Pessoas Diferentes, Caminhos Diferentes

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Kael Mikaelson

Na manhã seguinte...

Preferi não descer pra comer pela manhã, estava bastante deprimido e escrever no diário não me ajudou. Talvez outra consulta com a senhora Gross ajudaria muito nessas horas mas estou muito longe de Atlanta para poder ir ao consultório dela pra desabafar. Eu queria estar feliz com a chegada do meu irmão e com a recente descoberta de que o Marshall é meu irmão também mas não consigo ficar feliz sabendo que tudo isso foi escondido de mim por tanto tempo. A Anissa mentiu pra mim a vida toda, me fez acreditar que eu era filho, nunca me contou que minha mãe biológica era sua irmã e nem que eu tinha outros dois irmãos, um apenas por parte de pai mas não deixa de ser meu irmão. E ainda tem o Evan, aquele cara que encontrei no cemitério que pensou que eu o conhecia, mas não o conhecia. Só que ele era familiar pra mim, mas eu não sabia o por quê.

- Oi garoto. - tio Kol entrou no meu quarto e fechou a porta. - Por que não desceu pra comer com a gente ?

- Não estou com vontade de descer. - respondi, totalmente desanimado. - Não quero comer.

- Te ver assim me faz sentir falta daquele Kael piadista que zombava de tudo, e olha que aquele lá era um insuportável. - ele falou. - Não queremos te ver triste, Kael. Queremos te ver feliz, sorrindo.

- Você não diria isso se descobrisse que toda a sua vida foi uma mentira e que esconderam coisas importantes que você devia saber. - protestei.

- Eu convivi com o Klaus por anos, sei muito bem o que é isso, e ainda fiquei dentro de um caixão por cem anos. - ele disse, e sorriu. - Eu entendo o que está passando e sentindo, mas você só vai conseguir uni forças pra seguir em frente com o apoio da sua família.

- Eu já estou no mais fundo que o poço pode fornecer, eu não consigo lidar com mais essa agora.

- Você consegue sim, um Mikaelson nunca fica caído por muito tempo. É por isso que você é um Mikaelson, porque teve forças para levantar depois de tudo o que aconteceu no semestre passado e vai conseguir unir forças pra seguir dessa vez também.

- Eu tenho mesmo que encarar isso de frente ? - perguntei.

- Quem decide é você, mas se não quiser, não terá problemas, é só fazer as malas e depois do festival a gente volta para Atlanta e não saímos mais de lá.

Tio Kol sempre sabia o que dizer nos piores momentos, até quando tinha dias que eu não queria sair do quarto ele sabia o que falar para me convencer das coisas. Por isso gosto tanto dele, ele e o tio Elijah são meus tios preferidos, só não quero que tia Rebekah e tia Freya saibam disso pra não causar uma confusão entre eles, mas eu tenho sim tios preferidos e são dois.

- Vamos descer ? - ele sugeriu, esticado sua mão pra mim.

Eu levantei da cama e o abracei como forma de agradecer pelo incentivo e por ser um tio tão legal.

Do jeito que estávamos ele me arrastou para a sala principal em sua velocidade de vampiro. Eu só percebi que não estava mais no quarto quando vi todos me olhando.

- Olha só quem resolveu descer. - ele falou e me soltou.

- Finalmente, já estava na hora. - tio Elijah se aproximou e me abraçou também. - É bom ver que está lutando pra não se deixar abater.

- E que bom que aquele personagem insuportável que você criou finalmente foi embora. - disse Marcel. Todos o olharam feio. - O que foi ? Vocês também já não aguentavam mais ele antes.

- Eu sei que estava insuportável conviver comigo, Marcel. Mas aquilo era só uma forma de lidar com essa vida maluca, e não deu certo, a partir de hoje vou ser eu mesmo. - falei.

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