Não solte minha mão

Vestidos

 - Que tal este?- saio do provador enfiada em um vestido rosé longo com mangas longas e gola alta, a atendente franze o nariz e Tom se prepara para um comentário sarcástico.

- Meu Deus Emma, esse vestido é ridículo, vai ser madrinha ou postar em uma capa de revista para breguices- ele diz se levantando da poltrona.

Reviro os olhos, o vestido nem é tão ruim assim, gostei muito do modelo e me sinto uma pessoa importante. A moça que está nos atendendo revira algumas araras e vem com alguns vestidos nos cabides.

- Esses três são indos e ao mesmo tempo casuais, se você quer algo mais...

- Ela quer algo brega e a nossa missão é não deixar ela escolher algo brega.

A moça ri.

- Seria mais fácil escolher um vestido se eu realmente estivesse querendo ser madrinha desse casamento- rebato  ao mesmo momento que Tom coloca dois vestidos nos meus braços e eu volto para o provador.

- Mas você iria, não como madrinha, você apenas mudou de personagem...passou de gata borralheira a princesa- ele diz para me provocar.

Faço cara feia e fecho a porta do provador.

Uma prima de Tom iria se casar na sexta-feira, a gente nem se conhecia direito mas mesmo assim fui convidada para o casamento e sim eu iria é claro, mas semana passada uma das madrinhas teve a infelicidade de quebrar o pé fazendo sabe-se Deus o que e como estava muito em cima da hora para arrumar alguém mais elaborado me chamaram para ir no lugar dela, eu iria dizer que não mas Tom insistiu tanto que aceitei mas quando soube com quem eu iria fazer par desisti novamente mais Tom já tinha enviado o meu sim para Laura, se você está curioso para saber com quem eu faria par era com o Chris, e não ele não é feio ele é absurdamente lindo, tão lindo que chega a ser ridículo, sério, alto, cabelos castanhos escuros olhos azuis e absurdamente rico, caras assim só chegam  perto de mulheres como eu para pedir o cardápio.

- Olha, independente do que vocês dois acharem eu vou ir com esse vestido sim- digo abrindo a porta e saindo.

Os dois me olham dos pés a cabeça.

- Céus esse ficou perfeito- Lilian a atendente diz- imagina quando você arrumar o cabelos e fizer a maquiagem, vai ficar linda.

O vestido não tinha muitos detalhes era de seda modelo sereia com alças finas, bem comportado no decote e com um decote em v atrás.

- Sempre achei que vestidos longos deveriam ser proibidos para mulheres baixinhas e aqui estou eu

Tom dá uma risada.

- Você vai ficar maravilhosa.

Enfim, levei o vestido.

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Fico a manhã toda com um frio na barriga, arrumo meu cabelo e faço minha maquiagem, não vou no salão porque ao menos essas duas coisas dou conta de fazer, prendo meus cabelos em um coque e deixo a franja solta e ondulada pegando até meus ombros, me olho no espelho e me sinto apresentável, com um salto de onze centímetros consigo chegar a um metro e sessenta e cinco de altura, solto um suspiro e saio do quarto, Tom saiu desde cedo para buscar Olívia e de lá já ir para a cerimônia, ele disse que eu poderia ir com ele mas decidi pedir um táxi, talvez seja ridículo ir de ir táxi mas eu não me importo.

Quando o motorista do táxi para na estrada de cascalho que dá para um gramado verdíssimo eu pago a corrida desço do veículo e paro por alguns segundos observando o lugar, é lindo, algumas pessoas circulam pelo gramado, a igreja onde vai ser realizada a cerimônia é pequena mas não deixa de ser linda, uma tenda enorme está a alguns metros e guirlandas de rosas brancas e vermelhas foram arrumadas nas colunas da tenda, esse cenário daria um ótimo desenho.