✯ thirty-six.

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[N/A] olá! o jeito do qual o louis nesse capítulo se lembra das coisas é uma das formas de se lembrar do esquecido quando se tem amnésia.

eu pesquisei o máximo sobre amnésia dissociativa para tratar de uma forma certa aqui na história mas, se por acaso você tiver conhecimento melhor sobre o assunto e ver algum erro, por favor, me avise! não quero escrever falsas informações.

E TAMBÉM! assista na mídia acima (não só o desenho que fiz de capa) o trailer da terceira temporada (e última) de CRIMINALS! ela está se iniciando nesse capítulo.

obrigada por tudo, ainda estou tentando divulgar criminals mas não sei se consigo mais fazer isso direito, votem nos capítulos, compartilhe criminals com outros leitores e vejo vocês na próxima att!

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Season Three

Não sinto mais dor de cabeça, mas sinto lambidas quentes e pegajosas sendo dadas na minha bochecha. Demoro no mínimo cinco segundos para perceber a minha situação atual; estou deitado, alguma coisa pinica minha pele e as lambidas não param até eu abrir o olho e me deparar com um outro gigantesco na minha frente.

Ah, é um cachorro.

Não faço questão de afastá-lo, me levanto. Acredito ter visto esse animal umas duas vezes pelo quarteirão da minha casa, essa é a primeira vez que ele se aproxima. Fico de pé, minha cabeça lateja. Abaixo dos meus pés há um gramado um tanto alto, uma passagem como uma calçada.

A calçada da minha casa. Me pego olhando rápido para trás para ver se era realmente a frente da minha casa que eu estava agora, e era. Me assusto. Luke pelo menos não está mais aqui.

Ou pelo menos eu acredito que não esteja. Ando cuidadoso para perto da porta e me agacho no tapete que tinha ali, o levanto e pego um objeto pontudo que não era exatamente uma faca, mas poderia fazer o trabalho de uma. Eu guardo facas em pelo menos sete lugares diferentes dessa casa.

Penso em como faria para destrancar a porta, porém ela já estava aberta. Me questiono por quanto tempo estive fora levando em consideração de que o dia está claro. Ultrapasso a porta, percebo que os meus móveis estão mais dispersos que o normal. Não é difícil perceber que reviraram minha casa até do avesso, seja lá quem trabalha para Luke.

Fecho a porta. Acredito que Luke não teria a intenção de me machucar agora. Na verdade, qual era sua intenção comigo mesmo? Usar o exemplo de que todo rei precisa de uma rainha não vale. Mas aparentemente Luke precisa de mim para sua própria companhia, ele quer brincar de Deus e criar novas regras, leis e pessoas. Começando isso com o exército que juntou, sempre garantindo uma vida melhor para todos.

Como alguém conseguia acreditar naquela merda?

Minha geladeira está semiaberta, os lençóis que cobriam minha cama e sofá estão jogados no chão e eles levaram minhas facas, o revólver e meu computador. Junto ao HD.

Eu já não precisava mais dele mesmo. Mesmo assim, não é como se eu tivesse acreditado logo de cara nas coisas que Luke disse.

Sinceramente, ter matado meu pai e amnésia dissociativa? Pelo amor, isso é como uma história para crianças dormirem. Mas a ideia não saiu da minha cabeça.

Passo as mãos pelo meu corpo tentando ver o que restou de mim. Metáfora estranha, meu celular está no bolso e com certeza mexeram nele. Provavelmente não encontraram nada demais, sendo que eu apaguei meu e-mail de trabalho e os contatos deles.

Só estavam as coisas que ligavam a minha família. Fotos, números... Não parecia loucura no momento, Luke já deveria saber o nome de todos da minha família.

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