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🔥Eris🔥

A textura das asas de Hyrin são diferentes do que eu tinha imaginado. São finas e macias, alguns pontos mais gelados que outros. Minha espiã abria e fechava as asas lentamente com meu toque, resmungando. E eu sei que ela já estava relaxada. Antes os ombros estavam contraídos...agora ela me mostrava quais pontos queria que eu fizesse massagem. Às vezes ela ronronava e eu sempre me arrepiava com o som. A visão das costas de Hyrin é como o paraíso, os músculos definidos e a pele bronzeada...

Continuo os movimentos nas asas e subo um pouco para o pescoço, vendo um arrepio subir pela nuca dela.

—Está gostando, huh? — sussurro e ela resmungou em resposta, não consigo evitar uma risada baixa. Sempre soube que os illyrianos são sensíveis nas asas mas não imaginava que era assim. Hyrin enfia o rosto no travesseiro e posso ver como está vermelha, as pernas não conseguiram ficar paradas e, apesar de relaxada, ela parecia inquieta.

Quando vi Hyrin chegar no salão hoje...pela Mãe parecia que estava sonhando. O vestido vermelho realçou as belas pernas bronzeadas e fiquei um pouco hipnotizado com aquele decote. Pena que tinha que ser filha de dois feéricos... difíceis de lidar. Mas isso não vai me impedir. E creio que não está impedindo ela também.

—Preciso cuidar dos meus machucados — ela fala ofegante e tenta virar de barriga para cima, mas eu solto meu peso no corpo dela para evitar isso.

—Eu cuido deles pra vc — levanto da cama e vou ao banheiro do quarto dela. Ela protesta mas vou mesmo assim. Vasculho  gavetas procurando algum algodão para limpar o sangue ou até pomadas para os cortes. Escovas de cabelo, esmaltes, produtos de maquiagem e um... vibrador?

Não era muito grande, na verdade se eu nunca tivesse visto um desse acharia que era algo para modelar o cabelo. Saio do banheiro e mostro o vibrador para ela. Hyrin arregala os olhos e fica tão vermelha quanto o vestido que está usando. Deixo o pensamento inapropriado que invadiu minha mente em um lugar bem escuro e fundo.

—Quando foi a última vez que usou isso? — pergunto e ela me olha desacreditada.

—Eris solta isso, pelo Caldeirão — ela levanta e vejo as pernas dela fraquejarem levemente, ela tenta disfarçar mas parecia estar tendo espasmos. —Você sempre foi enxerido assim? — ela tenta pegar o vibrador da minha mão mas eu levanto o braço.

—Porque suas pernas estão tremendo, espiã? — arqueio uma sobrancelha e ela fica imóvel. A perna dela tem outro espasmo. Isso tudo por conta da massagem nas asas?

—Estão tremendo de raiva, agora larga isso — ela tenta pegar novamente, dando pulinhos. Ela dá um impulso com as asas e eu corro para o outro lado do quarto. Esperta demais essa fêmea.

Ligo o vibrador e o som preenche o quarto. Sorrio malicioso para ela. Isso é bem rápido. Ela suspira e relaxa os ombros, desistindo de tentar pegar ele. Ela se aproxima de mim, séria e olha para o vibrador ligado na minha mão.

—Foi semana passada — ela fala e desliga o aparelho sem tirar ele da minha mão. Semana passada…

—Foi suficiente? — pergunto e coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha dela, encarando os lábios rosados. Ela me olha com intensidade e sorri de lado.

—Você sabe que não — ela suspira e coloca as mãos em meu peito. Pelo Caldeirão, ela estava quente também. Desço o olhar para o decote do vestido dela, tendo um vislumbre de seus seios. O vestido vermelho dela tem uma enorme fenda e penso em como quero apertar sua coxa. Quero fazer tantas coisas...

Puxo a cintura dela e colo nossos corpos, ela não hesita em me beijar.

🔥Hyrin🔥

A língua de Eris explora minha boca e suas mãos não conseguem ficar paradas em meu corpo. Apertando minha cintura e puxando suavemente meu cabelo. O beijo foi como uma libertação e uma explosão ao mesmo tempo. Sinto o ar ao nosso redor ficar denso e parece que o tempo começou a passar em lentidão. É esse sentimento que faltava em Bohne e todos os machos com que estivesse.

Chega de ficar resistindo a isso. Desde a primeira vez que vi Eris, escondi esse desejo bem no fundo de minha alma, mas agora não dá mais. Ele é um vício e eu quero estar viciada nele.

