Meu primeiro Amor (PAUSADO)

Prólogo

Ola, me chamo Emili Clark..

―Ai...meleca..- resmungo colocando a ponta do dedo na boca aliviando a dor que se formava pelo pequeno corte.

Eu poderia começar isso de uma forma convencional, bonita ou bruta, sabe como é os dois extremos da literatura. Ou ta todo mundo em paz ou ta todo mundo em caos!

Mas entre o caos e a paz eu prefiro a liberdade..coisa que enclusive, eu não tenho!

"Miau.."- o gato da vizinha pula na lata de lixo que faz um estrondo me assustando e pulo com o susto deixando minha bicicleta cair.

Merda! listrado..

―Se continuar fazendo isso um dia vai nos matar..- faço carinho na cabeça do mesmo e levanto minha bicicleta conseguindo a prender na grade com cadeado.

―EMILI!- Escuto meu pai me gritar e tremo olhando a porta de casa.

Falando em caos e falta de liberdade..

Respiro fundo olhando o gato que me olhava com um olhar triste, abro um sorriso calmo pro mesmo fechando o portão e entro em casa olhando meu pai sentado em meio a garrafas de cerveja no sofá.

Eu me chamo Emili e moro em Nova York des dos meus 7 anos. Moro em um bairro no subúrbio e apesar de ja ser adulta ainda moro com meu pai e estou desempregada.

Minha mãe morreu quando eu nasci e acho que isso não fez bem para o meu pai..apesar de não ter o conhecido antes para saber como ele era...

Nos já moramos em outra casa, em Las Vegas aonde passei a maior parte da minha infância..meu pai sempre foi sério e...

Bom, ele se endividou e tivemos que nos mudar, nós tinhamos uma casa popular em um bairro nobre antes, eu estudei por anos em colégios particulares e meu pai era esnobe..mas seu vício por bebida o levou a ruina e toda nossa vida mudou completamente nos ultimos anos.. e com isso..meu pai também..

Vocês vão entender..

―Oi pai..- fecho a porta e tiro os sapatos deixando ao lado da porta.

―Aonde estava..- pergunta com a voz trêmula pela embriaguez.

Agora não..

―Procurando emprego..coloquei curriculos em alguns lugares e..- fecho os olhos me encolhendo pouco ao escutar uma garrafa quebrar ao meu lado sendo jogada contra a parede.

―SÃO 18h DA NOITE, VOCÊ POR ACASO VIROU UMA PUTA? ESQUECEU O HORÁRIO DE ESTAR EM CASA EMILI?- Meu pai grita levantando um pouco tonto e vem a mim segurando uma garrafa.

―Pai eu posso explicar...- falo olhando o mesmo com os olhos cheios.

―Você vai aprender a se portar como uma mulher de respeito..- fala segurando meus cabelos os puxando e seguro sua mão tentando me soltar.

―P-pai não....AH!

É a terceira vez essa semana..

Sinto minha bochecha começar a arder e o sangue escorrer do corte feito na mesma após ser atingida pela garrafa.

―Isso...é pra você aprender..a ser minha garotinha..- Escuto barulho de ziper abrir e olho assustada para meu pai que estava cambaleando e começo a me arrastar para o meu quarto sentindo meus olhos encherem.

De novo não...

―Aonde pensa que vai...- olho pra tras vendo o mesmo tentar caminhar atrás de mim e consigo entrar no meu quarto, me sento fechando a porta e passo a chave ficando em frente fazendo força para ela não abrir.