Psiquê

Capítulo 18

Jungkook convidou Taehyung para irem ao cinema numa quarta-feira à noite. Seria um momento só deles, onde poderiam ficar curtindo um ao outro em um ambiente que gostavam. 

Os últimos dias foram de puro trabalho, sem tempo para se curtirem da forma que queriam, fazerem um passeio como namorados, andarem de mãos dadas, trocar beijinhos carinhosos enquanto estivessem em locais como um parque e divertirem-se juntos.

Eles chegaram no shopping quase duas horas antes da sessão começar. Ficaram um tempo passeando pela área de jogos onde brincaram um pouco, depois entraram na sala de cinema com as pipocas e sucos já comprados, no horário em que a sessão do filme que escolheram iria iniciar.

— Podemos sentar bem aqui em um dos assentos no meio. É um bom lugar. Não acha, Kook? — Taehyung perguntou. 

— Hm! Mas não acho que esse lugar é o melhor, meu amor — disse,  olhando para o namorado. — Que tal ali, onde está mais escuro e vazio? — Apontou para um canto do lado direito. 

Taehyung ergueu a sobrancelha direita, e com um sorriso de canto, indagou:

— Por acaso me convidou para vir ao cinema para nós dois assistirmos um filme bacana ou...

— Porque está pensando besteiras, hein? — questionou vendo o mais velho sorrindo alegre. Se Jungkook não tivesse carregando seu lanche na mão, provavelmente teria dado um tapinha no braço alheio. — Eu só acho que seria melhor ir para um local em que pudéssemos ficar mais a sós... Mais pessoas vão chegar e é provável que vão sentar aqui no centro.

— Se você diz, meu caro kook... então vamos para o lugar que você escolher — afirmou e deu um selinho nele. Jungkook esquentou-se por inteiro, apenas com um simples toque, um dos poderes que o acastanhado tinha sobre si. 

— Tudo bem, seu pervertido! — cantarolou com um sorriso no rosto. Meu pervertido. 

Eles se acomodaram no lugar onde Jungkook quis e, realmente, era muito melhor, não só porque poderiam assistir a obra cinematográfica mais solitários, mas também pelo simples fato de que o local era perfeito para fazerem certas coisinhas que Taehyung havia pensado, e talvez, até mesmo o Jeon imaginou.

O filme era legal, divertido, era um de comédia romântica, feito para arrancar sorrisos e dar suspiros de amor em quem olhava através do telão. O espaço estava um pouco frio e faziam seus corpos ficarem arrepiados. Estavam agarradinhos, com Taehyung abraçando o ombro do seu amor, ao mesmo tempo em que Jungkook tinha a sua cabeça deitada sobre o ombro do amado, sentindo o cheiro dele de perto o entorpecendo. 

De vez em quando, Jeon alimentava o Kim colocando pipoca na boquinha dele. Um gesto amoroso que fazia o mais velho sorrir de forma afetuosa para o namorado.

— Taehyung... me dá um beijo — sussurrou desviando seus olhos da tela para apreciar a beleza do Kim.

Ele fitou Jungkook e selou os lábios que tanto amava, deliciando-se com a delicadeza e a doçura. As sensações gostosas e quentes se espalharam em seus âmagos. O beijo estava tão bom que até se esqueceram que alguém poderia estar olhando, pois se sentiam os únicos ali no local, como se tudo tivesse se esvaziado, sumido, e só os dois existissem.

— Amo você demais… Kim Taehyung. — Esfregou seu nariz no dele e, posteriormente, deu um beijinho na ponta. 

O Kim sorria para o mais novo, se sentindo no céu.

— Eu te amo mais, meu Jungkook.

***

Jimin abriu a porta da casa de Yoongi e entrou trancando-a em seguida, guardou a chave no bolso — a cópia que o amante havia dado para si quando aparecesse tarde da noite —, e caminhou em direção ao cômodo em que ele poderia estar.