Eris desce os beijos até meu pescoço e eu mordo a orelha dele, inspirando seu cheiro. Eu estou exausta mas não pararia, não agora. Sinto o corpo de Eris ficar cada vez mais quente e nossa respiração cada vez mais acelerada. O cheiro, o gosto, a textura dele é viciante. E de certa forma, bem estranha, parece que tudo nele me completa. E odeio isso.

—Você não estava cansada? — ele fala sem parar de beijar meu pescoço. As mãos dele sobem e brincam com meu peito.

—Ainda estou, mas não quero parar — falo e ofego com o toque firme de Eris no meu peito.

Eris me empurra, sem tirar as mãos e a boca de mim, e deitamos na cama. Ver Eris ficando por cima de mim...pelo Caldeirão que visão ótima.

Eris desce os beijos para minha clavícula e eu desço a alça do meu vestido, abaixando ele até minha cintura. Ele para por alguns segundos e apenas me olha, com um olhar diferente. Pude jurar que vi lágrimas encherem os olhos dele.

—Hyrin você...— ele começa a falar mas para e passa a mão no rosto. —Pela Mãe, você é linda.

Olho Eris por um momento, ele parece tão frágil agora. Acaricio o rosto dele e ele deixa um caminho de beijos desde minha mão até meu pescoço. Minhas mãos ajudam ele a tirar a túnica laranja e passo os dedos pelo abdômen definido dele. A pele suada e quente me deixa em chamas por ele. Puxei sua calça para baixo mas ele me impediu relutante.

—Vou continuar com a massagem — Eris desce os beijos e morde meu peito, me fazendo gemer baixinho. Enquanto mordia e chupava um, apertava o outro. Sem eu perceber, o resto do meu vestido é jogado do outro lado do quarto. A mão que apertava meu peito desceu para minhas coxas e apertou forte, indo logo depois para minha intimidade. Eris começa a massagear, literalmente, minha região íntima e eu agarro os cabelos dele. A língua dele brincava com meu mamilo e ele gemia junto comigo.

—Porra Hyrin, olha como você está — Eris me mostra os dedos e eu vejo como estão... úmidos. Meu rosto fica quente e ele sorri malicioso. —Não fique com vergonha — ele beija meu mamilo e coloca os dedos em minha boca. Olho para ele confusa enquanto ele brincava com minha língua, mexendo os dedos lentamente em minha boca. Não faço a mínima ideia do que ele está fazendo, mas é bom. Chupo os dedos dele com o meu gosto e ele geme em resposta. Ele tira os dedos da minha boca e volta com eles para minha intimidade, colocando os dois dentro de mim.

Arfo com a sensação daquele calor em mim. Eris encara meus olhos mordendo os lábios. Parecia que estava tendo prazer me vendo assim. Estava cada vez mais excitada e mais perto de ter um orgasmo, e sempre que chegava perto ele diminuía o ritmo, rindo quando eu choramingava.

—Eris...por favor — ele coloca mais um dedo dentro de mim e o calor se espalha por meu corpo. O calor dele é viciante. Tudo nele é viciante.

—Repete — ele beliscou meu mamilo com os dentes e um arrepio percorreu meu corpo. Odeio ter que implorar por isso, mas é inevitável, é o que eu quero.

—Por favor — choramingo e mexo o quadril conforme ele mexia os dedos lentamente dentro de mim. Ele grunhiu contra minha pele e tento abafar meus gemidos quando sinto a língua de Eris no meio de minhas pernas. Puxo a cabeça dele mais para perto de mim, se é que isso é possível, e meus músculos começam a contrair contra a boca dele. Ouvir Eris gemer assim….pela Mãe, poderia chegar ao meu clímax só com isso. E eu cheguei. O ar foge de meus pulmões e me desmancho na boca de Eris. Ele continua me chupando e minhas pernas começam a tremer ainda mais. Antes, só aquela massagem foi suficiente para que eu ficasse excitada e com o ritmo lento...aquilo foi mais uma tortura do que massagem.

—Eris, chega — afasto Eris de mim e ele sorri felino.

—Está mais relaxada, espiã? — ele deita ao meu lado e me envolve em seus braços quentes. Ele pega os lençóis que estavam bagunçados e me cobre delicadamente. Quem é esse Eris? E pra onde foi o Eris rude e ignorante?

—Pela Mãe, sim. — beijo o peito dele e ele ri pelo nariz. —Você está bem? — pergunto e olho para ele. Os olhos alaranjados brilhavam ao olhar para mim, mas naquela hora eu tinha certeza que eles estavam cheios de água. Acaricio o braço musculoso que me envolvia tão bem.

—Estou ótimo — ele sorri de um jeito tão... tão dele que algo em mim se despertou. Parecendo um tsunami, meu rosto fica quente com a beleza desse Grão-Senhor.

notas da autora:
se liga heinn
se liga 🤨

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