516 Street | CaitVi Oneshot

"You like her" | único

⚠️ ainda a revisar ⚠️

Gente isso aqui, como tá ali embaixo da sinopse dizendo, é uma AU (universo alternativo). ENTÃO tem coisas bem diferentes do enredo de Arcane, eu estou 100% ciente disso e escrevi com essa intenção (pra lidar com minha tristeza, você adivinhou certo) kwksked

Músicas sugeridas:
• Savage — Bahari
• Do I Wanna Know? — Artic Monkeys
• Come Here — Sabrina Claudio

🍺

O letreiro brilhante chamava a atenção de longe, e mesmo que Cait não tivesse ido àquele local incontáveis vezes não haveria dúvidas sobre sua localização. Tinta azul e rosa tingia as paredes externas em rabiscos espalhados pela superfície, contrastando bastante com as vestes das pessoas ali fora. Mesmo que ainda não fosse noite, naquelas ruelas tudo era mais escuro, mas as luzes dos estabelecimentos e casas ajudavam a iluminar o caminho, junto a algumas poucas lâmpadas em fios e postes improvisados. 

A piltovense abriu a porta com uma das mãos, se afastando rapidamente quando um homem magro lançou um outro para fora. 一 Se você aparecer aqui com essa merda de novo, sabe muito bem o que vai acontecer. 一 proferiu, vendo o outro caminhar aos tropeços para um dos becos escuros. Em seguida seus olhos emoldurados por sobrancelhas grossas caíram sobre a mulher, e ele riu fraco. 一 Pensei que a visita da vigilância sanitária fosse só semana que vem. 

Kiramman revirou as orbes azuis, passando por ele em direção ao interior do bar. “Rua 516” estava escrito em verde no balcão mais à frente, e ela precisou desviar de uma mulher que quase esbarrou em si, uma caneca de bebida nas mãos e os cabelos laranjas bagunçados. Gritos e exclamações vinham de um local ao mais ao lado, onde um holofote lançava iluminação forte, e do lado oposto havia um balcão de tiro ao alvo em frente ao qual uma figura magra e de longas tranças se punha sozinha. Cait preferiu não falar com ela, indo em direção ao grupo caótico ao invés disso. 

Mãos erguidas em punhos acompanhavam gritos de incentivo e outras palavras, alguém organizava apostas mais à frente e gemidos doloridos reverberavam pelas paredes riscadas. Sob o holofote estavam duas pessoas numa luta extrema demais, sangue manchava o chão do ringue e as cordas pareciam tão manchadas quanto. 

一 Acaba logo com isso, Vi! 一 alguém esbravejou, e concordâncias vieram da platéia geral. 

Os socos da mulher de cabelos rosa eram rápidos, e em seu corpo ágil havia um machucado ou dois, contrastanto com a pele clara maculada pelas tatuagens. Ataduras cobriam os antebraços e mãos, piercings brilhavam sob a luz e seus olhos acinzentados pareciam focados demais. Uma áurea diferente rodeava a zaunita todas as vezes que ela lutava, algo que chamava a atenção. Suor misturava-se com sangue aos seus pés, o torso coberto apenas por um top possuía uma camada úmida que a fazia brilhar, e seus caninos ficaram um pouco à mostra com o sorriso que deu ao desferir o último soco no rosto do rapaz à sua frente. 

Urros mais intensos preencheram todo o estabelecimento quando o corpo forte caiu, uma sineta sendo tocada repetidamente antes de o placar mudar. Vi ainda com a guarda levantada respirava fundo, o peito subindo e descendo, lábios separados enquanto recuperava o fôlego. O número 129 punha-se sob o nome da mulher na parede, enquanto moedas eram trocadas e comemorações se espalhavam conforme as pessoas distribuíam-se pelo resto do local. Com os arredores do ringue vazios agora, o rapaz desacordado foi tirado dali por uma mulher troncuda e um outro homem alto. 

Vi puxou uma toalha de cima da corda que limitava o espaço, dando um gole na bebida que lhe fora entregue por Ekko antes de o mesmo sair para cuidar de outras coisas. Ela alongou o pescoço e o ombro direito, sentindo o familiar incômodo em seus músculos começarem a surgir, adrenalina gradativamente diminuindo no sangue. De qualquer forma aquele cara literalmente pediu, com todas as palavras, pra lutar com ela. E depois de um dia estressante, agora poderia seguir melhor com a noite.