo passamos por muitas coisas juntos, coisas essas que vocês iram descobrir, até porque o passado pode até ser esquecido mas não mudado.
Olho para o relógio que há na minha mesa de cabeceira e vejo que são 01:59 da manhã. Ainda tenho um bom tempo para dormir - respiro aliviada - amanhã será um dia longo, afinal será a primeira vez que volto para casa desdo acidente que aconteceu a alguns anos atrás, 6 anos para ser mais exata.
Levanto vou até o banheiro e lavo meu rosto, fico um momento com a cabeça abaixada até que levanto a mesma e me encaro no espelho.
- Espero que meus medos não ataquem novamente.- digo para mim mesma e dou um longo suspiro. Volto para a cama e me deito novamente, me cubro com a coberta e sinto o braço de Jacob passar pela minha cintura e me sinto segura novamente.
Fico olhando para o nada durante uns 15 minutos, até que meus olhos vão se fechando e acabo adormecendo.
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Fugindo da paixão
Ficção GeralA vida sempre pode nos surpreender, as vezes ela só precisa de uma chance para nos fazer feliz. As vezes só precisamos procurar um pouco para fazer com que a felicidade apareça. Essa é a História de Elisabeth, uma garota de 21 anos de idade que já p...