you are also to blame

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fic nova sobre meu tema favorito: investigação. eu espero que cada um goste da forma que amei escrever esse capítulo. a fic de natal será atualizada em breve, mas como estou em um clima de "não consigo sair de onde parei", decidi tentar resolver isso colocando minha mente para trabalhar em algo que amo (suspense). Votem bastante e comentem o que estão achando, o que esperam e aceito críticas construtivas sempre!
Valeu desde já, boa leitura!
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Dayane Limins, Londres - 03 de dezembro de 2021.

Passei a viagem analisando o caso, queria acabar de vez com tudo isso e voltar para casa. Não que eu não goste de Londres, mas o clima daqui me deixa triste. Crescer na Califórnia me fez amar o calor, as pessoas de lá são animadas e muito, até exageradamente, alegres. Já em Londres todos são meio rabugentos, sem descartar o inglês britânico que testa meu dom de interpretação.

Estava olhando a pasta com as imagens do caso, Harriet Davis foi encontrada pelos amigos com marcas de luta pelo corpo e com a cabeça afundada na água. A morte foi data como afogamento, já que apenas sua cabeça estava submersa e os pulmões cheios d'água. Os amigos e pais de Harriet disseram que ela era uma ótima nadadora, que amava o contato com o lago e que havia feito natação na infância. O mais incrível é que era uma festa e ninguém viu nada, quase 200 pessoas e nem os amigos mais próximos ou alguém que estava curtindo do lado de fora da residência chegaram a ver qualquer coisa suspeita. Minha intuição é que estão escondendo algo, que estão encobertando quem possa ter feito isso.

São adolescentes... eles mentem! — falei irritada com o chefe de polícia da cidade.

São crianças, estão assustados. A amiga acabou de aparecer morta, é normal ninguém se lembrar de nada. — falou quase gritando, como se fosse algo que eu devesse saber de cor e salteado.

Você checou o exame toxicológico deles? Crianças não fazem o que eles fizeram, muito menos matar outra criança. — respirei fundo tentando me recompor, se eu fosse ficar aqui por um tempo deveria começar a tentar manter a paz — Na Califórnia vemos casos assim sempre, torcemos para que não sejam as crianças que cometeram os crimes, mas no final das contas vemos que elas são capazes de fazer coisas piores que nós adultos. — ele é um policial experiente, ainda mais em uma enorme cidade como Londres, por que não conseguia ver isso?

Vi essas crianças crescerem, me formei junto com os pais delas, com Harry Davis inclusive, fui ao seu casamento e ao batizado de sua única filha... — o vi se debruçar na mesa. — A única coisa que posso fazer por eles agora é justiça, mas para isso terei que admitir que devo tirar outro filho de um desses pais assustados. — eu entendi o que ele estava querendo me dizer, não bastava fazer justiça se outra família iria sofrer.

Outra família irá sofrer, mas não seremos nós que causaremos isso. Seja lá quem cometeu esse assassinato, ele deve pagar! — falei me inclinando e tocando em seu punho que se mantinha fechado em cima da mesa.

Ele estava em negação, não o julgo, mas estava feliz em ter assumido esse caso no lugar dele. As vezes nossa mente não nos deixa enxergar o óbvio, acabamos deixando certas coisas passarem desapercebido. Comigo não era assim, não tinha que ser.

— Me desculpe por isso, vou levá-la até sua nova sala, Detetive Limins. — falou se levantando e me dando espaço para caminhar ao seu lado.

Eu não sabia o que dizer, eu não queria dizer nada na verdade, eu sabia que a verdade não estava pronta para ser revelada — que qualquer um poderia ter matado aquela garota.

Entramos na sala e observei o ambiente empoeirado, mas tinha o que eu precisava. Uma mesa, um sofá e janelas com persianas. Minha sala em Los Angeles é muito melhor, mas essa tem tudo que iriei precisar por algumas semanas.

The Lake House (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora