Capítulo 12

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Oi, amores. Tudo bem com vocês?

Que tal mais três capítulos seguidos? Vamos lá?

Beijos! E obrigada <3


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Capítulo 12


Viggo


Era como voltar ao passado. Como se aqueles quase cinco anos tivessem parado o tempo, esperado. Seria assim se eu não tivesse sentido falta de Jordana todos os dias e se Mel não me fizesse feliz em cada um deles.

Quando estacionei o carro em frente aos estúdios, a maior sensação era de impotência. Mesmo ansioso, sabendo que enfim parte das coisas poderiam se resolver, eu ainda pisava em areia movediça, me perdia em dúvidas cruéis. Afinal, o tempo continuava como um inimigo.

Saí, bati a porta, olhei em volta. Não era o mesmo da época da novela. Ali era menor, distante do meu apartamento. As cenas externas também seriam mais frequentes. No entanto, tudo se relacionava ainda a Jordana. Ela estaria ali, nós trabalharíamos juntos novamente.

Andei rápido, sem querer esperar. Nem sei como consegui, alertado o tempo todo por meu pai e por Marquinhos, que me pediam para ir com calma. Estava odiando cada vez mais aquele sentimento! Como ter calma, se tudo em mim fervia? Se eu não me conformava em continuar no escuro, calado, contido?

— E aí, Viggo? — Um conhecido passou ao meu lado, sorriu, veio falar comigo.

Eu o cumprimentei, sem me estender muito, sem cabeça para jogar conversa fora. Despedi-me, entrei como furacão onde em breve seriam feitas as gravações. Naquele dia era só uma reunião. E eu já a antecipava.

Foi duro aguardar dias. Meu pai contou da visita, de suas impressões. O modo como Jordana impediu qualquer conversa íntima ou do que aconteceu, sendo simpática e fechada ao mesmo tempo. Alerta. Ele disse que ela precisava se sentir segura, que forçar contato e conversa a afastaria. Por isso esperei. Mas a paciência já estava no limite.

Uma produtora veio me receber, disse que Marquinhos e Jordana me esperavam em uma das salas do segundo andar. Entrei lá com emoções à flor da pele, saudade latejando, raiva, amor, tudo numa loucura que fez meu coração bater freneticamente.

Jordana olhou para mim. E só então tudo fez sentido. Nada mais importava, só o fato dela estar de volta, realmente ali.

— Meu querido! Chegou na hora certa! — Marquinhos se levantou, eufórico, abraçando-me. Eu retribuí e continuei a encará-la, enquanto dizia: — Parece um sonho! Vão ter que me beliscar!

Jordana sorriu, recostada na poltrona, pernas cruzadas. Não desviou o olhar, que era direto, fixo. Novamente com maquiagem pesada que tempos antes só usaria em cena, mas parecia combinar com seu novo perfil. Calças pretas justas, uma camisa com estampa militar colada. Brincos dourados em vários furos na orelha. Os cabelos de lado, em ondas claras, meio bagunçados nos ombros.

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