Ele importa. Vocês importam.

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Izzy congelou. Ela se lembrou de Alec quando eram crianças, de quando ele a deixava cortar seus cabelos, de quando ele gargalhava de suas piadas, de quando contava histórias para ela antes de dormir, e de como essa criança nunca irá conhecer esse Alec.  Ela agradeceu por estar de costas para os outros quando lágrimas desceram. Ela respirou fundo e subiu as escadas.

Ela trancou a porta e se sentou na varanda. Ela sentiu uma presença ao seu lado e se sentiu idiota por achar que uma porta seguraria qualquer um deles.

—É um menino.—Izzy não olhou para Magnus, mas sentiu uma pontada de felicidade a atingir.—Bom, pelo menos Alec achava que sim. Ele já até deu um nome; Rafael.—Izzy estava sorrindo por dentro.—Vamos fazer um ultrasson amanhã. Vou mandar o endereço, espero que apareça.—E então ele saiu do quarto.

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Clary estava sentada no sofá ao lado de Cassandra que conversa com os outros com animação. Todos eles pareciam feliz pela chegada de Maia e pela notícia do gravidez de Catarina. Clary tinha que confessar que ela mesma estava surpresa. Ela pensou que Catarina poderia ser muitas coisas, mas mãe do filho de Alec e Magnus? Isso não.

Ela sorria e concordava quando alguém olhava para ela, mas seus olhos sempre se dirigiam para a escada. Para o segundo andar. Para onde Izzy estava sozinha. Ver Izzy coberta pelo sangue de Alec daquele jeito foi horrível. Clary já havia visto coisas horríveis na sua vida, mas Alec e Izzy...ela se importava com eles. Se importava pela primeira vez.

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Izzy encarou a clínica por longos minutos antes de entrar. Ela pensou em ir em bora várias vezes, mas não conseguiu. Não quando seu sobrinho estava lá dentro. Era o filho de Alec, o único pedaço dele que ficou. Ela pegou na maçaneta e entrou no cômodo. Estava escuros. Pares de olhos a encarou assim que entrou e um sorriso se formou nos lábios de Magnus. Ela deu alguns passos para dentro e se pós entre Cassandra e Max. Maia estava do outro lado da sala ao lado de Jordan. Jace não estava. Izzy tentou fingir que isso não a afetou.

—Chegou na hora.—Magnus estava segurando a mão de Catarina. O médico colocou o aparelho sobre a barriga de Catarina e o uma imagem acinzentada e confusa apareceu no monitor.

Seja bem vindo, senhor Bane, a márfia e a mansão dos lightwood.- a morena diz em um tom debochado, mas todos sabiam que era sincero.- Assim como a mãe do meu sobrinho.- ela diz por fim dando um sorriso a Catarina.

—Aqui esta.—O médico apontou para uma coisa de algum centímetros na tela. Ele continuou mexeu o aparelho e mexendo as máquinas.—Ele esta ótimo. Seu bebê está ótimo.—Magnus e Catarina se entreolharam e sorriram.

Cada um presente ganhou uma foto do ultrasson, oque arrancou animou um pouco os outros. Catarina tinha ido no banho e Magnus a esperava na calçada, os outros ja estavam entrando nos carros e partindo. Izzy respirou fundo, e então se aproximou de Magnus.

—Você está bem?—Magnus se virou surpreso.

—Não, não estou. Mas vê-lo hoje...—Izzy desviou o olhar e sorriu.

—Trouxe uma paz difícil de explicar.

—Sim.—Magnus sorriu.

—Eu sei que tem seu apartamento...sei que gosta de ter seu espaço.—Izzy desviava o olhar e tinha as mãos no bolso. Parecia uma adolescente novamente.—Quero que saiba que é bem vindo, Magnus, as negócios da família e a mansão dos lightwood.—Houve um barulho e eles observaram Catarina andar até eles.— Assim como a mãe do meu sobrinho.—Quando Catarina chegou até eles, Izzy sorriu e se retirou.

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Clary nunca odiou o pai como agora. Como ele podia matar a única pessoa com quem ela pôde contar ? E na hora do ultrasson do filho dessa pessoa ele a chamar? Só pode estar de brincadeira. E uma brincadeira de muito mal gosto. Mas era claro que Clary não demonstraria nada do que estava sentindo. Ela abriu a porta e entrou.

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